secret ♥

cap. 48

Existem momentos da nossa vida em que nos vemos completamente desorientados sem fazer a minima ideia do que fazer, essa era eu neste momento
- Ron?? O que é que estas aqui a fazer?

Estava bastante feliz por ve-lo, na verdade, acho que me embebedei a serio pela primeira vez ontem, mesmo por causa dele. É isso, eu não consigo aguentar muito tempo sem estar com ele, sem sentir o seu cheio e sem tocar nos seus lábios.

-Não estás feliz por me ver?- ele perguntou.

- O quê? Claro! Claro, que estou feliz por te ver!

Nem me passou pela cabeça que as lágrimas começassem a aparecer de um momento para o outro, mas foi isso que aconteceu e quando deeii por mim estava nos braços dele a lamentar-me.

- Desculpa, desculpa , desculpa pelo que aconteceu! Eu não queria...

- Hey! - ele interrompeu-me.

- Esquece isso okay? O que importa agora é que estou aqui contigo, e estava a morrer de saudades!

- É eu também.

Os nossos lábios juntaram-se como duas peças de um puzzle, e eu sentia-me tão bem que não há sequer palavras para descrever a situaçao. Depois de tudo só queria mesmo é estar outra vez nos seus braços.

Ele fazia-me bem! God! Tão bem, como é que podiamos gostar tanto de alguem que até doi?

Ele olhou-me de baixo acima e fez um sorriso médio, o que me fez sorrir também.

- Então posso saber onde é que ias?

- Bem ia dar uma corridinha pela praia.

Ele olhou para mim por uns segundos e olhou outra vez para a roupa que tinha vestida. Eu sei! Não parecia lá muito de corrida, mas eu também não sou muito de fazer desporto, acho que o unico desporto que gosto de fazer é levantar o meu rabo da cama e sentá-lo no sofá da sala, e olhem que para já não é nada facil, e alem disso tinha um biquini vestido por baixo, nunca se sabe quando vamos ter vontade de dar um mergulho.

O Ron começou-se a rir, literalmente ele estava a rebolar no chão a rir, e eu..  não podia ceder. Aquele sorriso que ele fazia, colocava o meu coração a bater mais depressa.

- Oh! A sério não me mintas Lontra.- ele não conseguia parar de rir, e um esboço do meu sorriso acabou por aparecer também.

- Eu não estou a mentir Lontro!

Okay, acho que acabei de inventar uma palavra, talvez uma das mais estupidas de sempre! Okay!  A mais estupidas, sei que ele vai reparar.

O Ron ria-se ainda mais e não faço a minima ideia como é que ele ainda estava vivo.

- Sabes que já morreram pessoas a rir, certo?

- Sabes que "Lontro" nem sequer existe, certo?

-Okay, mas depois não digas que não te avisei.

Acabamos os dois a rir.

- Obrigada por estares aqui comigo.

- De nada bebe.

- Não me chames isso!

- O quê?? "Bebe" ? Porque?

- Porque é horrivel e eu não gosto!

- Okay. Entao eu definitivamente que te vou passar a chamar isso!
-Ele ria-se ainda mais.

- Eu odeio-te!

- Tu adoras-me!

- Querias...

Deixei que ele colocasse as malas na entrada, mas num sitio acessivel de modo a que as pessoas conseguissem passar. Acho que ninguem se vai importar que ele passe aqui alguns dias, pois não?? Acho que não.

Acho que correr não é para mim, por isso acabamos por ir nadar, sempre foi mais divertido. Já eram quase tres da tarde e eu lembrei-me que ainda nao tinha almoçado, estava previsto eu ir lá a casa comer alguma coisa só que acho que a esta hora o unico que me vai dar comida é mesmo o caixote do lixo. Olhei ao longe e vi um daqueles bares da praia ao fundo. Era uma cabana de madeira, e parecia ter bom aspeto!

- Ron? Tenho fome.

- Estás a fazer beicinho?

- Não...

Na verdade estava, quando me aparecia a fome eu era só a pessoa mais chata e rabujenta à face da terra! O bar estava muito longe e eu estava cansada da "pseudo corrida".

- O que é que queres diz lá?

- Bem há ali aquele bar à frente.. e....

E aqui vai o meu olhar de cachorrinho perdido.

- Odeio quando me fazes essa cara.

E agora o beicinho. Se ele não ceder vamos passar à birra! Ai podes querer que vamos!

- Pronto okay anda lá eu pago-te!

- É por isso que eu te adoro!

Dei-lhe um beijo perfundo como forma de agradecimento e ele pareceu esquecer tudo o resto. Adorava ter este efeito sobre ele.

Saltei para as suas cavalitas e fomos andando até à pequena cabana que exestia no meio da praia. Aparentemente, aquilo não era um restaurante nem de longe, nem de perto era apenas um café de uns moradores velhinhos que deviam morar ali na zona e quando eram mais novos tiveram o sonho de abrir uma coisa só deles. Um dia também quero estar assim com o Ron, até sermos velhinhos e estarmos pegados à lareira eu a fazer crochet e ele a ler o Jornal, já de há dois dias atrás mas com a conviccao de uma alma jovem.

Sentámo-nos numa das mesas que estavam  livres. Só havia duas ou três, por isso não foi muito dificil escolher.

As ementas eram umas folhas plastificadas em forma triangular. Havia algumas coisas para escolha e eu decidi comer uma tosta mista com um leite com chocolate frio.
Gosto da junção do frio com o quente.

- Isto aqui é agradável.- Disse o Ron a olhar para as fotos que estavam colocadas na parede. Pareciam ser já antigas e com muito valor, a que mais me chamou à atenção foi da ultima do canto. Os dois senhores já de idade, donos do restaurante estavam a dançar, mas a fotografia tinha uma coisa bastante especial, só conseguiamos ver uma sombra do casal refletida no pôr do sol.

Acenei  com a cabeça, a concordar.

- Achas que a tua prima me vai deixar ficar em sua casa?

- Claro! Ela pode ser muito chata, e um pouco maluca de vez em quando, mas o que toca a festas e a umas boas dormidas ela está sempre pronta!

- Ansioso para a conhecer!- ele fez uma cara de sarcasmo e eu dei-lhe um beijo.

As saudades afetaram-me.