— Você é bem decidida né?!.–Ele disse assim que entramos no quarto.— O que posso dizer?.–Perguntei.– Eu quero, eu consigo!.–Sorri.
Ele fechou a porta e se aproximou de mim. Que merda, aquilo tudo estava difícil pra mim depois de tudo que Kai disse, Callum colocou em meu dedo uma aliança de ouro, jogando a aliança que Elijah me deu em algum lugar do saguão, como estou tentando entrar no jogo dele tive que lutar comigo mesmo para não olhar as alianças já no chão. Eu o beijei, mas para tudo ficar mais fácil eu imaginei o Elijah, lembrei do quanto era bom os beijos e os toques dele, do quanto as coisas eram melhores com ele do que com Callum. Ele interrompeu o beijo olhando nos meus olhos, sorri pra ele e em seguida me virei de costas e tirei o cabelo do zíper. Demorei um pouco para sentir o toque de Callum no vestido e quando senti fiquei aliviada por ele não perceber minha atuação. Quando o vestido já estava ao chão e eu vestindo apenas a minha lingerie e o salto fiquei frente a frente com Callum que me comia com os olhos, sorri por saber que depois de hoje ele estaria morto. Tirei seu blazer preto e depois a blusa social branca e depois tirei sua calça o deixando apenas de cueca, olhei o seu corpo todo, ele parecia fazer algum exercício nos dias livres seu abdômen era definido, as coxas eram definidas e atrás da cueca o volume era visível. Não foi de encher os meus olhos, minha atração não era por ele, mordi meu lábio inferior e o beijei novamente, quando me afastei, peguei a gravata que ainda estava em seu pescoço e o puxei até a cama.
— Acho que ganhei na loteria!.–Sua respiração estava ofegante.
Pelo visto ele era o tipo de homem que não tinha auto-controle. Sorri e o empurrei na cama ficando por cima dele.
— Acho que eu também!.–Falei passando um dedo em seu peitoral definido.
O beijei novamente e comecei a rebolar encima de seu membro com os olhos fechados, Elijah não saia da minha cabeça. Callum chamou minha atenção com um gemido, olhei pra ele e sorri, como ele não tinha auto-controle seria fácil dele não reagir de primeira. Voltei minha atenção no que eu iria fazer, desfiz o no de sua gravata olhando em seus olhos.
Ele em seguida mordeu um dos pulsos e colocou na minha boca, não tive escolha em não engulir seu sangue.— Agora tenho a certeza de querer você pra sempre.–Ele disse.– Essa noite eu vou te transformar! Você será uma nova mulher.–Ele disse sorrindo.– A minha mulher!
Sorri para ele e o beijei. Isso fica pior a cada hora, com a gravata amarrei seus dois braços e depois amarrei na cabeceira da cama o prendendo.
— Vai com calma floquinho! Eu sou todo seu!.–Ele disse com a respiração um pouco mais ofegante.
— Só para garantir! Gosto de ficar no controle também!.–Falei em um tom malicioso.
Ele sorriu, acaricie seu membro com uma das minhas mãos, fazendo ele fechar os olhos novamente ao sentir meu toque, eu respirei fundo tentando me acalmar.
Tive que agir rápido então, enfiei uma das minhas mãos em seu peito segurando o seu coração. Seus olhos se abriram rapidamente arregalados, sua respiração ficou mais tensa e a minha feição. O ódio estava presente.— Você é bem tolo.–Falei.– Nunca chegará aos pés do meu marido, você é o monstro como achou que eu iria amar você?.–Perguntei olhando fixamente.
Ele tentava se soltar mas primeiras tentativas foram falhas, mas isso não era a prova de que ele não conseguiria sair, ele era forte então eu tinha que ser rápida.
— Ninguém machuca a minha família e vive!.–Falei arrancando seu coração.
Eu estava apavorada, nunca matei alguém sem Elijah ao meu lado. Não sabia o que fazer, a vontade de chorar me atingiu, eu matei alguém, sei que ele era o vilão mas ainda sim era alguém, com Elijah isso tudo parecia fácil, mas sem ele a culpa era demais. Olhei para as minhas mãos e uma delas estava cheia de sangue, olhei para Callum morto e em seguida para as minhas mãos que estavam tremendo. Sai de cima de Callum e fui para o banheiro, meu reflexo no espelho mostrava que o monstro era eu, havia pingos de sangue em meu rosto o que me deixou mais nervosa, abri a torneira e lavei minhas mãos desajeitadamente, o que me fez sujar toda a pia do banheiro. Esfreguei minhas mãos e o vermelho do sangue ainda estava em minhas mãos, respirei fundo para tentar me acalmar e continuei esfregando minhas mãos trêmulas até me livrar do sangue em minhas mãos. Em seguida, joguei a água gelada em meu rosto implorando para eu acordar desse pesadelo, mas era real. Tudo isso era real, o homem morto a alguns passos de mim era real, o sangue em minhas mãos era real, mais uma vez joguei a água em meu rosto esfregando em seguida. Precisava lidar com a culpa antes de Kai chegar.
