A minha vida de merda 2

Capítulo IV

Todoroki POV

Já se passaram 6 meses estou com 8 meses de gravidez, e está a ser um inferno. Tiveram que me internar uma 6 vezes por causa das bebidas que quase provocou abortos, mas infelizmente isso não aconteceu, bem digamos que o pessoal já não me deixa fazer isso, parece até que eu estou numa prisão.

Eles tiraram todas as bebidas alcoólicas que eu tinha em casa e todos os sacos de drogas também, eles não me deixam andar sozinho e controlam o que eu compro para que eu não compre mais bebidas, todas a semanas um deles dorme aqui em casa, o pessoal decidiu que era melhor, para não ficar sozinho, e o meu pai, bem quando ele soube ficou ainda mais furioso e anda atrás de mim, sorte que não sabe onde eu moro.

Já sei o sexo destas coisas, sim eu não os chamo de filhos e nem de crianças ou bebés, eles para mim não são nada para merecer tal titulo, bem continuando, são dois rapazes.

Quando os pais de Bakugou souberam que iam ser avós ficaram muito felizes, eles apoiam-me, eles também não sabem das minhas tentativas de os matar e que eu não os chamo de filhos, Toga sabe de tudo, aliás esta semana é ela quem está aqui em casa.

-Todo, estás bem?

-Parem de me perguntar isso a cada 5 segundos, porra eu não vou fazer merda nenhuma com estas coisas...-eu disse irritado

-Todoroki, eu estou apenas preocupada contigo, até porque tu sabes que a tua gravidez é de risco por causa das merdas que andaste a fazer, logo eles podem nascer a qualquer momento.-eu apenas revirei os olhos

-Por mim eles podiam morrer...-eu murmurei, mas acho que ela ouviu

-Eu só não te quebro na porrada porque não quero magoar os meus sobrinhos... é sério de onde veio tanto ódio por duas crianças que não tem culpa de nada, tu achas mesmo que o meu irmão iria gostar do que estás a fazer e a dizer?

-Ele já não está aqui Toga, ele deixou-me sozinho com duas criaturas...

-Olha, eu não quero mais discutir sobre isto contigo, não vale a pena, tu nunca ouves.-ela disse indo para a cozinha

Quebra de tempo

Já se passaram mais 2 meses, os piores, se eu pensava que não podia piorar eu enganei-me.

As criaturas nasceram faz 1 mês, e tem sido horrível, eles estão sempre a chorar, não me deixam dormir, eu não aguento mais este inferno, eu já pensei em dá-los para a adoção, pelo menos iriam arranjar uma família que lhes desse amor e carinho, coisa que eu não consigo dar, mas eu não consegui.

E lá estava eu a olhar para eles que finalmente adormeceram.

-Eles até são fofos...-disse dando um sorriso de lado.

Coloquei o meu dedo na mão de um deles que abriu os olhos e agarrou o meu dedo e sorriu para mim, logo estendendo os braços para eu o pegar, eu o peguei no colo e ele colocou as suas mãozinhas no meu rosto me encarando, como se estivesse a gravar o meu rosto na sua memória. Eu sorri e dei um beijo em sua testa.

-Ei, volta a dormir.-disse o colocando ao lado do irmão e ele voltou a dormir.

Alguém toca a campainha e eu vou abrir.

-Oi Todoroki.-disse Denki

-Oi Todobro.-disse Kiri

-Oi pessoal, entrem...-disse dando passagem e eles entraram- Os miúdos estão a dormir mas se quiserem ir lá podem ir.-eu disse e eles olharam para mim assustados- O que foi?

-Tu chamaste os teus filhos de miúdos e não de criaturas ou coisas.-eu dei um sorriso

-Eu acho que estava a descontar a minha raiva neles, eles não têm culpa de nada.

-Finalmente tu abriste os olhos.-disse Kiri

-É, mas bem podem ir lá ter com eles.-eu disse indo para a cozinha.

Eu estava na cozinha a fazer o meu almoço  quando do nada o Denki aparece do meu lado me assustando.

-Bolas Denki que susto.

-Desculpa, mas como têm sido estes dias?

-Difíceis, eles estão sempre a chorar e não me deixam dormir.

-Imagino... Tu ainda os odeias?

-Sabes, acho que eu nunca os odiei na verdade, eu apenas estava a descontar a minha raiva neles, a raiva do Bakugou não estar aqui, a raiva de que eu só descobri a verdade quando era tarde demais, raiva de que a última vez que o vi ele estava com raiva e nojo de mim, eu estava e ainda estou magoado com isso e acabei por descontar em dois seres que não tiveram culpa de nada...

-Calma Todo, não precisas de falar mais nada...-ele disse colocando uma mão no meu ombro- Vai tudo correr bem...-ele disse me dando um sorriso reconfortante e eu sorri.

Continua.....

Notas das autoras:

Deixem a estrelinha ⭐