Iago sorriu, um sorriso misterioso que contrastava com a seriedade em seus olhos. "Vou contar um pouco da minha história, mas prometo que será mais interessante do que vocês imaginam. Vocês se perguntam como um vampiro pode andar ao sol? A resposta está em minha mãe, uma mulher de poder e magia incomparáveis. Quando criança, eu era um prisioneiro da noite. Meus irmãos, um lobisomem e um bruxo, brincavam livremente sob o sol, enquanto eu, o único vampiro da família, era confinado às sombras. A raiva do meu pai, que me legou essa maldição, corroía-me por dentro. Por que eu? Por que não a liberdade de um lobo ou o poder de um bruxo? A cada dia que passava, a frustração se transformava em um vazio profundo. Eu era forte, veloz, sim, mas essa força era aprisionada pela própria natureza da minha existência.
Então, minha mãe, compreendendo minha dor, não me ofereceu apenas consolo, mas uma solução. Ela não me curou da minha vampirizada, mas me deu um meio de conviver com ela. Após meses de rituais secretos realizados sob a luz da lua cheia, ela teceu um feitiço em um cordão de prata, enfeitado com pedras lunares e um rubi que pulsava com uma energia quase palpável. Esse cordão não me transformava em humano, mas me protegia do sol, criando um escudo mágico ao meu redor. Ele não anulava minha sede de sangue, mas me permitia viver, sem me esconder das horas diurnas.
Mas a história não termina aí. O cordão não era apenas um amuleto; era um símbolo de minha luta contra o destino. Ele representava a minha busca pela liberdade, a minha recusa em me deixar definir apenas pela minha natureza vampírica. Usá-lo era um ato de rebeldia, uma afirmação de que eu era mais do que a minha maldição. E com o tempo, eu aprendi a usar essa liberdade não só para viver, mas para lutar contra as forças que buscavam controlar os seres sobrenaturais como nós. Eu me tornei um guardião, um protetor, usando minhas habilidades de vampiro para defender os indefesos, mesmo aqueles que me temem. Agora, vejam..." Iago desabotoou sua camisa, revelando um cordão de prata enfeitado com pedras que brilhavam com uma luz suave e misteriosa. "Este é o meu escudo, a minha história, e a minha promessa de lutar por um mundo melhor, mesmo sendo um vampiro."
Ele olhou para Briana, Ugo e Igor, um brilho de desafio e esperança em seus olhos. A história de Iago era muito mais do que a de um vampiro que podia andar ao sol; era a história de um homem que lutou contra sua própria natureza para encontrar sua identidade e seu propósito.
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Desde ontem, venho ponderando: se Igor me morder, tornarei-me um híbrido, metade vampiro, metade lobo. Assim, deixarei de depender do cordão e poderei, se desejar, alimentar-me como os outros. Hoje, no almoço, enquanto meus irmãos e Briana comiam, senti a pungência da minha exclusão. Decidi, então, agir. À noite, falaria com Igor.
Deixamos a empresa e seguimos para casa. Ugo informou a Briana que seus pertences já estavam no quarto. Enquanto eles subiam, chamei Igor para o escritório. A porta fechada, a expectativa pairando no ar, Igor indagou o motivo da minha convocação. Sem rodeios, disse:
Iago: Igor, preciso que me morda, na sua forma de lobo.
Ele questionou minha certeza. Confirmei. Igor se transformou, atacando meu braço. Ao retornar à forma humana, senti uma queimação intensa que se espalhou pelo ombro. Igor perguntou se eu estava bem. Apenas pedi sua ajuda para chegar ao quarto. Ele me conduziu até lá. Instruí-o a avisar Ugo e Briana da minha ausência e a contar-lhes tudo. Sozinho, senti a transformação se iniciar e perdi a consciência. Ao despertar, estava nu no chão, a transformação concluída. Preciso me adaptar a essa nova realidade.
E para aqueles que se questionam sobre minha sobrevivência, informo: sou geneticamente compatível com a hibridização, herdando essa característica de meu pai. Essa é a minha história.
Autora: Gente, compartilhei um pouco da experiência de Iago. Espero que tenham gostado! Beijos, não se esqueçam de votar e comentar! 😘😘😘
