Capítulo 36

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Depois que Cami me deixou sozinha, eu ainda me sentia surpresa com a notícia, estava feliz e ansiosa ao contar para Elijah. Porém, também fiquei um pouco com receio por lembrar em como Elijah reagiu na gravidez de Eloise. Mas algo em mim mandava eu contar e ignorar o medo que sentia senão eu não saberia sua reação.
Deitei na cama e fiquei lembrando do tempo com Eloise quando eu havia morrido. Sorri, por saber que seria mãe novamente, acabei pegando sono antes de Elijah chegar ao quarto.

Acordei algumas horas depois sendo acariciada no rosto, abri meus olhos preguiçosamente e sorri quando vi Elijah.

— Oi meu anjo!.–Ele sorriu.– Precisa acordar para comer algo!

— Humm, só mais alguns minutinhos!.–Resmunguei.– Deveria deitar também!.–Sorri.

— Não mesmo!.–O divertimento em sua voz era evidente.– Sabe que não conseguirei levantar depois!

Sorri e depois de alguns segundos me levantei, Elijah me ajudou a colocar a botar descemos. Estava a família quase toda reunida, faltava apenas Kol e Davina que pelo que Klaus disse faltava pouco para o bebê de Davina nascer e por isso estavam afastados, mas mantinham contatos.
Todos pareciam bem, mas um pouco ansiosos pela chegada do tal Mikael, mas quem parecia mais incomodado, era Klaus. Às vezes eu via o desespero em seu rosto, uma tristeza de partir o coração mas, Camille sempre o trazia de volta ao futuro segurando e acariciando as mãos de seu amado.

Depois de almoçarmos ainda ficamos conversando, fiquei sabendo de várias histórias do passado de Elijah, Marcel, Klaus e Kol. História que me fizeram sorrir, me emocionar, percebi que a os Mikaelson tiveram tudo para serem destruídos, mas mesmo assim, sobreviveram, permaneceu de pé um pelos outros. E ainda estavam aqui, e não serão destruídos pelo Mikael, não por ele.
Nos levantamos, ajudei as meninas com a louça e quando terminamos, íamos todos para o escritório de Elijah, para fazer um plano perfeito já que o desespero de Klaus não passava.

— Ora, ora, ora!

Uma voz vinda da entrada do quartel nos interrompeu a subir.

— Aqui está a família feliz!.–Ele deu um sorriso diabólico.

Tanto Klaus quanto Elijah e Marcel se posicionaram em uma distância do homem em nossa frente. Freya foi para o quarto com as crianças eu, Rebekah  e Camille ficamos atrás dos meninos.

— Isso é tão estúpido, o que lutou demais para ser da família, o bastardo e o meu nobre filho, que aliás! Está do lado errado!.–Mikael cruzou os braços observando cada um de nós.

— Surpresa desagradável, Mikael! Posso saber qual é o desprazer que te trouxe aqui?.–Perguntou Klaus.

— Não está na cara bastardo? Vim acabar de vez com a família feliz que vocês querem tanto proteger!.– O sorriso ainda estava nos lábios dele.– Tenho uma amiga que não está muito feliz com vampiros soltos em New Orleans! Estou aqui para exterminar cada sangues-sugas.

— Deixa eu adivinhar, sua amiga está nervosa com um dos meus, por ele ter matado um bruxo?.–Marcel interveio.

— Alguém aqui estudou a lição de casa!.–A atenção de Mikael fixou-se em mim.– Outra humana? Vocês não aprendem mesmo a ficar longe dos humanos inúteis.

— Porque não fala com sua amiga bruxa, procurar outro covil, porque eu nunca ouvi falar nessa bruxa aqui em New Orleans. Merlin alguma coisa!.–Rebekah chamou a atenção de Mikael.

— Achei que não falaria nada Rebekah, estava esperando essa língua afiada falar algo! A minha amiga bruxa gostou daqui e ela também odeia vampiros, temos algo em comum!

— O que? Achou alguém sem um pingo de decência para transar?.–Klaus debochou.– Acho melhor sair daqui Mikael, nada me impede de mata-lo pela terceira vez!

— O meu foco não é você ainda, Niklaus. Vou matar um por um, mas vou começar com o mais fraco!.–Mikael olhou pra mim.

Admito que estava com medo, medo de passar novamente pela morte, medo de perder o pequeno que cresce dentro de mim. Agora entendo Elijah, a necessidade de proteger tomou conta de mim.

— Ela não tem nada haver com a sua cede de vingança, Mikael.–Elijah chamou a atenção dele.– O seu ódio, sua raiva é com a gente, as criaturas  sanguinárias, horrendas somos nós, e não ela!

— Olha, então você faz de tudo para protegê-la?!.–Mikael riu com desprezo.– Então, vou começar com você Elijah, achei que seria mais inteligente!

— Você não vai encostar um dedo nele!.–Klaus disse com sua raiva.

— Eu não vou matar ele, é ele que vai fazer o trabalho sujo! Darei à você Elijah, até meia noite de hoje para se despedir de todos e tirar a própria vida, os outros eu mato depois!.–Mikael sorriu.– Se não fizer, a humana atrás de você irá pagar com a própria vida!

E em um piscar de olhos Mikael desapareceu. Soltei o ar com força, e logo em seguida respirei fundo para a dor no peito se minimizar. Elijah passou uma de suas mãos em sua testa, Klaus respirou fundo olhando para o irmão e saiu em velocidade vampira do quartel, talvez para procurar alguma ajuda. Rebekah se aproximou tocando no ombro de seu nobre irmão. E eu? Eu não sabia o que fazer, minha cabeça estava uma bagunça, estava fazendo o impossível para não ficar nervosa e estava pensando em algo para Elijah não seguir com o plano de seu pai pscicotico, mas tudo que eu conseguia pensar era no medo de perder Elijah.

Assim que ficou só eu e Elijah no saguão do quartel eu o encarei. E ele me evitou a todo custo, sua atenção estava focada no chão e sua respiração estava calma, mas sabia que dentro dele o controle não estava presente. Me aproximei dele ficando em sua frente, foi ai que seus olhos focaram em mim, toquei em seu rosto e vi em seus olhos o medo, o desespero que vi nos olhos de Klaus.

— Ei!.–Sussurrei.– Vai ficar tudo bem!

Ele soltou a respiração de uma só vez e negou com a cabeça, ele não tocou em mim, ele passou a mão pela segunda vez em sua testa e fechou os olhos.

— Não pode dizer isso!.–Ele disse com a voz neutra e falha.– Você não o conhece, ele fará de tudo para machucar todo mundo e eu quero que você saia de New Orleans!

— Não, eu não vou!.–Falei franzindo o cenho.– Não vou deixar você aqui sozinho e pensando em se matar! Não vou fazer isso!

Sabia que ele me afastaria novamente, quando algo os estão ameaçando ele sempre me afastava. Me sentia imponente por ao menos não poder estar por perto.

— Sei que você quer me proteger, Elijah.–Respirei fundo.– Mas, a partir do momento que você colocou essa aliança pela segunda vez em meu dedo, seus demônios agora fazem parte de mim também! Não vou deixar você sozinho nessa.

Sua mão acariciou meu rosto depois das palavras ditas, ao sentir seu toque tudo em mim se acalmou, a raiva de Mikael, o medo de perdê-lo.

— Eu amo você, meu anjo!.–Ele disse me abraçando.

Respondi seu abraço, apertando-o  contra o meu corpo, faria de tudo para que ele não seguisse com o plano.

Meu Porto Seguro // Elijah Mikaelson & (S/n)                (2ª Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora