cap.44

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Assim que dei por mim estava fechada dentro de um autocarro a caminho de casa do meu tio.

Não percebi bem o porquê da minha mãe não me ter ido levar de carro mas, ultimamente nunca entendo nada do que se passa com as pessoas.

Peguei no meu telemóvel e coloquei uma música a dar. Ao meu lado estava um homem de barbas brancas com um aspeto mesmo estranho e um objeto que os meus olhos não conseguiram identificar de imediato. Parecia uma gaiola, ou uma jaula...

Okay Sam o que estás prai a dizer é uma parvoice.

Este país está cada vez mais estranho.

Senti uma pancada forte no meu braço.

Juro que se for o homem...

- Segure aqui que eu vou à casa de banho.

Antes de ter sequer tempo para abrir a boca e recusar o seu pedido de segurar na galinha, ele levantou-se e foi se embora.

Lá estava eu com uma galinha na mão com a sensação de que todas as pessoas que estavam dentro daquele veiculo me olhavam estranhamente. A galinha não parava quieta, e o seu barulho começava a irritar-me bastante.
Não havia sinal do homem e parece que tinhamos parado numa estação de serviço.

O que vou fazer agora com este bicho?

Todos sairam para comprar comida e para esticar as pernas e  eu não o tinha forma de fazer.

- Hey! A sua galinha...

O homem saiu do autocarro com a maior lata do mundo sem dizer nada acerca da galinha. Estava mesmo admirada de como esta gente trata os seus animais.

Deixei a gaiola no seu lugar e resolvi mudar eu de lugar para não ter que levar com aquele homem de novo.

Porque é que nunca mais chegamos!!?

Mandei uma mensagem à minha prima quando avistei uma placa com o nome da vila. Ate eu estava com o coração nas mãos. Já não os via há tanto tempo que nem fazia ideia se os ia reconhecer. Ás vezes parece que nos faz bem rcordar os ares de antigamente, é como uma brisa de ar fresco na nossa vida. Tenho saudades do Ron ou pelo menos do que pensava que ele era. Aliás eu já nem sei o que fazer e pensar se o pai me anda a enganar, das duas uma :
Ou ele não sabe de nada e está no mesmo barco que eu, ou entao ele sabe o que o pai anda a fazer e ando eu a fazer figura de parva ( espero que seja a primeira).

Os meus olhos tiravam fotografias momentaneas enquanto passavamos por sitios já conhecidos.

Nunca pensei voltar aqui...

O autocarro parou. E eu fui uma das primeiras a levantar-me  e a preparar-me para ir buscar a minha mala.

Avistei o meu tio lá fora. Ele estava igual isso não havia dúvidas. Dirigi-me a ele assim que tinha a minha mala nas mãos.

-Tioo!!

-Sam?!

- Yap! Sou eu!- Disse com um sorriso na cara.

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