Um Amor para Recomeçar

Capítulo vinte e cinco

ATENÇÃO: capítulo pode conter cenas com gatilhos!

Sasuke estava com pressentimento ruim. Algo dentro dele dizia para inventar alguma desculpa e não ir.

Quando terminou seu turno, pegou o celular e havia uma mensagem curta e direta de Mikoto o "convidando" para estar às 18h na casa da mãe. Suspirou cansado só de imaginar o que sua progenitora queria. Algo agradável ele tinha certeza que não era, afinal alegria era um sentimento que sua mãe não queria compartilhar com ele.

Passou a camisa cinza escura simples pela cabeça, colocou o relógio, se perfumou e olhou no espelho, estava exatamente da maneira que sua mãe disse para não se vestir. A última frase dela na mensagem, ele ignorou com sucesso. " Venha apresentável".

Estava bem básico, bermuda e camisa simples. Pegou seus tênis, mas logo os trocou pelo par de chinelos. Sorriu já imaginando o Pit de Mikoto. Saiu de casa.

Queria chegar já estragando o que quer que seja que ela estava inventando. Poderia estar com sua namorada enrolados no corpo um do outro ou até vendo desenhos com Valentim, seria muito mais agradável. Ele tinha certeza disso.

Não se preocupou em colocar sua moto na garagem. Tinha fé que seria rápido. Apertou o interfone e esperou.

_ Qual a parte do "venha apresentável" você não entendeu? - abriu a porta já reclamando.

Nada novo debaixo do céu.

Foi o pensamento do moreno.

_ Boa noite para você também, mãe. - respondeu passando por ela, que como sempre está impecável em seus vestidos caros. _ O que deseja de mim?

Mikoto nada falou, ainda estava olhando de forma nada agradável suas vestes. Suspirou irritada, fechou a porta e andou até o filho.

_ A filha dos Mouras está aqui. - falou entrelaçando os braços como se tivessem intimidade de mãe e filho. _ Desamarre essa cara! Sorria galante porque eu disse maravilhas sobre você.

_ Mas que merda! - exclamou entredentes irritado. _ Já falei várias vezes para parar com isso, principalmente agora.

_ Agora? - perguntou já suspeitando o que seria.

_ Não estou solteiro, mãe. - respondeu parando no meio do caminho, não queria que a visita escutasse a discussão que sabia, viria. _ Estou namorando e mesmo se não estivesse, essa sua intromissão na minha vida particular é no mínimo irritante.

_ Não me diga que é aquela mãe solteira de cabelo ridiculamente rosa! - o olhou de cenho franzido.

_ O nome dela é Sakura! E sim, é ela. - disse firme olhando nos olhos da mãe. _ E pare de rotular as pessoas, isso é horrível.

Ele estava tentando não ser desrespeitoso. Por mais que sua mãe não fosse a empatia em pessoa, ainda era sua mãe e ele devia o respeito.

_ Não aprovo! - se segurou para não gritar. _ Além de divorciada, tem um filho a tiracolo. É subordinada do seu irmão, não tem uma profissão digna, esse tipo de mulher só serve para sugar homens bestas como você! - o veneno chega a escorrer.

Sasuke retirou seu braço de perto e virou todo o corpo para a mãe

_ Eu não admito que fale dessa maneira da mulher guerreira que Sakura é! - disse com raiva. _ É uma profissional magnífica, com uma profissão digna como qualquer outra, a mesma que seu filho mais velho.

_ Mesmo assim....

_ Chega! - interrompeu. _ Você é minha mãe e eu sinto muito por ser seu filho. Você deixa claro que apenas me suporta, somos uma família estragada, quebrada, eu tenho traumas e complexo de inferioridade pela mãe que tive. Mas, tenho certeza que Valentim nunca sentirá isso, sabe porque? - continuou a olhando com mágoa. _ Porque Sakura é mãe! Mãe de verdade, não espero que entenda, esse nunca foi um papel importante para você. - terminou alisando os cabelos nervoso. _ Eu tenho uma pessoa na minha vida que é muito importante, nada e ninguém vai estragar isso, principalmente você. - terminou indo em direção à porta.