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MARJORIE CAMPBELL

– Eu estou impressionada, você fechou contrato com a VOLVO? – Alessandra pergunta e eu concordo sorrindo.

– O bichinho vai andar com os produtos deles, capaz de darem até o carro. – Falo mordendo os lábios e mostrando o valor da parceria. – Acho que podemos bater o martelo.

– Isso é bem maior do que o valor do remédio de dor de cabeça.

– Eu disse. – Falei como se eu fosse brilhante e ela concordou comigo, eu como uma boa leonina, sabia que eu era brilhante.

– Como você está?

– Eu estou bem, por quê?

– O Bruno comentou comigo que você está ficando no apartamento dele, desculpa se não é algo que você queira falar.

– Faz uma semana que eu estou lá hoje, eu só estou esperando uma estabilidade para procurar um lugar para alugar.

– Saiba que aqui você está totalmente estável, você fez muita diferença desde que entrou para o time.

– Obrigada Ale, fico feliz.

– Qualquer coisa eu estou aqui, se quiser conversar...

– Obrigada. – Sorrio sincera pegando minha mochila. – Eu estou indo, precisa de mim para algo?

– Não, hoje o dia foi muito produtivo, bom descanso.

– Obrigada Ale. – Saio do escritório e abro a carteira para pegar o dinheiro do táxi, vejo minha habilitação lá parada e reviro os olhos, patética, eu preciso de um carro, certeza que o que eu gastava de Uber eu pagaria a prestação de um carro.

Chego na casa de Bruno e vejo o mesmo jogado no sofá dormindo, acho a cena mais fofa do mundo, ele parecia um ursinho todo encolhido, mas obviamente eu não poderia dar o braço a torcer, então peguei uma almofada, mirei bem nele, e taquei em seu rosto. Ele deu um pulo do sofá e eu comecei a rir jogando a cabeça para trás.

– FILHA DE UMA PUTA.

– Minha mãe não tá sendo a melhor mas não ofende a bichinha.

– Eu estava sonhando.

– O que você estava sonhando?

– O sonho estava meio confuso, primeiro você estava casando com meu pai, e depois minha mãe aparecia vestida de bailarina no meio do meu jogo de vôlei, mas você estava casando, e minha mãe de bailarina?

– Será que seu pai curte as mocinhas? Eu queria ser bancada por um velho rico, e gostosão.

– Você está chamando meu pai de gostosão?

– Ah ele da um caldo.

– Todo mundo fala que nós dois nos parecemos, então isso quer dizer que eu também foi um caldo?

– Sei la, pergunta isso para a Gabriela, ou pra Victoria, a Duda também, alguma delas vai saber responder.

– O que? – Ele pergunta surpreso mas logo me olha sarcasticamente. – Esqueci que você tem acesso ao meu Instagram, mas você falou que não leria as conversas.

– Meu lado fofoqueira falou mais alto, você é péssimo no flerte, não sei como consegue ficar com as mulheres.

– Eu não preciso flertar quando eu estou fode...

– CALA A BOCA, não preciso saber disso.

– Eu estou com fome. – Ele muda de assunto rindo e eu aponto para o muro da sua cozinha americana.

always been you | bruno rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora