CAPÍTULO SEIS

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Sem poder procrastinar mais em casa fugindo do sol quente que fazia na nossa cidade, eu precisei dar a cara a tapa e infelizmente não tive escolha senão levar Diego comigo para resolver os problemas que eu tinha pendente devido à minha demissão.

Me deu pena ter que levá-lo a tantos lugares e eu sabia que aquilo só o deixaria estressado, mas essa era a minha vida. Eu não tinha ninguém que eu pudesse contar, senão a nossa vizinha já de idade, e eu já tinha abusado tanto de sua boa vontade quando ele era mais novo que eu não queria mais usar isso. Diego agora era mais velho, numa idade difícil que desobedecia facilmente, isso sem contar suas crises que poderiam vir sem avisar a qualquer momento do dia e eu, como mãe, sabia que era difícil, então não permitiria que ela passasse pelo mesmo.

Saí cedo de casa, porque sabia que correr atrás dessas coisas demoravam e eu não queria passar o dia inteiro fora. Quanto antes eu voltasse para a casa melhor, mas isso não dependia somente de mim, senão na agilidade dos atendentes e da quantidade de gente que estaria na minha frente na fila de espera.

Enquanto Diego brincava com um de seus robôs no carrinho, eu estava sentada em uma das cadeiras, mexendo no celular, até que chegou uma notificação de Christopher. De certa maneira, era engraçado a necessidade dele de me mandar mensagens de bom dia, mesmo que já estivesse tarde suficiente para eu já ter vivido uma boa parte do meu dia.

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Ouvi o monitor apitar, eu tinha uma senha em mãos e o número batia com o que mostrava na tela

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Ouvi o monitor apitar, eu tinha uma senha em mãos e o número batia com o que mostrava na tela. Com um sorriso bobo no rosto, guardei o celular no bolso e fui até o atendente que me atendeu com toda delicadeza do mundo. Depois de desejar-lhe um bom dia, a primeira coisa que fiz foi entregar meus documentos e explicar o que eu tinha ido fazer ali. Graças ao bom humor dele, consegui resolver boa parte do que eu precisava, e depois de uma manhã longa, eu tinha finalmente conseguido solicitar o auxílio e a multa pela minha demissão.

Mesmo com aquilo resolvido, eu ainda tinha outro problema pendente, que seria o auxílio para Diego e também conseguir encontrar alguma creche pública para ele ficar, até eu conseguir um bom emprego para poder pagar alguma melhor para ele, porque eu precisaria sair para procurar emprego logo, porque sabia que apenas enviar currículos por e-mail não bastava e eu não poderia levá-lo comigo em uma entrevista de emprego, se eu conseguisse alguma. Passei o dia quase inteiro fora de casa, recusando-me a voltar sem ter resolvido as coisas que eu precisava. No final, consegui dar entrada no auxílio para Diego e consegui colocar seu nome na fila de espera de uma creche perto de onde morávamos.

Confiar | VONDY - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora