E depois de alguns segundos olhando para ele, vi algo em seus olhos. Culpa, ele não conseguia se controlar mas ele ainda era ele. Ele se aproximou dando um passo para frente, mas eu recuei dando um passo para trás, isso pareceu machuca-lo o que doeu em mim. Com sua calma intacta ele se aproximou novamente e dessa vez foi até perto demais, minha respiração saiu de seu ritmo, uma de suas mãos virou meu rosto para o lado esquerdo e ele observou a mordida, sem dizer nada. Quando olhei pra ele, percebi que ele lutava contra a cede ele não queria fazer aquilo de novo, mas parecia ser mais forte que ele e em um piscar de olhos ele saiu do quarto em velocidade vampira, me fazendo levar um pequeno susto. Tentei acalmar minha respiração, tentei esquecer do que aconteceu ontem, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Freya, perguntando se ela fazia ideia onde guardava os caixões de todo mundo.
Dei um tempo para ela responder, descendo ate a cozinha, a mesa do café estava exposta e Callum estava no saguão conversando com um grupo de vampiros, sua atenção veio pra mim e ele sorriu. Ele veio em minha direção e eu tentei parecer mais normal o possível depois do susto de Elijah.
Depois daquele momento, minha opinião havia mudado. Elijah estava em algum lugar naquela mente, mas não queria voltar agora para tentar me proteger e para tirar Callum da minha cola. O que não adiantou muito, mas Elijah aí da podia ser salvo, o nobre Elijah poderia voltar.— Achei que não iria descer!.–Callum disse dando-me um beijo no rosto.– Espero que já esteja melhor, Elijah tem uma força do caralho!
— Você..–Parei de falar.
Nunca imaginaria que deveria agradecer um inimigo por me salvar, mas estava grata por aí da estar viva.
— Não precisa agradecer, só fiz isso porque quero você do meu lado!.–Ele disse.– Quem sabe podemos nos casar um dia, não tem nada para nos interromper!.–Ele riu.
Elijah estava a alguns passos de distância de nós, minha atenção era toda dele. Hoje ele vestia um terno, mas não era o meu Elijah.
— Vou dar uma saidinha, para tentar fazer alguns lobos se juntar a nós, não quero minha futura esposa morta!.–Ele disse desviando sua atenção para elijah.– E você Elijah, toma conta dela se eu voltar e ela estiver machucada você será o último Mikaelson a entrar no caixão!
Ele deixou avisado para Elijah, sabia que ele estava consciente e sabia que a qualquer momento ele ficaria inconsciente pela sede e pela fome. Elijah não disse nada, mas ele tomaria conta de mim, o negócio era se ele conseguiria se segurar por um tempo.
Callum tentou me beijar mas eu virei a cara, ele me encarou como se estivesse se divertindo e logo em seguida saiu com seu grupinho de vampiros. Olhei para Elijah que me encarava e em seguida fui para a cozinha comer algo para reforçar o que comi no quarto, me sentei e me servi. Elijah tirou seu blazer sentou-se ao meu lado, o medo estava presente mas com um pouco menos de intensidade, servi-me meio copo de suco de laranja. Aquele silêncio que Elijah fizera desde ontem estava me matando, não sabia o que dizer para trazê-lo de volta, não sabia ao menos se Bonnie tivera uma resposta para trazer Esther de volta dos mortos. Olhei para Elijah que sustentou minha atenção, eu estava procurando alguma palavra para dizer à ele, mas não encontrava nada.
Levei minha mão até o copo de vidro e quando o segurei e levantei minha mão estava tremendo. Estava nervosa por toda aquela situação, o silêncio de Elijah foi mais uma ajudinha para eu ficar nervosa, trouxe o copo em minha direção, minhas mãos não paravam de tremer e por causa disso sem querer derrubei um pouco de suco no braço de Elijah. Respirei fundo.— Merda!.–Falei.– Desculpa! Eu não queria... Desculpa!
Ele ainda sem dizer nada pegou o paninho de seu terno e limpou a camisa branca na altura dos pulsos.
O silêncio dele estava acabando comigo, eu gostava do silêncio mas eu odiava o silêncio dele, precisava ouvir sua voz. Seus movimentos nobres que fazia ao limpar a blusas ficaram mais fortes e rápidos, ele estava focado em tirar a mancha
olhando pra ele assustada pela rapidez e a força de seus movimentos, eu tentei dizer algo, mas tudo o que saiu foi seu nome de meus lábios.
— Elijah!.–O chamei com um pouco de medo.
Fui ignorada, ele estava perdido em seus pensamentos, não me escutou quando o chamei pela segunda vez então tentei tocar no seu braço erguido, mas ele me impediu segurando em meu pulso.
Com os olhos sustentando os meus era claro que seus sentimentos não estavam presentes, seu toque não fora nada sútil, ele estava apertando meu pulso me fazendo sentir uma pequena pressão onde ele estava apertando.
Achei que ele faria algo comigo, pelo seu olhar hoje não era um dia tão bom. Será que fora ele que colocou os irmãos nos caixões? Como ele teve essa coragem toda se ele ainda estava um pouco conciente.
— Nunca poderei ser o que você precisa que eu seja!.–Ele falou depois de um tempo.
Aquelas palavras foram as únicas para me destruir por inteira. Desde quando o conheci ele fora tudo o que me motivou a seguir, era o meu porto seguro era o homem que eu amara com todo o meu coração. Não seria tão fácil acreditar em suas palavras, mas isso ainda me machucou.
— O melhor que posso fazer por você depois disso tudo é desaparecer, por isso não vou deixar esse mostro que sou atrapalhar você!.–Ele disse se levantando da cadeira.
Ele deu alguns passos para longe de mim e parou abruptamente. Não sabia se era ele mesmo que estava dizendo isso ou estava falando da boca para fora. Meu coração estava acelerado e ao mesmo tempo dilacerado pela suas palavras, não saber o que estava acontecendo com ele era insuportável pra mim, eu precisava fazer algo rápido porque não suportava essa dor.
Depois que Elijah saiu do quartel não sei com que força me levantei daquela cadeira, olhei o celular e Freya não havia recebido minha mensagem.
A dor no meu peito era insuportável, mas tinha que deixá-la de lado. Respirei fundo para me concentrar e ir atrás dos caixões.
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Meu Porto Seguro // Elijah Mikaelson & (S/n) (2ª Temporada)
Fanfic3 anos se passaram desda última vez, ele ainda era uma chama ardente e viva que me consumia. Eu não conseguia me afastar dele. E não queria. Ele era meu vício... meu desejo... ele era meu. Mas será que tudo continuaria sendo como era a três anos atr...