Tentei não pensar muito, sequei meu rosto e voltei para o quarto ignorando a cama, não estava com cabeça para procurar minhas roupas então coloquei o vestido de novo. Tirei o salto e descalça mesmo fui até o freezer de sangue dos Mikaelsons, estava disposta a encontrar os caixões mesmo com a culpa me seguindo. Ao total foram seis bolsas de sangue, correndo fui até onde procurei hoje de manhã, no porão. Procurei em todas salas que encontrei lá embaixo e não achei, passei por cinco salas e nada, já pensando em desistir entro não sexta e acho os três caixões. Soltei o ar com força, aliviada por saber que não estaria sozinha. Abri o primeiro caixão e a imagem de Rebekah apareceu, retirei a adaga fazendo toda as veias de seu rosto desaparecer, passei para o segundo caixão e era o de Klaus, retirei a adaga e depois Kol.Estava todos agora em suas segundas bolsas de sangue. Eu não consegui dizer nada, estava tentando lidar com tudo o que aconteceu.
— Então você se casou a segunda vez?.–Rebekah perguntou.– Só eu que sou azarenta?
— É só pedir Marcel em casamento de novo minha irmã!.–Kol disse.
Klaus me olhava atenciosamente.
— E como está Elijah?.–Ele disse as primeiras palavras.
— Na mesma.–Respondi.– De dia parece que ele volta e a noite ele se transforma no Elijah sem humanidade.
Os três se surpreenderam, parecia que a notícia era bom.
— Isso é ótimo!.–Rebekah disse.
— Significa que tem chances dele ser salvo! Agora, se me derem licença eu preciso acertar as coisas com Callum.–Klaus disse.
Ele saiu de seu caixão e com velocidade vampira saiu do porão. Kol se levantou de seu caixão e foi até Rebekah ajudando sua irmã a descer.
— Não sei como me apaixonei por aquele traste!.–Rebekah se referiu a Callum.
— Não escolhemos em quem vamos se apaixonar, irmã!.–Kol sorriu.– Se isso te conforta!
— Ah maninho, conforta até demais!.–A loira sorriu.
Em seguida saímos do porão, chegando no saguão Kai me esperava sentado em um dos sofás que tinha no saguão. Toda a bagunça do casamento fora tirada magicamente.
— Ora, ora. Parece que alguém matou meu amigo e se esqueceu de mim!.–Ele se levantou.
Se posicionou a alguns passos de mim. Olhou para kol e Rebekah que estavam atrás de mim e com um movimento de suas mãos ele quebrou o pescoço dos dois irmãos.
— Na verdade, você fez o trabalho sujo que eu não queria fazer! Ele não me daria o que eu queria no fim já que estava apaixonado por você!.–Ele sorriu.
A raiva que tinha tomado conta de mim por esses dias e tinha dado lugar a culpa a alguns segundos atrás, voltou. Além da culpa e da raiva, a exaustão tomou conta de mim, o desânimo, a desmotivação estava sentindo tudo a flor da pele agora.
— Você não acha que o amor deixa as pessoas tolas?.–Ele perguntou.– Você é uma humana, essa pergunta é irrelevante! Vamos ser direto, vou sequestrar você e você será a minha fonte de magia!.–Ele riu.– Você será o que Callum não deixaria você ser.
Em um piscar de olhos, Klaus estava ao meu lado encarando Kai.
— Ah por favor, depois de dormir alguns dias tenho que olhar para a cara dessa aberração?!.–Ele Ironizou.
— Não faça isso ficar difícil, suponho que você não queira acabar como seus irmãos!.–Kai sorriu.
E em questão de segundos já estava desmaiado ao chão. Na entrada, Stefan, Bonnie e Esther apareceram me fazendo respirar aliviada.
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Meu Porto Seguro // Elijah Mikaelson & (S/n) (2ª Temporada)
Fanfiction3 anos se passaram desda última vez, ele ainda era uma chama ardente e viva que me consumia. Eu não conseguia me afastar dele. E não queria. Ele era meu vício... meu desejo... ele era meu. Mas será que tudo continuaria sendo como era a três anos atr...