Phone calls

3.2K 235 60
                                    

quem é vivo sempre aparece! desculpa o sumiço..

⋆·˚ ༘ *

Sheilla chupou os dedos, soltando um gemido suave ao gosto de Gabriela, apesar de ter passado a maior parte do dia entre suas pernas.

— Por que você sempre parece tão presunçosa? — Gabriela riu, empurrando uma mão pelo cabelo e desmoronando de volta para a cama.

— Eu adoro fazer você se sentir bem. Você não pode culpar uma mulher por se sentir realizada depois de um trabalho bem feito — respondeu Sheilla, beijando seu caminho até o corpo de Gabriela em direção aos lábios.

O sorriso de Gabriela cresceu quando Sheilla demarcou um caminho lento para cima. Ela enterrou uma mão no cabelo na parte de trás da cabeça de Sheilla e afundou na sensação dos lábios dela em sua pele. Depois de passar horas na cama, horas que ela aproveitou graças a um dia de folga de suas responsabilidades no Gotham, ela ainda não conseguiu o suficiente. Ela nunca se cansaria disso.

Quando Sheilla estava finalmente pairando acima dela, aquele sorriso presunçoso ainda em seus lábios, Gabriela balançou a cabeça e estendeu a mão para passar o polegar ao longo do lábio inferior de Sheilla.

— Agora é hora da minha vez — murmurou Gabriela, envolvendo uma mão na parte de trás do pescoço de Sheilla, com a intenção de puxá-la para baixo e juntar seus lábios.

Mas a palavra "hora" parecia desencadear uma reação em cadeia na mulher acima dela. Era como se as nuvens nebulosas do desejo se separassem e desaparecessem imediatamente, substituídas pelo pânico total e total.

— Merda! — Sheilla gritou, sentada ereta e quase caindo da cama com a velocidade com que alcançou sua calça e a camiseta mais próxima.

— O quê? — Gabi perguntou, com a testa franzindo enquanto se sentava na cama e assistia Sheilla entrar em um par de jeans e colocar uma camiseta do avesso.

— Alex — Sheilla bufou, tentando jogar o cabelo em um coque extremamente bagunçado.

— Oh, merda — Gabriela engasgou, pulando da cama e se vestindo de maneira igualmente apressada.

— Eu sou a pior — Sheilla resmungou, tirando a camisa novamente para colocá-la do lado direito para fora. — Ela vai ser a última criança lá.

Gabriela puxou seus cachos bagunçados em um coque e forçou Sheilla a encontrar seus olhos.

— Ela vai ficar bem, amor. Respira... e talvez pegue um moletom? — Gabriela respondeu, fazendo caretas timidamente enquanto seu olhar caía para a marca que havia deixado na base do pescoço de Sheilla, que foi deixada em plena exibição atualmente.

Sheilla não conseguia parar o sorriso que se espalhava por seu rosto. Ela pegou um moletom, sua carteira e suas chaves antes de arrastar Gabriela pelas escadas e pela porta da frente.

— A professora dela já me odeia — suspirou Sheilla, trancando a porta e correndo pela calçada.

— Eu não acho que odiar você seja remotamente possível para ninguém — Gabriela cantarolou, emaranhando os dedos com os de Sheilla e tentando acompanhar o ritmo agitado que sua namorada estava.

— Não, tenho certeza que sim. Eu sou a mãe mais nova, e Alex e eu rabiscamos na lição de casa dela às vezes — respondeu Sheilla.

— Rabiscos na lição de casa? Isso é praticamente um crime no território nacional — Gabi engasgou em um choque falso.

— É um crime na turma da terceira série de Gabriele — resmungou Sheilla, quase batendo em um homem na calçada enquanto ela virava a esquina.

Gabi parou em um semáforo, não deixando Sheilla tentar atravessar o movimentado cruzamento. Ela pisou na frente de Sheilla e pegou seu olhar um pouco frenético.

Somebody ElseOnde histórias criam vida. Descubra agora