No tears left to cry, Ariana Grande

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Eram 11 da noite. Dakota estava contente com os resultados obtidos por Michael no treino físico e tudo parecia estar a alinhar-se.

-Vês?-Dakota comenta, esfregando o cabelo dele carinhosamente.-Disse-te que precisávamos de trabalhar essa autoestima quando nos conhecemos. Sabia que tinhas potencial, quando tu nem imaginavas. Nada disto seria possível sem ti. Compreendes isso?

-Tive uma boa professora.-ele admite.-Que está atualmente enrolada com um dos seus estudantes, Luke. Isso não é ético.

Dakota ri e descalça as luvas de boxe. Faz um pequeno desvio para ver Ashton, que estava atualmente no seu gabinete.

-Hey.-ela cumprimenta e Ashton sorri, pousando os papéis.

-Estava a pensar em ti.

-Obviamente. Disseste-me que eu era demasiado difícil de esquecer.-Dakota lembra e Ashton está confuso.

-Eu disse isso?... Porque ia esquecer-me de ti?

Merda. Luke é que disse isso, quando prometeu esperar por ela lá fora, dizendo que não se preocupasse se pudesse demorar muito tempo pois ela era muito difícil de esquecer.

-Não sei.-ela mente e encolhe os ombros.-O que estás a fazer? Pareces cansado.

-Não é propriamente mentira, estás sempre na minha mente. Bem, estou a ver as novas ordens aprovadas por Mr. Marshall. Parecem tão... despreocupadas. E isso deixa-me preocupado.

Claro. Marshall irá destruir esta unidade daqui a uns meses. Dakota tenta distraí-lo e sugere:

-Todos temos momentos de fraqueza. É o que nos faz humanos, suponho. Talvez haja algum conflito de interesses ou incoerência entre as ordens de Marshall e a dos seus superiores, talvez esteja apenas cansado... Não me parece um problema, mas se for, resolveremos juntos.

Ashton sorri, assentindo. Ele puxa-a para se sentar no seu colo e afirma:

-Tenho algo para ti.

-Se forem mais 4 horas intensas e românticas de Ashton Irwin agarrado à casa de banho, onde me inscrevo?-Dakota brinca, fazendo-o corar.-Vá lá, foi engraçado.

Ashton gostava de como Dakota o fazia sempre rir e brincar com situações que antes nunca veria o mínimo humor. Era quase que uma lufada de ar fresco que o afastava das suas preocupações e responsabilidades.

-Um pouco.-ele afirma e dá-lhe um pequeno embrulho.-Toma. Queria agradecer-te por teres tomado conta de mim e fazer-me perceber que... talvez tenha alguma prioridades trocadas. Não sou bom com palavras por isso pensei que... pudesse dar-te algo.

Dakota observa o colar e questiona:

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Dakota observa o colar e questiona:

-Porquê um coração?

-Porque roubei o teu e achei que seria simpático devolvê-lo.-Ashton brinca e Dakota sorri.

Era verdade. Dakota não o amava como amava Luke, mas era óbvio pelas últimas ações de Dakota que tinha um lugar especial no coração dela para Ashton. Ela sentia empatia e carinho por ele, especialmente compaixão por ser obrigado a retribuir o favor ao pai através de obediência cega. Dakota sentia que Ashton era muito mais do que um mero seguidor; sentia que tinha potencial e coração para ser um líder benevolente.

-Escolhi um coração porque é o símbolo do amor. E tu és o amor aqui.-ele afirma.-Algo que pensei não ser possível acontecer num lugar como este.

Dakota abraça-o com força, emocionada com as palavras. Ela afirma:

-Ash, é lindo. Obrigada.

Ele assente e sorri. Dakota repara que os olhos dele estão exaustos e decide:

-Vou deixar-te descansar, está bem? Falamos amanhã.

-Está bem. Amo-te.

-Eu também.-ela afirma e beija a testa dele.

A rapariga regressa ao dormitório e tenta adormecer, mas sentia-se demasiado contente. Finalmente tinha relações de amizade e amor como sempre sonhara, e sabia que lhe estavam a fazer bem, anulando algum do cansaço que sentia em planear aquela fuga. Sentia orgulho em si por poder salvar quem amava; sentia-se imparável.

Finalmente adormece, e sonha com o rosto belo da sua mãe, que lhe sorri.

E esse é o último momento de paz que se recorda, depois de ser puxada da cama às 3 da manhã por instrutores. A rapariga não se sobressalta pois estava habituada a estes treinos psicológicos e físicos. Pelo canto do olho, consegue ver Fleur acordada, que observa discretamente toda a situação.

Dakota tem agora uma fita adesiva na boca e os braços e pernas presos. Ela tenta manter a calma ao ser arrastada para fora do bunker e atirada para dentro de um carro.

A viagem é curta: quando deu por si, estava a ser atirada para a entrada de um edifício.

-É ela!-ouve gritar.

Do nada, vários indivíduos a agarram e a puxam para o interior do prédio. Várias perguntas foram feitas a Dakota e ela não respondeu a nenhuma delas.

Qual o seu nome?
Qual a sua idade?
Onde vivia?
Porque se entregara?
Onde estava o dinheiro?

Porque raio Dakota estava no posto da Polícia a ser interrogada e mais tarde, numa prisão?

Victims Of Authority [afi/lrh] TerminadaOnde histórias criam vida. Descubra agora