Amores, vícios e obsessões

Capítulo 49.

•Diego•

O tempo estava acabando e a única coisa que aumentava era a angústia, toda hora o Márcio ligava me ameaçando, pressionando. Eu podia ouvir a Amanda gritando e chorando ao fundo. O Vitor tinha um plano que até era bom, mas eu não poderia arriscar tudo assim, nao estava com um pressentimento bom, então eu cedi, mas deixei bem claro que só iria para a delegacia depois que visse que estava tudo bem com minha pretinha, depois, ele mesmo poderia me levar.

Marcamos 5h da manhã no local onde ele estava com a Amanda, antes de sair conversei com Deus, sei que já vacilei muito nessa vida, então se fosse a vontade dele, eu iria pagar por tudo o que fiz, só queria que minha família não sofresse nenhuma consequência com isso.

•Amanda•

Escutei o desgraçado marcando com o Diego, ele conseguiu o convencer a fazer o que ele queria. Meu coração parecia que iria sair da boca, não conseguia parar de chorar um minuto, mas ver a cara de satisfação do Márcio me deixava com um ódio que eu nunca senti na vida.

- O que você acha que vai ganhar com isso Márcio, sinceramente? Você acha que umas grades, uns anos, vai fazer com que eu deixe de amar o Diego? Eu não irei deixar ele sozinho nunca, nunca vou abandona-lo! Eu e meu filho iremos esperar ele quanto tempo for preciso.
Certamente o Márcio não estava puro, claramente havia usado drogas, não sei o que ele pensou na verdade com isso tudo, mas acho que ele nunca esperava ter ouvido eu dizer àquilo tudo. Seu semblante mudou na hora, quando eu vi, ele havia dado um soco na minha cara que rapidamente fez com que eu batesse a cabeça na parede.

Acho que desmaiei por um tempo.

- Teu bandidinho já está vindo, realmente não sei o que pensei quando me apaixonei por uma puta igual você. É desses tipinhos que vocês gostam mesmo. Mas tudo nessa vida tem consequências viu? Você verá a sua por ter feito essa escolha.

Quando ele terminou de falar isso, senti uma pontada na minha barriga, quando olhei para baixo, vi meu vestido todo molhado. Só podia ser uma coisa, uma coisa que eu estava rezando para que não fosse.
Eu estava com 7 meses ainda, era una gravidez de risco. Logo veio as dores aumentaram, uma dor que eu nunca havia sentido na vida, eu só conseguia pensar no meu filho, meu maior medo no momento era em perde-lo.
Quando olho para o lado, vejo o portão se abriando e o Diego entrando.