Um Amor para Recomeçar

capítulo trinta e seis

Sakura acordou no susto pelo barulho de vento e chuva do lado de fora. Sentou-se na cama e olhou para a janela, que balançava devido a força do vento. Ao fundo escutou um choro e em um pulo saiu da cama e correu em direção ao quarto do seu pequeno, que estava sentado no berço chorando bastante.

Pegou no colo tentando acalmá-lo, tarefa difícil já que a própria se encontrava bem amedrontada. Uma trovoada soou tão forte que Sakura não conseguiu segurar o grito na garganta, parecia que havia caído no seu pequeno quintal. Valentim no susto perdeu o ar devido ao choro forte. Sakura queria chorar junto.

A chuva aumentou, e as janelas começaram a balançar. A rosada apertou o filho mais nos braços. Sua casa era modéstia e bem simples, já estava em seus planos comprar ou alugar uma maior e mais perto do centro, mas ao que parece deveria fazer isso o quanto antes. A ventania ficou mais forte, assim em um barulho alto levou duas telhas da sala da rosada.

Sakura correu com a criança no colo para seu quarto e se trancou lá. Subiu em sua cama e ficou balançando, cantando uma música qualquer na intenção de deixar seu filho distraído.

Estava com medo. Algo que a sakura sempre temeu, a natureza. Quem teria poder suficiente para pará-la? Apenas o seu criador, e a rosada se encontrava orando que a chuva diminuísse nesse momento. O vento parecia que estava conversando, e a chuva se possível parecia mais forte.

Péssima dia para ficar sozinha…..

Pensou aflita. Sasuke havia dormido cinco dias consecutivos em sua casa, e logo essa noite o moreno resolveu ir para a sua residência. Olhou a hora no relógio de cabeceira, quatro e quarenta da manhã. Suspirou.

Aproveitou que Valentim dormira novamente, saiu na ponta dos pés e foi olhar o estrago. Parou de repente e pôs as mãos na boca devido ao susto. A chuva continuava, sua sala alagada, sofá destruído, televisão caindo água por cima.

_ Meu Deus! - exclamou aflita ao olhar a quantidade de água que entrava por baixo da porta, foi rapidamente em direção a janela e seus olhos se arregalaram mais ainda vendo sua varanda cheia de água. _ O que eu faço? - se perguntava.

Ficou alguns segundos parada, até que começou a correr pela casa. A sala não tinha nada que pudesse salvar, a cozinha tudo ficava no alto, apenas a geladeira, mas não conseguiria levanta-la. Foi para o quarto, vendo seu filho adormecido na cama, puxou sua mala de viagem e começou a colocar roupas dentro dela, se água entrasse ali perderia seu guarda roupa também. Quando estava terminando de encher outra mala com as coisas do filho, seu celular apitou, uma ligação.

_ Desculpe ligar de madrugada, mas devida a chuva fiquei preocupado.

_ Sasuke….. preciso ir para sua casa se não tiver problema.

_ O que houve?

_ Acho que a rua está alagada, minha varanda está cheia de água. O vento levou algumas telhas e estou com medo, não vou mentir.

_ Chego aí já já!

Sasuke apenas vestiu uma roupa qualquer e saiu em direção a garagem. Seu carro novinho, sendo estreado em uma enchente. Mas eram sua namorada e seu filho, então bens materiais não importavam.

Ao fazer a curva e entrar na rua de Sakura, ele parou o carro e arregalou os olhos. Sorte a dele ter escolhido um carro grande, sua picape passaria tranquilo pela água. Antes de continuar, ligou para o quartel e informou a situação da rua.

Por pouco a água não chega até a porta do carro. Sem pensar duas vezes, pulou para fora já adentrando a varanda. A porta já se encontrava aberta, e suspirou penalizado ao ver a situação da sala.