Meu Porto Seguro // Elijah Mikaelson & (S/n) (2ª Temporada)

Capítulo 30

Havíamos acabado de chegar no apartamento, eu fui tomar banho e Elijah ficou na sala com Rebekah. Peguei minha roupa e fui para o banheiro, liguei o chuveiro e me despir entrando em seguida no box e deixando a água morna cair sob mim, levando embora toda a mágoa que guardei pelo nosso término.
Lana me ajudou a entender muita coisa hoje, sobre mim e sobre eu e Elijah. Agora eu estava mal, ele não merecia esse desprezo todo, não merecia mais dor do que ele estava sentindo com nosso término, a vontade de chorar veio com força e eu não tive como evitar. Escutei o box se abrir e em seguida ele me abraçou, o calor de sua pele fez o vazio que eu sentia ir embora e eu o agarrei com força.

Me sentia amada, depois de tudo o que eu fiz, depois de ter machucado-o, depois de ter quebrado seu coração ele ainda permanecia ao meu lado, ele ainda me amava e faria tudo por mim. Eu o amava tanto que meu peito até doía, ele se afastou de mim para me observar, quando seus olhos focaram nos meus fui capaz de ver a dor dele, ele parecia odiar aquilo, odiar me ver chorando.

- Eu amo você!.-Ele sussurrou.

Eu não consegui responder o choro me deixou sem palavras. Mas pra que falar, pra que dizer algo se ele estava ali comigo, se eu tinha de novo seu toque, se eu tinha seu corpo aquecendo o meu? Pra que dizer algo se senti nossos corações batendo em ritmos iguais e nossa respiração em alguns segundos se igualou também. Eu estava bem novamente, estava me sentindo segura, reconheci que eu estava presente de novo em meu porto seguro.
Depois de minutos abraçados eu me acalmei e quando Elijah teve a certeza que eu estava melhor se afastou de mim, pegou a bucha e começou a passar pelo meu corpo. Eu apenas deixei, não queria lutar mais, não queria afasta-lo de mim de novo, porque tudo ficava sem cor, tudo perdia o encanto sem sua presença.
Eu coloquei meu cabelo para frente para ele esfregar minhas costas, ele aproveitou e me abraçou. Sua cueca impedia de seu membro encostasse em minha pele, mas eu sentia sua excitação o que me fez soltar um suspiro trêmulo. Ele beijou a lateral do meu pescoço, fazendo-me sentir sua barba que crescia, fechei os olhos para sentir seu abraço, seu corpo ao meu, para sentir cada toque. Depois de se afastar e terminar de me esfregar, ele pegou o shampoo e colocou na palma da mão, depois passou para meu cabelo esfregando cuidadosamente em minha cabeça, esse toque fez com que todo o sentimento que ainda impedia o meu amor de voltar pra ele, me invadir com força. Agora literalmente, não havia nada para nos impedir, eu estava de volta, meu coração estava inteiro novamente por um simples toque.
Depois ele passou o condicionador, desembaraçando meu cabelo entre os dedos. Se for possível eu me apaixonar mais por esse homem, esse é o momento exato que o amor se expandiu em meu peito, eu lavei o cabelo e quando terminei dei atenção a ele, meus toques agora o pertenciam, acariciei seu rosto olhando em seus olhos e o beijei.
Quando ele se afastou, sorriu. O que me deixou mais apaixonada por ele.

- Suponho que terei que agradecer a Dra Lana!.-Uma de suas mãos acariciavam meu rosto.

Sorri o abraçando. Terminamos o banho e quando nos vestimos descemos para sala, onde Rebekah estava localizada.

- Achei que essa brincadeira de fazer meu irmão sofrer, duraria por mais alguns dias!.-Ela sorriu olhando pra mim.

- Você sabia dês do começo que eu não aguentaria isso!.-Admiti.

- Talvez, alguns anos!.-A loira olhou para o irmão.

- Não dê ideia minha querida irmã, já foi difícil aguentar algumas semanas!.-Elijah sorriu.

- Mas, além de tudo, eu estou feliz por vocês!.-Sua felicidade estava estampada em seu rosto.- Elijah não viveria sem você Humaninha. Agora, preciso ir! Estou com saudades da minha pequena Eloise!

Ela se levantou, veio em minha direção e me abraçou.

- Juízo hein!.-Ela sorriu.- E Elijah, se você perder essa mulher, eu sei onde está sua adaga!.-Ela avisou.

- Você fará um enorme favor, irmã!.-Ele abraçou a loira.

[...]

Acordei assustada sentindo um pequeno tremor, me levantei de onde estava, sentando em seguida. Elijah estava sentado em minha frente e estávamos em um jatinho, a cadeira onde eu estava, se posicionou normal fazendo-me encostar. Elijah abaixou o jornal que estava lendo e sorriu.

- Oii bela adormecida!.-Seus olhos brilharam sob a luz fraca que o iluminava.

- Oii, onde estamos indo?.-Perguntei.

- É surpresa!.-Ele suspirou vagarosamente.- Mas você vai amar!

Sorri passando uma das mãos no rosto para acabar de acordar, olhei a tela do celular que se acendeu e rapidamente se apagou, eram 04:00.

- Que jeito elegante de levar uma dama para passear!.-Chamei sua atenção.- Sequestrando-a.

Ele riu encarando o jornal novamente, olhou pra mim em seguida. Quando Rebekah saiu do apartamento, eu e Elijah ficamos conversando, e eu adormeci alguns minutos depois.

- Eu não te sequestrei, meu anjo.-Ele sorriu.- Você é minha responsabilidade, não deixaria você sozinha em New York!

Sorri, eu amava saber que eu era a sua primeira escolha sempre. A aeromoça se aproximou com um carrinho com algumas bebidas.

- Aceita alguma coisa, querido?.-Ela perguntou á Elijah.

Olhei para a ruiva que flertava descaradamente com Elijah, minha atenção se dividiu nela e no meu marido a minha frente. Respirei vagarosamente tentando me manter calma e peguei uma água.

- Não, obrigado.-Elijah respondeu rápido e elegantemente olhando pra mim.

A ruiva me ignorou e se retirou, eu fiquei encarando a moça se afastar em silêncio. Senti a atenção de Elijah em mim, pelo arrepio que percorreu em meu corpo.

- Eu ainda estou aqui, minha menina!.- Sua voz era calma.

Eu olhei pra ele e seu sorriso me acalmou. Revirei os olhos, ele sabia que eu estava com ciúmes pelo sorriso que nasceu em seus lábios. Ele ficou me observando pacientemente e eu não falei nada. Ele suspirou incomodado, se ajeitou em seu assento colocando um de seus dedos nos lábios. Com a outra mão livre ele bateu em uma de suas coxas, me chamando.

- Vem cá, meu anjo!.-Sua voz ficou rouca.

Respirei fundo, porque sabia que não lutaria contra essa vontade. Me levantei e andei em sua direção, me sentei em seu colo e ele me abraçou.

- Eu amo você, sabia?.-Ele perguntou.

- Nunca tive dúvida.-Falei.

- Sempre e para sempre!.-Ele beijou minha bochecha.