Trago comigo.

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Estremeço ao ouvir suas palavras. Sinto meu coração aperta e nego várias vezes. 

— Não diga isso, nunca mais, Alexia! - repreendo-a. — Você não perdeu o Jeongguk. O fato dele está em coma a dois meses não significa que ele morreu. - falei furioso porém tentando ser o mais passivo possível. Suspiro me aproximando dela. — E você em todos esses dias não o viu…Como acha que ele ficará quando saber que você não teve coragem de vê-lo? Você está sendo egoísta, alexia. Ele precisa muito de você e você está se afundando nesse poço de tristeza que não te levará a nada. - bufo frustrado. Eu realmente precisava falar tudo àquilo. — Você nem está pensando positivo, está pensando que a qualquer momento ele pode acordar? - ela permaneceu em silêncio de costas. 

— Você não sabe…- sua voz estava trêmula e embargada.

— Ah, não é o que parece. - Rebato. — Por que em todos esses dias você não entrou naquela porcaria de quarto e segurou a mão dele? Hum? Você não está pensando na melhora dele? Quem sabe se você fosse e ele sentisse sua presença, houvesse um possível melhora? - digo. Ela se curva um pouco me deixando curioso pela sua acção. 

— Hoseok…- ela me chama em um gemido de dor. Me aproximo assustado tocando em seu ombro. — Os bebês vão nascer…- ela diz e vejo o chão molhado. Fico sem entender. — Os bebês...hoseok!

[...]

Chegamos no hospital às pressas, Lexie gritava de dores e logo dois enfermeiros chegam com uma cadeira de rodas. Ela apertava minha mão enquanto gemia de dor. — Então ela é levada até uma sala. 

Droga Jeongguk, você não pode perder esse momento! - Ofegante por toda euforia pego o celular de lexie que estava comigo e procuro sua mãe, ela precisava estar aqui. Depois de falar com calma e explicar a ela tudo a mesma entrou em desespero.

Eu precisava conversar com jeongguk. Mesmo que o horário de visita já tivesse passado. — Eu precisava.— subo até o andar onde ele estava e olho para ver se tinha alguém na sala ou no corredor. — tudo limpo. — Com cautela entrei no seu quarto e como sempre senti meu peito doer. Vê-lo sempre desse estado é doloroso, esses tubos nele e seus olhos sempre fechados me machuca. Acho que é por isso que lexie nunca veio vê-lo, ela tem medo de encontrá-lo assim. 

— Cara…- me sento na beirada da cama e pego em sua mão. — Você precisa reagir. As meninas podem nascer a qualquer momento, você precisa está acordado para estar com lexie. - falo segurando sua mão. O mesmo apenas permanecia como sempre de olhos fechados e respiração normal. — Lexie precisa de você. 

Fico um tempo em silêncio até que sinto um leve aperto na minha mão. Olho incrédulo pra jeongguk que permanecia da mesma forma. — Ele está reagindo. — Puta merda, o que eu faço agora? Além de querer cair duro no chão. Devo levar isso como esperança? 

Saio do quarto chamando um médico, eu estava totalmente eufórico.

— Uma reação? - perguntou um médico sem entender. 

— Sim, ele apertou minha mão e…- olho seu rosto que me encarava sério. Ele negou com a cabeça lentamente.

— Filho isso acontece sempre. - ele diz colocando a mão no meu ombro. — São os músculos dele afirmando que ainda estão na ativa. - Diz e fecho os olhos. 

— Pelo amor de Deus, não têm nada que vocês possam fazer? Sei lá uma cirurgia para acordá-lo...meu Deus eu estou em um complexo de desespero. Ele vai ser pai e…

— Filho… não há nada que podemos fazer, a não ser esperar. - diz. Passo as mãos no meu rosto e suspiro. 

— Vá descansar, hum? Você nem deveria está aqui agora. - ele diz me guiando até o elevador. — Por que não descansa? Posso arranjar um lugar pra você aqui no hospital…

— Não doutor estou bem, obrigado. Irei ficar com a esposa dele, ao que parece ela está entrando em trabalho de parto. - falo entrando no elevador.

— Lexie está em trabalho de parto? - ele franziu o cenho. Rapidamente olho pro seu crachá e vejo seu nome: Pedro Guzmán. Filho do dono, talvez…

— Sim…- falei receoso.

— Vamos sou obstetra. - ele entra no elevador comigo. Parecia agora realmente interessado. 

— Conhece ela? - pergunto olhando-o de lado.

— Impossível não conhecer...

Jameson Dallas Pov'S

Respiro fundo pela décima vez naquela noite. Paciência é uma coisa que eu não estava tendo ultimamente.— Fez a merda bem feita ou não, sua idiota? - encaro Sophie com meus olhos cerrados. 

— Fiz seu babaca! Eu desliguei as máquinas, ok!? Agora morre sozinho nessa cama. - ela berra e dá um chute na minha cama me fazendo gemer. 

— minha perna sua fodida! - rosno. — Já sabe se contar a alguém sobre, eu mato você! - eu digo apontando meu dedo pra ela. — Agora diga-me como está o jeongguk? Espero que esteja dando suas últimas suspiradas. - Sorri.

— Eu tenho nojo de você. - ela disse. 

— Veja só… Eu não ligo! - sorri de lado. — Anda, diga-me como aquele bosta está! 

— porque você não pergunta pro seu informante de merda? Ele não está lá dentro? Então, pergunte a ele. - ela falou trincando os dentes. 

— Eu quero saber dessa sua boca, diga-me! - trinquei o maxilar. 

— Se eu não contar o que você vai fazer? Vai levantar dessa cama por um milagre e me bater? - debochou. 

— Ah, Sophie não me subestime. - falo em um suspiro. 

— Ah, você é um merda. Só estava vivo por causa dessas drogas que você anda tomando. Acha que porque tem uma arma e tem um plano, me dá medo? Você me faz gargalhar por tamanha ignorância sua. - ela diz se aproximando de mim. — Quando eu entrei nessa merda de "plano" eu pensei que você era foda, mas então eu percebi que você é um fodido ignorante que só está bravinho por...absolutamente… hum, deixe-me vê… Nada, por que levou um chute na bunda e foi rapidamente substituído. - riu ironicamente. — Você não me dá medo. Se eu fosse você saia do mapa e nunca mais voltava, por que eu tenho certeza que sua cabeça em breve rolará. 

— Você têm razão Sophie, eu não passo de um merda. Mas sabe, você me deu uma ideia. Irei sumir realmente do mapa, mas eu levarei alguém comigo. Disso eu tenho certeza! 

Inebriante - Jeon jungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora