cap. 30

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SAM'S POV

Olhei para o relógio dourado no meu pulso. Era quase hora de almoço e a confesso que estava quase capaz de comer um bizonte!

"Ok agora como é que eu volto para casa se nem sequer sei onde estou?" -pensei

Estava a andar naquela praia sem fim ha tanto tempo que nem me apercebi que havia uma saida mesmo diante dos meus olhos. O sitio onde se situava a saida era um bocado estranho , tenho que admitir. Era uma estrada sem nada. A única coisa que tinha realmente era uma tableta onde dizia numas letras meio apagadas o nome de uma vilazinha que eu quase que não conseguia ler.

Resolvi seguir as indicaçoes, visto que me encontrava mesmo no meio do nada e essa era a minha única opçao de voltar para casa.

Sinceramente não me apetecia nada voltar. Só de pensar na quantidade de perguntas que me iam bombardear quando eu chegasse ? Sobre o que aconteceu e porque é que eu fugi e isso tudo.

Eu sei que para muita gente não faz sequer sentido o facto de eu ter fugido mas parte de mim sabia que no momento em que tudo aconteceu, não podia ter ficado ali.

A estrada era enorme quando olhei e se querem saber parecia sem fim. Estava -me a afundar tanto nos meu pensamentos, que nem me apercebi ha quanto tempo eu estava a andar.
Os meus pés estavam a causar bolha e nem sequer era uma opção tirar os sapatos e ficar descalça, porque assim magoaria-me ainda mais.
Parei por um bocado. O ceu começou a mudar, começou tudo a ficar mais escuro e a minha sombra desapareceu. As nuvens cobriram o sol e assim do nada começou a chuver.

" - Oh boa!! - pensei.

Olhei em meu redor e, obvio que nao estava ninguem mas no que é que eu estava a pensar!
Tive uma ideia de repente. Resolvi estender o braço com o pulgar para cima. Pedir boleia nem era assim tão mau, e aindda era melhor quando não aguentávamos nem mais um segundo naquele sitio. O meu cabelo começava a ficar encharcado, mas sabem qual é a parte boa disso?
É que eu até fico gira!!

Para meu espanto, um carro parou á minha frente.
O vidro abriu-se e vi a cara de uma mulher, que já devia ter os seus 40 , 50 anos de idade.

- Então olá! Queres boleia para algum sitio??

-" Não! Eu por acaso estou aqui com esta pose para treinar para o carnaval , acho que me vou mascarar de estátua ,o que acham?"- disse para o meu subconsciente.

Sorri e respondi:
- sim, se não se importar...

- Claro que não me importo querida... ENTRA! - gritou para a minha cara.

Ja nao era sem tempo. Estava a chover tanto que eu acho que ja nem sentia as bolhas que se tinham formado no meu pé.

O seu carro que nao era um carro era mais uma carrinha, era branca e um pouco velha. Fazia lembrar um carro qie a minha mae tinha e que chamava de frigorifico. Ahahah

Abri a porta da frente e entrei. Assim que começámos a andar a mulher que eu nem sabia o nome começou a falar.

- Sabes, já não dáva boleias há algum tempo. Quando era mais nova fiquei desempregada e como não gostava nada de passar as minhas tardes em casa ia biscar o carro e havia sempre pessoas que me pediam boleia. E eu nao me importava nada de as dar.- disse com o sorriso na cara a olhar para mim.

Eu como nao tinha muitas coisas a dizer a um desconhecido apenas acenei, como forma dela perceber que a estava a ouvir.

- Então e para onde é que queres ir?

- Hmmm quero ir para Clevedon.

- hmmm okok... tens sorte porque eu ia mesmo passar por lá. Ja agora sou a Elsa.

- Eu sou... - nem me deu tempo para acabar a frase pois falou logo por cima de mim.

- Ja sei é Sam não é?

Acenei com a cabeça um bocado assustada.

- sim, mas como é que sabia?

- Tu és famosa! Quem é que não sabe o teu nome?... - disse a rir-se, e logo a seguir continuou a falar.

- És daquela banda com aquele rapazinho não é? Ai! Como é que sa chama?? .. hmmm STARBUCKS !! Estou certa?

Acenei com a cabeça.

- Nao fazia ideia que eramos assim tao conhecidos... Ainda só demos um concerto! - disse com uma voz muita estranha.

- Para mim são! - respondeu entusiasmada.

- sorri e virei logo a cara sem dar muita importancia.

Continuámos a andar com música a tocar e depois de quase meia hora apercebi-me que algo estava errado.

- hmmm Clevedon nao é para aqui era pelo outro lado a menos que saiba outro caminho...

A mulher olhou-me nos olhos e sorriu.

- Pensei que quisesses ir a minha casa. Estás um bocado molhada e assim secávas-te lá.

- ah muito obrigada, mas acho melhor não. Já tenho pessoas á minha espera e estão super preocupadas!

- Então mas se esperaram até agora, também podem esperar mais um bocado.

- hmm pois n...- eu ia responder mas reparei num promenor.

"-Ela tem uma arma á cintura!"

Começei a entrar eem pânico mas achei melhor não responder. Não lhe olhei nos olhos o resto da viagem ou sei lá para onde ela nos levava.

- Então estás muito calada... o que ias dizer á bocado? Nao acabaste a frase...- perguntou.

- Pois.. nao tinha importância..- disse a gaguejar

Ela não se importou muito por isso foi um alivio. Eu tinha que sair dali o mais rápido possivel! Mas neste momento estava completamente incurralada pois reparei que as portas do carro estavam todas trancadas.

" - omd! E agora o que vou fazer? Esta mulher é louca!"-pensei.

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