Amor.

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Olho pro outro lado do quarto e solto um suspiro pesado. Meu corpo estava todo exausto e olha que eu ainda não tinha entrado em trabalho de parto. Porém estou hospitalizada, acabou acontecendo algumas coisas que acabou agitando as meninas. Porém o médico disse que elas estão bem e que  minha bolsa não estourou, felizmente!

— O que você acha de salmão clarinho? - perguntou minha mãe olhando o catálogo da arquiteta. Fazem dois dias que estou aqui e todo dia ela inventa de conversar sobre esse maldito catálogo e cores e tudo mais. 

— Talvez um branco ficaria bem, Clean. - diz minha irmã ao lado da minha mãe. Depois que eu vim para o hospital ela apareceu conversamos e ela acabou pedindo desculpas e disse que estava arrependida por tudo que fez comigo, não entendi muito bem, mas a perdoei claro. 

— Não, o salmão fica legal. - diz meu irmão olhando também um catálogo. Reviro os olhos e olho pra janela. O dia lá fora estava lindo, o sol estava iluminando o dia e o céu bem azul sem nuvens. — O que acha de salmão, lexie? 

— Eu estou com dor de cabeça, será que podem me dar licença por favor? - falo o mais paciente possível. 

— Chamo um médico? - minha mãe pergunta nervosa.

— Não mãe, apenas quero ficar sozinha. Pode ser? Vocês daqui a pouco voltam,certo? 

— Claro. - ela diz e logo saem. Fecho meus olhos com força e sinto meus olhos marejar novamente, era um hábito meu chorar agora. Eu estava sentindo-me uma merda com as coisas que hoseok disse, ele tinha razão eu estava sendo egoísta em não ter ido ver jeongguk e sair alegando por aí que havia o perdido. 

Eu sinto tanto sua falta. Sinto falta de jongin também. Meu coração falha só em lembrar dos dois. — "Vamos lá lexie… Você está tão linda nesse vestido, aposto que aquele bananão vai gostar!" - sorri me lembrando das palavras de jongin em um noite em que eu iria sair com jeongguk. "Por Deus, que mulherão. Sabe que eu te amo muitão, né?" - agora as palavras de jeongguk rouba meus pensamentos. 

Sinto meu corpo se arrepiar. Abro os olhos. — Eu preciso vê-lo!

— Pensando senhorita Cooper? - uma voz masculina e familiar me tira do transe. Trinco meu maxilar. Era meu doutor, Pedro Guzmán.

— Dá próxima vez que entrar no meu quarto, bata na porta! O senhor é doutor mas eu necessito de privacidade! - indago sem paciência. Ele sorriu sem graça. 

— Desculpe-me. Vim apenas saber se estava bem ou se estava precisando de algo. - ele diz. 

— Sim, estou! Preciso de uma cadeira de rodas, estou indo vê meu namorado. Por favor va providenciar isso imediatamente, certo? - arco uma sobrancelha olhando-o.

— Ver… jeongguk? 

— Eu só tenho um namorado, e que por sinal está neste hospital. Ou seja sim, jeongguk! - falei ríspida. Ele passa a mão no queixo nervoso. — Ande, demorei demais pra vê-lo! - falei o apressando.

Ele afirma com a cabeça lentamente e logo saio. Eu odiava ele, pois sempre que ele tinha oportunidade ficava me jogando indiretas e falando o quanto eu era bonita e que em muitos casos o como é profundo e muitas mulheres bonitas como eu sempre acabam sozinha esperando seus companheiros. Por isso o trato com tanta agressividade. — Doctor babaca! - sorri de lado ao da esse apelido mentalmente a ele. Ouço três batidas na porta. — Parece que alguém me obedeceu. 

— Entre. - ordeno. Coloco um sorriso falso nos lábios e vejo o mesmo entrar com a cadeira e uma enfermeira. Sorri suspirando.

[...]

Olho a porta a minha frente por minutos. Eu buscava por coragem, meu coração batia tão forte que doía. Eu iria vê-lo finalmente, mesmo que seja em tal estado.

— Precisa de um ajudinha? - a voz de Pedro soa no meu ouvido. Trinco os dentes.

— Caralho, não! Por favor me dê licença! - empurro a cadeira até a porta e com minhas últimas coragem percorrendo meu corpo abro a porta e logo meus olhos percorrem até onde ele estava. Senti uma onda de sentimentos passar por mim, meus olhos se recusam a vê àquilo. Não era o meu Jeongguk. Não podia ser ele…tão indefeso naquela cama com tantos aparelhos ligados ao seu corpo. — Merda jeongguk. - falo indo até ele. Me levanto da cadeira com dificuldade. Minha pernas fraquejam me forçando a volta pra cadeira. Me aproximo tocando em sua mão. — Sentimos sua falta. - pego sua mão levando até minha barriga.  

Vejo sua mão dá uma leve pressionada na minha barriga. O olho incrédula. Logo olho seu rosto e vejo que o mesmo tentava mexer sua face, o que me dá um certo medo. — O que está acontecendo? 

— Amor? - o chamo sentindo meus olhos úmidos. Seus olhos mexem um pouco. — Jeon, amor… você…- minha respiração fica ofegante e os batimentos seus ficam elevados fazendo aquela máquina apitar irritantemente. — Jeongguk…- pego na sua mão e a porta se abre com tudo. 

— Alexia você precisa sair daqui. - Pedro diz me puxando pela cadeira. Seguro a mão de jeongguk tacando o que foda-se para aquele idiota. 

— Não ele...ele...ele estava reagindo! - berro segurando a mão de jeongguk. 

— Você não viu nada disso. Pelo amor, vamos sair daqui os bebês. - ele diz insistindo outra vez. 

— Não! - olho pra trás gritando. — Não vou sair do lado dele, não agora! Ele vai acordar eu sei eu consigo sentir isso! Eu sei, eu…- paro por causa das lágrimas. — Ele…Eu tenho certeza que ele…- Hoseok chegou na porta e meus olhos estavam em pedro que fitava a minha frente incrédulo. Hoseok o mesmo. Ainda ofegante e com os olhos úmidos pronto para derrubar as primeiras lágrimas ouço. 

 O que aconteceu









Inebriante - Jeon jungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora