cap. 34

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O meu coração estava demasiado acelarado para o ritmo normal.

Começei a andar em direção à mulher que devia estar a uns bons 80 metros de mim, quando senti uma mão fria a agarrar-me no braço.

- Vais ter tempo para fazer isso mais tarde.

Olhei para ele. No entanto o meu olhar já não era o mesmo. Todo o brilho que costumava ter tinha desaparecido.

Os meus olhos estavam carregados de raiva.

Era uma bomba, e queria expoldir! Expoldir neste preciso momento.

O inspetor pediu-me a mim e à Alex para o seguirmos. Não sabia onde me encontrava, mas ultimamente era sempre o mesmo sentia-me perdido.

Passámos por salas espelhadas, daquelas series policiais que ás vezes vejo quando não tenho nada de mais interessante para fazer.

Aquele corredor escuro parecia não ter fim,só queria saber o que estava ali a fazer.

Matutei vezes e vezes sem conta o meu cerebro à procura de respostas. À procura do facto de estar ali e não à procura da minha namorada!

Finalmente chegámos a uma porta de vidro mais ou menos desvanecido.

O inspetor entrou e apontou para duas cadeiras que lá estavam em frente e fez-nos sinal para nos sentarmos.

Ficámos calados durante alguns segundos a observármo-nos uns aos outros

Provavelmente entre esses segundos eles olharam para mim, para o meu rosto triste, para todos os sentimentos de raiva que devia estar a transpirar. Mas eu sinceramente não me importei, não me queria preocupar com mais nada a não ser com a Sam.

O homem que se encontrava à nossa frente respirou fundo e começou a falar:

- Não sei se sabem porque estão aqui... mas eu digo-vos.
Eu chamei-vos aqui hoje pois preciso da vossa ajuda para encontrar a Sam.

- Pode desenvolver?!... disse com a minha voz meio tremida.

Ele assentiu.

- Aquela mulher que vocês viram à bocado é Elsa. Nós achamos que ela sabe alguma coisa sobre a Sam, só que ela não lhe conseguimos tirar nenhuma informação. Precisamos que nos ajudem.

-Ah! Não se preocupe que ela vai falar!- disse com a minha voz cheia de confiança.

O inspetor fez um pequeno sorriso e antes de continuar a falar ,eu levantei-me mais decidido que nunca e saí porta fora.

Não olhei para trás uma única vez, até ser obrigado.
Quando já ia a meio do escuro corredor, reparei que não fazia a minima ideia onde é que o meu alvo se encontrava.
Sentia-me um pouco embarassado por me ter adiantado, mas queria tanto vingar-me!
A culpa é minha! É toda minha tenho noção disso.

O sangue corria cada vez com mais raiva nas minhas veias. Sentia-me quente e com algum calor.

Virei-me para voltar para a sala mas qual não foi o meu espanto ao ver o inspetor e a Alex atrás de mim. Devo dizer que foi um alivio apesar de me sentir sob muita pressão, pois sabia que o que se ia passar não ia ser nada bom.

O inspetor passou à minha frente e guiou-nos ate à sala.

Era agora.

Chegámos à sala e uma porta pesada abriu-se fazendo um barulho esquesito.

A mulher que eu esperava estava sentada numa cadeira provavelmente à espera de ser presa. Era o que ela merecia!

Andei em direção ao outro lado da mesa de forma a que ela me conseguisse olhar nos olhos.

- Muito bem vamos lá começar, eu sei que sabe onde está a minha namorada, por isso COMEÇE A FALAR! -digo sentando-me na única cadeira à frente da mulher.

Ela não parecia estar com medo de mim, pois bem... Eu também não tinha medo nenhum dela!

Fiquei à espera que ela falasse por uns segundos, mas ninguém abriu a boca.

A minha raiva já estava pelos cabelos tenho que admitir. Tinha qie fazer alguma coisa não me perdoaria se lhe acontecesse algo.

Sabem aqueles momentos que o que sentem por dentro explode?

Levantei-me, mas desta vez com tanta força que a cadeira não se aguentou em pé.

- VOCÊ VAI DIZER-ME ONDE ELA ESTÁ! A BEM OU A MAL, MAS VAI FALAR!!

Sei que o objetivo era manter-me longe dela e faze-la falar , mas quando dei por mim já estava encostado a um canto da sala a ser repreendido por um guardo por ter posto as mãos naquela mulher.

Não me consegui conter.

Olhei para a mulher que estava agora cvom um sorriso sinistro na cara, e finalmente abriu a boca:

- Tic Tac. O tempo está a contar.

Deparo-me a correr para junto da mesa, com os olhos molhados.

- O que quer dizer com isso??- gritei com a voz tremula.

- Oh... Não sei... Ia ser bastante mau se um certo sitio expoldisse apagando todas as provas...

- Não... Isso não...

Caí no chão e as lágrimas cairam comigo assim como as da Alex.

Levaram a mulher dali e eu permaneci no mesmo sitio.

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