cap.66

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Estava agora sentada no sofá. A Alex estava-me a fazer algo para eu comer, apesar de ter dito que não tinha fome.

A televisão estava ligada, mas os meus olhos só conseguiam estar vidrados na parede. Tudo parecia tão escuro. Tudo parecia tão sombrio.

- Fiz-te umas tostas mistas para comeres. - Ela falou enquanto vinha na minha direção com um tabuleiro na mão.

- Já te disse que não tenho fome.

- Miga.. vais ter que comer... o que é que já comeste hoje?

Sinceramente não sabia se já tinha comido sequer hoje . Acho que bebi um café de manhã. A verdade é que o meu corpo não estava nem prai virado e que não estava a ver uma forma da minha fome voltar.

O comando estava na minha mão, e não conseguia parar de passar os canais, era como se estivesse em modo automático.

A campainha tocou. A Alex poisou o tabuleiro com as minhas tostas que eu magicamente iria "comer".

Assim que ela abriu a porta eu sabia que era o Ron. Não sabia como haveria de lhe contar sobre a carta. Ele vei  ter comigo e baixou-se ao meu nivel à minha frente.

- Então miúda? O que se passa? Estás bem?

- Nem por isso.- disse, antes de verter outra lágrima, que rapidamente limpei do meu rosto.

- Fiz-lhe esta tosta mista, mas ela não quer comer. - A Alex disse.

- Tens que comer amor...

- Eu... não tenho fome.- Respondi.

Não sabia como começar mas tinha que lhe mostrar a carta rapidamente e saber a versão da história dele, porque a minha cabeça estava prestes a expoldir com tanta informação para processar em tão curto espaço de tempo.

- Alex? Fazes-me um favor?- Pedi.

- Sim, claro! Diz.

- Vais lá cima ao meu quarto e vais buscar o papel que lá está em cima da minha cama?

Ela olhou para mim, literalmente desconfiada.

- Okay.- Ela subiu e rapidamente me entregou a carta em mão.

O Ron olhou para mim.

- O que é isso?- ele perguntou.

- Isto... é o que vai decidir o meu futuro.-Respondi.

- Continuo sem perceber, desculpa. - Ele disse.

- Também eu. - A Alex concordou.

- A minha mãe escreveu esta carta, antes  de... antes de morrer. - Clarifiquei a voz.

Eles arregalaram os dois os olhos, e eu decidi continuar.

- Ela disse-me umas verdades que eu não fazia a minima ideia sobrea a minha vida, que hoje, fazem todo o sentido. Ron? Preciso que leias isto, e me contes o teu ponto de vista.

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