My Girlfriend Is a Witch • Sillie

(22) - Volta no tempo.

• Millie Brown - 1 mês antes.

[Observando de longe]

A primavera havia chegado, e finalmente eu poderia tentar ajudar Lightcyandawn. Ontem, consegui fazer com que uma flor crescesse novamente. Suas pétalas eram laranja, cor de fogo. Assim como a garota que eu observava treinar dia após dia.

No seu treino de fim da tarde, o pai da garota chegou, e ela o chamou para ver a flor. Fiquei observando por trás das árvores densas, escondida em seus grandes troncos.

Mas ele não tinha esperança nas próprias terras, e havia machucado aquela linda flor.

[Salvando uma garota]

Manhã quente, eu mal conseguia andar sem precisar tomar água. O clã mais perto era o de M'ellkag, e eu teria que enfrentar meus medos se não quisesse morrer de sede.

Segurei forte o arco que eu tinha recolhido, e me sentei perto de uma árvore antes de começar a caminhar até Lightcyandawn, para devolver à Sadie.

Levantei meu rosto quando escutei cascos de um cavalo contra o chão, ele estava com medo.

- Calma, calma. - Tentei acalmar o cavalo.

Suas rédeas estavam gastas, e uma pequena bolsa com água e frutas estava presa em sua sela. Peguei a corda que parecia arrebentada e o coloquei preso numa árvore, tomando cuidado para que não se assustasse.

Na direção que ele veio, os muros de M'ellkag de levantavam, e o portão da cidade foi fechado. Os guardas lá em cima estavam a postos, e entendi o real motivo quando olhei para o chão.

Sadie, a linda garota que eu sempre observava, estava caída. Uma flecha cravada na altura do seu coração. Sua pele estava pálida, e quando me aproximei, não escutei nenhum sinal de respiração.

Mas eu podia salvá-la.

Olhei ao redor para conferir se soldados os cidadãos de M'ellkag estavam nos vendo.

Ninguém olhava para a floresta na frente do seu reino, e muito menos para uma garota caída. Peguei ela no braço, como se fosse uma criança. O dia estava quente, mas a sua pele, fria. Manmourneoak não estava tão longe, mas preciso de uma desculpa caso me perguntem das trufas.

A caminhada foi cansativa, mas eu precisava... Podia salvar a vida dela. E eu faria isso.

Passei pela barreira e logo conferi se as outras não estavam nos vendo. Sharionkin não aparecia há algumas semanas, então o caminho estava livre. Abri a porta da minha cabana e a coloquei deitada na cama. Prendi seus cabelos e precisei rasgar onde a flecha tinha pego. Coloquei as mãos sobre seu rosto, eu ainda conseguia senti- lá. Respirei profundamente e fechei os olhos, tentando fazer o que já fiz antes.

Nem sinal. Eu não consegui fazer com que ela voltasse a respirar, mas precisava me manter firme para conseguir.

Sentei ao seu lado e segurei forte sua mão.

- Vou te trazer de volta, eu prometo.

Forcei minha memória, e lembrei de alguns títulos de livros que Sharionkin guardava em sua biblioteca.

Sorrateiramente, fui até lá e peguei um dos livros, nomeado de: "A dor compartilhada."

Arranquei algumas páginas e escondi no meu vestido, para que voltasse até a cabana em segurança.