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MARJORIE CAMPBELL

Estava sentada olhando a linda paisagem de Nova York pela a minha varanda enquanto pensava nos últimos meses e como minha vida tinha virado de ponta cabeça, só de imaginar que Bruno poderia ser pai do filho de outra mulher, meu coração apertava, e sim poderia ser egoísmo, eu era egoista quando se tratava dele.

Depois de muito pensar e me questionar do porque tudo ter começado a dar errado, eu entrei para trabalhar um pouco, abri o notebook e respondi algumas mensagens, Douglas tinha brigado com um homofóbico folgado, e estava no trends do Twitter, esses dias ele tinha falado para uma das participantes do pipoca, que era mais querida aqui fora que já tinha alguém para fazer a carreira dela, comecei a rir com ele vendendo meu peixe, Doug era incrível.

– Oi, eu trouxe aquela torta que você gosta. – Nate aparece na sacada e eu sorrio dando espaço para ele se sentar do meu lado. – Você está bem?

– Eu estou, e você?

– Sim, e você?

– Estou bem, está com uma carinha desanimada...

– Eu não te contei, mas o Bruno, ele acha que engravidou uma mulher.

– Eita porra. – Ele fala e eu dou um sorrisinho concordando. – Porra, como o cara não se protege?

– Pois é, nós cometemos esse erro e eu pensei que depois da Liz ele ia apreender, fora que ela é uma desconhecida né? E ele não se protegeu, enfim, a minha cabeça está a mil.

– Eu imagino, fico imaginando como um homem tem uma mulher como você e faz tanta merda. – Ele respira fundo e segura a minha mão e eu mordo os lábios me segurando para não chorar.

– É, ele já fez muita merda antes de ficarmos juntos, acho que o meu erro foi acreditar que poderia mudá-lo.

– A única pessoa que pode mudar ele é a terapeuta. – Ele fala e eu dou um sorrisinho.

– Exatamente.

– Eu sei que é difícil pedir para você não ficar assim, mas tenta entender que tudo tem um porque, talvez não era pra ser vocês, não agora, talvez ele precise disso para amadurecer, encimava eu não quero ver você triste, o que eu puder fazer para você se alegrar, eu vou.

– Vai comprar a torta da quinta avenida pra mim todos os dias? – Falo fazendo um bico e ele gargalha.

– Podemos combinar sobre isso.

Eu sorrio e ele se levanta estendendo a mão para que eu levantasse também, ele me abraça fortemente e entramos para dentro do apartamento vendo Lúcia dando a papinha da Liz.

– Hm, você me dá um pouco da sua comida? – Nate pergunta pra Liz que sorri enfiando a colher babada na boca dele. - Meu Deus como ela come isso?

– Uma delícia né? – Falo olhando pra ele de cara feia que apenas força um sorriso olhando pra Liz que volta a tentar comer sozinha, cadê dia ela estava mais esperta para fazer as coisas.

Depois que ela terminou de comer, sentamos com ela no sofá, e eu me deitei na perna de Nate que fazia um carinho em meu cabelo enquanto Liz apertava o macaquinho de pelúcia que fazia um barulho engraçado.

– Vou colocar ela pra dormir, tá bom? – Lúcia aparece quando eu estava quase dormindo e eu concordo.

– Da um beijo na mamãe? – Peço pra Liz que me dá um beijo babado, Nate segura a bochecha dela fazendo um carinho e ela vai pro colo da Lúcia.

– O que é isso? – Nate pergunta.

– Eu estou pegando umas ideias para o aniversário da Liz, falta menos de um mês e meio, eu estou muito ansiosa.

always been you | bruno rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora