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MARJORIE CAMPBELL

– PARA DE CHORARRRRRRR. – Eu grito junto com o choro alto da Liz e me sento no sofá chorando junto com ela, eu já tinha feito de tudo, tinha dado remédio da colicazinha, dado de mamar, colocado ela em algumas posições que ajudava no desconforto, o que era possível fazer eu tinha feito, mas nada, absolutamente nada parava o choro dela, hoje um dia depois que havíamos chego em casa, o Bruno havia saído para registra-lá no cartório, ou seja, era a primeira vez que ficamos juntas sozinhas.

– Meu amor a mamãe não sabe mais o que fazer, eu tô começando a ficar desesperada mas eu realmente não sei. – Falo limpando as lágrimas e pegando um papel para soar o meu nariz, quando ela ouve o barulho ela abre os olhinhos e abre aquele sorriso mostrando toda a sua gengiva sem dentes e para de chorar.

– Você está brincando comigo né? Você está brincando comigo. – Falo passando a mão em seu rostinho aliviada, estava vendo então que era só manha, se fosse alguma coisa ela não pararia de chorar assim fácil não é?

Ai meu Deus deveria ser aceitado a ajuda da Vera e da minha mãe.

– Temos uma cidadã brasileira. – Bruno abre a porta do apartamento com a certidão de nascimento na mão toda feliz mas seu sorriso desmancha quando ele vê que eu estava chorando. – Meu Deus amor, o que foi?

– Ela não parava de chorar de jeito nenhum amor, eu estava desesperada e comecei a chorar junto.

– E ela parou?

– Só quando ouviu o meu barulho soando o nariz. – Falo e ele começa a rir.

– Ela está colocando as garrinhas pra fora, e chegou ontem da maternidade.

– Eu falei pra você amor, que era golpe, tava na cara que aquela bondade toda era só para iludir a gente. – Ele vem até nós e me dá um selinho demorado me entregando a certidão de nascimento dela, e pegando ela no colo que estava toda calminha, nem parecia que tinha dado um show.

Ele sai andando com ela pelo apartamento contando pra ela sobre como foi difícil registra-la porque o cartório estava lotado e a atendente tinha uma verruga no nariz enorme, ela olhava para o pai como se entendesse tudo, eu olhei para os dois e balancei a cabeça negativamente, sorrindo, eles juntos eram as coisas mais fofas do mundo.

Peguei a certidão dela e coloquei em seu quero numa parte onde reservei só para colocar seus documentos, assim que ela completasse um mês iríamos e tomasse determinadas vacinas iríamos tirar o RG dela e o passaporte, eu queria muito ver a carinha dela em um RG.

– Ok, temos problemas. – Bruno aparece com ela no quarto e eu olho pra ele com a sobrancelha franzida.

– Hm, que problemas?

– Eu sei que ontem quando você chegou ela fez coco e você trocou, e que agora você vai querer que eu aprenda, mas eu acabei de comer e...

– Ela fez coco?

– Sim.

– Bom, isso já é problema seu, e se um dia você sai pra almoçar com ela, só vocês dois e ela faz coco, você vai deixar ela cagada por estar almoçando?

– Não, mas fede demais, como uma bebê com 5 dias de vida que só toma leite da teta da mãe pode ter um coco tão fedido?

– Teta Bruno? Eu sou vaca por acaso?

– Uma vaquinha? – Ele fala fazendo uma voz fina e fechando os olhos esperando a bronca mas eu começo a rir pegando Liz do seu colo e colocando ela no trocador.

always been you | bruno rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora