Meu Porto Seguro // Elijah Mikaelson & (S/n) (2ª Temporada)

Capítulo 51

Pov (S/n):

No dia seguinte acordei cedo e Elijah estava adormecido ao meu lado. O observei, parecia mais sereno do que ontem a noite, a dor estampada em seu rosto apertou meu coração, não nego isso. Mas não posso ser uma mulher que finge que não vê o jeito que ele age as vezes. Me levantei sem fazer barulho e usei o banheiro fora do quarto, fiz minhas necessidades e depois fui comer algo e tomar um pouco de sangue já que me sentia um pouco cansada. Quando terminei o café, escovei meus dentes e fui para o quarto de Angel, observando todos os móveis. Um refúgio no meio de toda essa bagunça, me sentei no sofazinho que tinha no canto ainda observando todos os cantos do quarto.

- Acho que estou ansiosa demais pela sua chegada!.-Sussurrei acariciando minha barriga.- E eu juro que nunca deixarei nada de mal acontecer a você minha pequena! Será difícil algo acontecer com você com a família que tem!.-Sorri.- Mas ainda assim eu prometo á mim mesmo que nada vai tocar em você.

Um arrepio correu em meu corpo fazendo-me tirar meu foco da minha barriga e encarar a porta. Diante á mim estava Elijah, agora eu poderia vê-lo por inteiro. Vestia apenas uma bermuda folgada para dormir e dispensava uma blusa. Deixando visível todos os seus músculos e abdômen, acho que seria complicado não perdoa-lo, mas eu não poderia pensar com os hormônios bagunçados desse jeito.
Ele deu pequenos passos em minha direção me fazendo pragueijar em silêncio, quando ele chegou próximo a mim.

- Posso?.-Ele perguntou olhando para minha barriga.

Tirei minha mão de onde estava, respondendo sua pergunta. Ele se ajoelhou e em seguida levou sua mão em minha barriga. Apenas um toque depois de tudo. Suspirei tentando não fechar os meus olhos que não me obedeceram. Não era só eu a fã de seu toque, Angel chutou nos fazendo sorrir.

- Oi pra você também vampirinha!.-Sua voz fez as borboletas dentro de mim voarem.- Eu e sua mãe estamos ansiosos pela sua chegada!.-Ele sorriu.

Ela chutou novamente fazendo agora a atenção de Elijah focar em meus olhos. Meu coração parecia que explodiria e as palavras sumiram do meu vocabulário. A tensão entre nós cresceria se eu não houvesse quebrado a troca de olhares. A (S/n) apaixonada, se derreteu ao ver os olhos dele brilhando, a pupila se expandindo e o seu amor presente ali.
E enquanto eu a (s/n) quebrada, estava lutando comigo mesma para fingir que não o amava mais, enquanto na verdade eu faria qualquer coisa por ele. Precisava lidar com aquela bagunça de sentimentos para parar de sentir essa aflição em meu peito.
O celular dele tocou e eu agradeço a Deus por nos interromper, ele se levantou e saiu do quarto me deixando respirar aliviada. Me levantei e fui até o pequeno guarda-roupa que tinha ali no quarto, queria me distrair de estar na mesma casa com o Homem que mexia tanto comigo. Abri uma das gavetas e, me surpreendi aí ver que tinha várias roupinhas dobradas ali, sorri ao tirar uma e desdobrar na altura dos meus olhos. Vampirinha do papai. A frase estampada na blusa fez meu sorriso se intensificar mais.

-Niklaus!.-A voz de Elijah veio da porta.

Mas fui forte o bastante para ignora-lo e continuar o que estava fazendo, dobrei e guardei a roupinha e peguei outra. Eu amo minha mamãe. Sorrindo, reparei que minha ansiedade para ver o rostinho da minha filha estava a mil.

- Okay!.-Elijah finalizou a chamada.- Eu já preparei tudo, até a bolsa para quando precisarmos ir para o hospital!

Demorei um pouco para olhar pra ele, guardei a roupinha que ainda estava em minha mão, fechei a gaveta e então olhei pra ele. Ontem a noite antes de dormir, pensei sobre nós. Não era tão saudável a intensidade que eu precisava dele, mas meu amor por ele nunca me deixou enxergar isso. E reconheci que antes dele eu tinha uma vida e que se não dermos certo nosso amor sempre seria lembrado, os amores são para sempre, mesmo que não.
Os momentos que vivemos, as lembranças sempre fariam parte de mim se eu decidisse ir embora. Teria que aceitar o fato de que não poderia mais depois do fim chamá-lo de meu. Estava decidida ir embora se preciso, mesmo não sabendo o que vem depois do fim teria que me reerguer, não só por mim mas, pela minha filha. Não moraria na Suiça pela distância, não o proibiria de Elijah ver sua filha e sabia que eu nunca pararia de ama-lo e por isso, eu iria partir.