Awake

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POV: ETHAN LEBLANC
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Talvez eu não o tenha superado...

Minha pretensiosa morte era como ser uma criança ardilosa, correr é como se a tornasse a pessoa mais feliz do mundo. E eu tentei correr, mas tropecei e não tinha ninguém para segurar minha mão, soprar e dizer "Vou te dar um beijinho para sarar" tudo que consegui ouvir foram os gritos.

Talvez eu tenha aprendido...

Quando eu acordei analisei minhas costa no espelho pôde ver como essa tentativa foi falha, sangrar até a morte? era só para tentar ser imperfeito, só para não ser mais o garoto de porcelana daquela mulher. Em meu subconsciente eu sabia que só queria um motivo para me ferir e torcia para que isso me levasse a falecer, sofrendo como achei que merecia. Em uma tentativa de fazer com que eles sumissem.

Cortar a minha pele tão descuidadosamente sem nem enxergar direito...como fiz isso? com 'meus' próprios equipamentos de tortura. Naquele dia eu trouxe do galpão uma espécie de garfo gigante, se comparado ao garfo de tamanho comum, com três dentes afiados, fui até o banheiro tirei minha blusa e forcei o garfo nas minhas costas, bem no meio, e enquanto me olhava chorar no espelho senti minha pele arder e o sangue quente escorrer, não satisfeito peguei o canivete que sempre carregava comigo e fui cortando as partes das minhas costas que minhas mãos alcançavam, em seguida, me deitei no chão, olhando para o teto, com corpo quente contra o chão frio fui rapidamente aconchegado, sedado. Vi o teto ficar embaçado e os gritos mas nada mais até voltar na frente daquele espelho. Não foi só o Ethan que desejou aquilo, eu também desejei...Admirei de perto...intervir para que acontecesse. Os impedi de tomar o controle, assim como Ethan. 

Eu o superei...

Eventualmente eu preferi fazer aquilo no banheiro de casa porque queria ser encontrado, talvez salvo...Tatiana me deu o beijo e, alguns anos depois, Ashley apareceu e soprou a ferida para longe. Como se fosse um desenho com o grafite solto de um lápis recém apontado, levado com um sopro forte e real.

Ele se aproximou, e por um descuido, por mergulhar profundamente nos meus próprios pensamento ele me atingiu, cortou meu braço em uma ferida profunda, isso com certeza precisa de pontos.

Talvez ela não espere por mim...

Eu sou falho, compulsivo, um estrume tanto quantos os outros que mato...afinal, eu sou um assassino de qualquer maneira.

Porque esperaria?

No fundo ela sabe que não mereço seu amor, ela seria livre de todos nós.

'Cara se concentra,  não deixe esses pensamentos intrusivos dominá-lo'

Eu não mereço felicidade...

Será que devia deixá-lo me matar?

Será que seria um bom pai?

Meu filho vai ter vergonha de nós...

'CARA ACORDA!'

Advancing SexuallyOnde histórias criam vida. Descubra agora