secret ♥

cap.43

SAM'S POV

Assim que a porta se abriu não esperava de todo ver aquele ser humano à minha frente.

O meu coração batia quase fora do peito e a minha vontade de ir embora era mais que muita.

Não pode ser- pensei.

-Olá sou o pai do Ron.- disse.

Não respondi, e por alguma razao não conseguia tirar os olhos dele. A minha boca estava imovel e devia estar mais branca que um fantasma.

Este é o namorado da minha mãe! Como é que ele é o pai do Ron??

A minha mente estava a alucinar por mais que eu tentasse esquecer que tinha que ser ele , o meu subconsciente dizia-me que tudo o que eu tinha vivido era uma mentira.
Procurei no homem de fato à minha frente sinais que pudessem evidenciar o seu nervosismo, mas ele estava tão calmo!

Senti pancadas ao de leve no meu braço. Devo ter estado ausente durante alguns segundos.

- Sam está tudo bem?- perguntou o Ron.

- Hmm sim.- menti.

- Sabes que mais tenho que me ir embora já está a ficar tarde, e a minha mãe pode ficar preocupada.

- Oh tenho a certeza que ela não se vai importar que jantes connosco. - disse o pai dele com um ar bastante cinico. Ele podia ser o homem mais calmo à face da terra mas a mim é que não me engana.

- Não a sério é melhor não.- Tentei não parecer mal - educada com o convite, mas era quase impossivel não o ser.

Peguei nas minhas coisas e olhei para Ron.

- Depois falamos.

- Okay. -respondeu. E fui-me embora.

Sempre que penso que as coisas não podem piorar acontece isto!
Não sei mesmo o que pensar. Se o pai do meu namorado é um vigarista e anda a ameaçar-me a mim com navalhas e depois finge-se todo queridinho com a minha mãe.. o que é que se andará a passar?

Afinal em quem é que posso confiar? Todos me trairam. Só há uma pessoa... Alex.

Quem sabe o que ela andará a tramar a esta altura do campeonato não é?

Fui para casa. Assim que entrei a minha mã estava sentada no sofá com o computador em cima. Tentei não parecer no minimo estranha. Sinceramente já chega de dramas tenho que tirar umas férias disto tudo eu já não aguento mais!

- O que estás a fazer?- perguntei olhando para o sorrisinho que se formava na cara da minha mãe.

- Estava aqui a ver umas fotos.

- Está tudo bem querida?

Parece que ultimamente é o que toda a gente me pergunta.

-Sim... Porque perguntas?

- Não sei. Estás com um ar pensativo.

Secalhar é porque a minha vida está uma confusão.

-Olha já que estamos aqui as duas gostava de te propor uma coisa...

- Sim, diz...

- Noutro diz estava a falar com o teu tio Dan e ele disse-me que já não te via há uma eternidade. Acho que te fazia bem ires ter com ele.

- O quê? Porquê?

Realmente não era assim tão má ideia.

- Eu conheco-te querida. E sei muito bem que o que te faria bem neste momento era saires daqui e ires respirar outros ares. Tas de férias! Tens que aproveitar e às vezes o melhor é fazer uma pausa em tudo.

- Não sei, mãe...

- Não estou a dizer para fugires aos teus problemas, estou a dizer para os esqueceres durante pelo menos duas semanas...

- Okay pronto! Convenceste-me.

- Boa! Vou já telefonar ao teu tio para saber quando podes ir.

- Combinado. Depois avisa-me que é para eu ter tempo de fazer a mala.

Assim que disse isto subi as escadas e fui para o meu quarto. Enquanto caminhava deparei-me com o que tinha acontecido à uns segundos atrás. Talvez é isto que me faça bem, não fugir mas afastar-me de tudo e de todos por alguns dias.

O tio Dan é o irmão mais velho da minha mãe. Ela confia nele para tudo e é bastante simpatico e compreensivo. Vive numa aldeia onde não há muita gente e a sua casa é uma mansão em frente à praia.

Costumava lá ir muito quando  era pequenina e sei que o meu tio é um belo contador de histórias.

A minha prima é da minha idade e desde pequenas que adoramos estar juntas. Tenho saudades das porcarias que faziamos juntas, uma vez fomos andar de cavalo para uma mata que havia ali perto e eu acabei a ser atirada à agua, nunca mais me esqueço apanhei uma constipação de semanas! Jurei para nunca mais. Mas agora que penso na situação tenho que admitir que até tem piada.

- Estavas a falar com algum amigo imaginário?- a minha mente é interrompida.

- Alex!

Ela andou até mim e sentou-se na minha cama.

- Então estavas a pensar em quê?

- Não sei, em disparates provavelmente.

- Então novidades? - Perguntei.

- Já sei que queres saber sobre o meu "encontro".

-Claro! Conta-me tudo.

- Bem, não há muito a dizer. O Jacob foi-me buscar a casa e fomos dar uma volta e comer um gelado. Ele quis-me fazer uma surpresa , e escolher-me o sabor mas acontece que ele não sabe que eu detesto ananás e acabou por mo comprar.

- Ai Alex! Coitado! Aceitaste na mesma o gelado certo?

- Eu? Mas é claro que não! Agora ele já sabe que não me pode comprar nada com essa fruta.- Disse ela a rir-se.

Esta miúda não muda nem por nada.

-Então e não aconteceu mais nada? Foi só isso?

- Ah! Ele beijou-me.

Aquele momento que és apanhada desprevinida.

- Ele o quê??

- Ele beijou-mee... queres que repita?

- Não! Eu ouvi.Então mas... isso qur dizer que vocês andam ou assim?

- Não! Não vamos levar isso tão longe! Ele é um amigo e gosto muito dele, mas não sei se alguma vez as coisas iriam resultar. Sei lá! É tudo tão monotono. Tipo o Gus. Ele apareceu na minha vida assim de repente , e num fechar de olhos começamos a namorar e claro que aquilo não resultou, eu olho para o Jacob e vejo mais ou menos o mesmo, as coisas estão a andar demasiado rápido.

- Eu percebo. So te peço para não o magoares.

- Claro que não! Isso não iria acontecer mesmo que eu quisesse.

- Eu sei.