Welcome to New York

8.6K 294 48
                                    

notas inicias
oii, gente! avisinhos prévios: é uma realidade completamente diferente e, obviamente, fictícia. nela sheilla terá só uma filha, a história se passará nos estados unidos e terão casais bem "diferentes" entre algumas jogadoras, para citar alguns exemplos. espero que gostem :) boa leitura!

⋆·˚ ༘ *

Com o pulsar da música altíssima de um bar qualquer ecoando por seus ouvidos, rodeada de pessoas dançando e sentindo um odor característica da mistura de álcool e suor. Gabriela Guimarães sabia três coisas ao certo.

Um, ela estava muito gostosa naquele vestido preto colado que vestia. Parecia ter sido perfeitamente para ela, mostrando apenas um pouco mais de perna do que o 'apropriado'. Os olhares interessados e cochichos quando ela passava próxima a alguns grupinhos a confirmava isso. Ela estava linda, e sabia disso.

Dois, o whiskey com limão que ela pediu ao bartender — que parecia exausto — definitivamente não era o melhor a tocar sua língua. Tinha limão de mais para o seu gosto, deixando o drink muito mais ácido do que deveria e, consequentemente, mais difícil de engolir. Em uma noite típica, noites que haviam se tornado mais rotineiras do que deveriam, ela já teria virando algumas doses. Mas não hoje, dessa vez ela estava sofrendo para terminar aquele único drink, pensando que se quisesse tomar limão haveria pedido uma limonada, e não whiskey.

E terceiro, ela precisava transar. Para ontem. Apesar de ontem ela já ter, graças a linda mulher que a havia visto em um bar no centro na noite anterior. Mas ela precisava de alguém para hoje, para esquecer de si mesma, de sua vida, e do fato de ter estragado o seu trabalho e estar a um fio de perder o emprego. Ela só precisava esquecer.

Bebericando seu copo e sofrendo com o gosto do líquido, Gabriela deixa seus olhos navegarem pelo local, procurando por alguém para ajudá-la no terceiro tópico. Alguém que ela pudesse ir para cama com, sem se preocupar em lembrar seu nome e sair escondida nas primeiras horas da manhã.

— Gabi, você tá me ouvindo? — Natália, sua melhor amiga, a pergunta lhe tirando de seus devaneios.

— Infelizmente — ela responde tomando mais um gole.

— Você ouviu alguma coisa que eu disse? Já são 23h e você precisa estar amanhã cedo no ginásio, vamos embora daqui — Natália diz como se estivesse implorando, terminando sua cerveja e avisando ao bartender que estava pronta para pagar a conta.

— Eu nunca te escuto, Nat. Mas dessa vez acho que vou ficar... — seus olhos estavam fixos na mulher loira do outro lado do bar.

— Você tá falando sério? Bernardinho vai te matar se você estiver atrasada.

— Então eu não vou me atrasar — ela fala simples, dando uma piscada para a amiga.

— Não é só um treino ou academia, você vai encontrar um dos donos e o gerente da porra do clube, — Natália a lembra, sem saber o quão bêbada Gabriela já estava e o quanto ela estaria ao final da noite.

— Você pode parar de se preocupar comigo? Eu não preciso de uma babá no lugar da minha melhor amiga. — Gabriela responde irritada

— Você pode pelo menos me mandar mensagem quando chegar em casa? — Natália responde depois de respirar fundo, ela não queria respondê-la com raiva e se arrepender depois.

Gabriela resistiu a vontade de revirar os olhos e apenas concordou com a cabeça. Parecia muito algo que uma babá superprotetora diria, mas ela queria que a conversa acabasse logo, então se conteve em concordar. Ela não aguentava mais ver a preocupação e a pena nos olhos de Natália quando a mesma a olhava, ela odiava isso mais do que ser tratada como uma criança.

Somebody ElseOnde histórias criam vida. Descubra agora