"Eu só quero que saibas que apesar de já terem se passado tantos anos, que eu ainda te amo muito e não consigo te esquecer. Eu dava tudo para te ter aqui ao meu lado.
Eu fiquei lá a falar com ele até tarde.
-Nossa eu nem reparei nas horas passando...
Nós compramos um bolo de chocolate e voltamos para casa, assim que abro a porta eu vejo Todo sentado no sofá a chorar.
Eu rapidamente corri até ele deixando o bolo na mesa de centro.
-Todo o que aconteceu?
-B-Baku...-ele disse com a voz trêmula e eu o abracei
-Papa... o que aconteceu?-disse Yukio preocupado
-Yukio sobre para o teu quarto...-eu disse o encarando
-Ma...-eu o interrompo
-Yukio por favor sobe.-eu disse e ele apenas assente e sai.
-Correu mal não foi?-eu perguntei o encarando e ele apenas assente- Queres contar o que aconteceu?-ele assente novamente.
Todoroki POV
Momentos antes
Assim que Baku saiu eu subi para falar com Ryota, eu bati na porta e ele não respondeu, o que me fez suspirar.
-Posso entrar Ryota?-disse ao abrir a porta o encontrando sentado na cama encarando a janela, eu entrei- Ryota podemos falar?-eu disse sentando-me ao seu lado na cama
-Eu não quero falar... sai daqui...-ele disse frio
-Ryota, tu vais me ouvir quer queiras ou não.-eu disse levantando-me e colocando-me à sua frente- Eu não aguento mais este clima, eu não aguento mais estas faltas de educação da tua parte, eu não sei porque é que não consegues perdoar o teu pai, mas não foi assim que eu te criei, eu ensinei-te a ser educado com as pessoas, especialmente se essas pessoas forem da tua família. O teu pai só quer recuperar o tempo perdido, ele quer pertencer a esta família, ele está arrependido, mesmo a culpa não ter sido completamente dele, ele ama-vos mais que tudo, ele preocupa-se com vocês. Será que é assim tão difícil dares-lhe uma segunda oportunidade?-eu o encarei
-SIM É DIFÍCIL EU DAR-LHE UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE... -ele gritou com os seus olhos cheios de lágrimas- PK É QUE ELE NÃO SOME?
-JÁ CHEGA... EU ESTOU FARTO... QUER TU QUEIRAS OU NÃO ELE É TEU PAI E TU VAIS TRATÁ-LO COMO TAL...
-SE NÃO O QUÊ? TU NÃO ME PODES OBRIGAR A CONVIVER COM ELE...-ele gritou encarando-me com raiva
-Tu só não vais, como também vais sair com ele, como pai e filho, porque eu estou farto destas tuas birras, eu não aguento mais, tu estás a criar um mau ambiente aqui em casa, por isso é melhor tu começares a dar-te bem com ele, ele é teu pai quer tu queiras quer não.
-Isso nunca vai acontecer, e tu não podes me obrigar...-ele disse com raiva
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-Tu achas mesmo? Eu já estou a começar a ficar sem paciência, por isso é melhor tu começares a obedecer...
-EU ODEIO-VOS... ODEIO-VOS... ODEIO-VOS... SAAAAAAAAAI- ele grita com lágrimas nos olhos, então eu decido sair, assim que eu chego na sala, eu caí no sofá e começo a chorar bastante.
Porque é que ele tem que ser assim, porque é que ele não o consegue perdoar?
Momento atual
-E foi isso que aconteceu.-eu disse com a voz trêmula- Eu não sei o que fazer com ele...
-Calma Todo...-eu o interrompo
-Será que fui eu que falhei no meu papel de pai? Eu estou desesperado Baku, eu não sei o que fazer... -eu disse começando a chorar
-Todo a culpa não é tua, mas sim minha eu é que não estive presente na vida deles, tu foste um excelente pai, tu ensinaste o que é errado e certo, tu estavas sempre lá quando eles mais precisaram, não te deixes ir abaixo por algo cujo a culpa nem sequer é tua, mas sim minha, e eu vou resolver isto vais ver... -ele disse dando-me um beijo na testa
-Como? Ele nem sequer me ouve... -eu disse encarando-o
-Não sei ainda, mas não te preocupes, vai correr tudo bem.-ele disse com um sorriso no rosto o que me fez sorrir.
Ele abraçou-me ainda mais, fazendo-me aconchegar-me nos seus braços e assim adormeço, nos seus braços.
