cap.36

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A minha respiração tinha aumentado nos últimos minutos. Sentia que ia desmaiar, apesar de tentar manter-me forte ao máximo.

Não sabia o que ia acontecer, não sabia se saía dali com vida, eu só queria ver o Ron outra vez.

Começaram a vir-me pensamentos à cabeça de tudo.

A maneira como Ron me olhou naquele dia em que nos conhecemos, aqueles fantásticos olhos cor de mel. As nossas guerras de comida, as risadas, os abraços, todas aquelas alcunhas, e o melhor de tudo a maneira como os seus lábios encaixavam perfeitamente nos meus como uma chave encaixa na sua fechadura.

Senti os meus olhos a fecharem-se muito devagar apesar da vontade que tinha de os manter abertos.

No momento em que isso acontecia ouvi algo. Parecia um motor, um carro a chegar. Era Ron, tenho a certeza.

Estava a poucos metros da porta. Ela estava trancada.

Ouvi um estrondo tão grande que a porta caiu no chão.

Ao ver Ron a minha boca deixou cair um suspiro, e eu agora sabia estava a salvo. Quer dizer quase...

Todos os barulhos que estavam à minha volta pareciam desaparecer vagarosamente assim como as imagens nos meus olhos, deixei de sentir, de ouvir , de cheirar, de ver, por entre momentos que se passavam em camara lenta, estava na escuridão.

Perdi os sentidos.

RON'S POV

Quando era pequeno costumava ficar aborrecido quando não me deixavam ver os meus desenhos animados favoritos e pensava que me tinham roubado a felicidade quando me obrigavam a comer todos os legumes.
Uma vez John Lennon disse:

"Qundo eu tinha 5 anos a minha mãe dizia-me que a felicidade era a chave da vida.
Quando fui para a escola perguntaram-me o que queria ser quando fosse grande. Eu respondi feliz. Eles disseram que eu não tinha percebido a pergunta, e eu disse-lhes que eles não entendiam a vida. "

E foi isso mesmo que aconteceu. Toda a minha vida andei à procura da felicidade, e finalmente encontrei-a! A minha felicidade era a Sam. E era triste o facto de só ter lercebido isso agora.

Cheguei finalmente à porta que estava já no chão.
Olhei em frente e reparei que a Sam estava noo chão.
Esqueci tudo à minha volta e corri na sua direção.

Ela estava no chão e não estava acordada. Entrei de imediato em pânico. Conti as lágrimas que se apressavam a correr e tudo o que pensei foi agarrá-la.

Agarrei-a com tanta força, que esqueci tudo o que se estava a passar. Se lhe acontecesse alguma coisa eu nunca me iria perdoar!

De repente, acordei para a realidade e ouvi não uma voz mas muitas ao mesmo tempo, só que não eram suaves eram gritos, gritos como eu nunca tinha ouvido antes.

- TEMOS QUE SAIR JÁ DAQUI! - foi tudo o que consegui perceber.

Olhei em meio redor e encontrava-se vazio.

Porra!! A BOMBA!

Peguei na Sam ao colo e corri como nunca tinha corrido antes.
Pergunto-me se a sorte não podia estar sempre estar do meu lad como costuma estar mas acho que pedir por mais naquele momento era desespero.

Saímos mesmo a tempo.

Quando olho, estam praticamente todos à minha volta. Sam ainda está nos meus braços e ainda está desmaiada. Apresso-me rapidamente a levá-la para a ambulância que tinha acabadode chegar.

Quando chego lá dentro, não quero saber de mais nada, deito o seu corpo frágil na maca e agarro na sua mão.

Os paramédicos fazem os cuidadoa necessários tal como pôr a máscara de oxigénio, para a ajudar a respirar e examinam-na com cuidado.

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