lennon.
Passar essa tarde com a Beatriz foi maravilhoso. Eu senti falta de ter esse tipo de momento, mas só percebi quando estava vivendo com ela.
Quando eu disse sobre passar a tarde comi namorados foi exatamente isso. Beijar ela sem me importar com nenhum olhar ou câmera. Poder agir como a gente já age, só que com muito mais liberdade.
Quando a praia começou esvaziar a gente foi mais pra frente na areia ficando um pouco mais perto do mar.
— Sabe quando foi a última vez que eu tive uma tarde assim? — Perguntei fazendo ela prestar atenção em mim.
— Não tenho ideia.
— Eu também não. — Dei de ombros.
— Amanhã é certeza que vai ter a gente no celebs do rio.
— Você realmente se importa com isso? — Olhei ela de rabo de olho.
Beatriz ficou pensativa por uns segundos.
— Não. Mas eu sei que você se importa. — Ela me olhou também.
— Por hoje eu não vou ligar. Só por hoje!
Fiquei de frente pra ela totalmente. Senti ela ficar nervosa, mas se amoleceu quando eu passei a mão pela nuca dela e de um jeito mais devagar puxei ela pra outro beijo.
[...]
— Que horas são? — Ela parou o beijo pra me olhar.
Olhei no relógio e tava meio tonto pelo efeito da boca dela.
— Seis e cinquenta e três.
Puxei a Beatriz pela cintura pra voltar o beijo de novo. Trouxe ela até em casa, mas se quer conseguia deixar ela sair do carro.
— Espera. A gente só tem uma hora até a Nicole voltar. — Ela tirou o cinto saindo do carro rápido.
Por uns segundos eu tentei entender o que ela tava querendo dizer. Quase me machuquei tentando descer do carro sem tirar o cinto. Pressa maldita!
Tirei o cinto e fechei o carro. Entrei pra dentro da casa dela e vi a Beatriz subindo as escadas já desamarrando o biquíni da parte de cima. Corri pra onde ela também ia com pressa.
Em segundos eu estava dentro do banheiro da casa dela. Fechei a porta atrás de mim e comecei tirar a roupa como ela. Beatriz totalmente pelada entrou dentro do chuveiro e a água batendo no seu corpo deixando gotículas por partes específicas, fez meu corpo reagir.
— Você não vem? — Ela perguntou com o tom provocante.
Como que eu não vou?
[...]
— Se apoia em mim!? — Pedi vendo as pernas dela fraquejarem.
Beatriz me obedeceu. Fechei o registro do chuveiro e ajudei ela a ir pra fora do box. Sentei ela na tampa privada enquanto pegava duas toalhas no pequeno varal de chão que tinha ali.
— Essa vermelha eu uso no cabelo. Pode usar! — Ela falou com a voz sonolenta.
Sequei o corpo de um jeito rápido e peguei uma outra toalha branca indo ajudar ela a se secar.
Passei primeiro nas pernas dela e depois pelo tronco. Quando eu fui pros braços Beatriz riu.
— O que foi? — Continuei deslizando a toalha pela pele dela.
— É que é engraçado. Toda vez que a gente transa você me trata igual um bebê.
— Você que não se aguenta em pé.
— É, eu sempre fico quebrada depois de gozar. — Ela pareceu falar consigo mesmo.
Continuei secando ela, até passar a toalha delicadamente pelas tranças dela. Beatriz me olhava em silêncio com um sorriso mínimo no rosto.
— Você costuma ser assim sempre?
Ué.
— Assim como?
— Cuidadoso com as garotas que você fica.
— Ah. Bom... Eu era mais assim há uns tempos atrás, quando eu namorava. Mas ultimamente eu não tenho intimidade com mais ninguém. A não ser você.
Era uma verdade. Antes do meu último namoro eu era ainda mais atencioso com isso.
— Hum. — Ela falou ficando quieta.
Ajudei ela levantar e enrolei a toalha no corpo dela. Vi que ela já estava bem o suficiente pra se virar sozinha então só deixei.
Vesti a roupa que eu tinha jogado no chão e sai indo pro quarto dela. Beatriz passava alguns cremes na pele e cantarolava alguma música que eu não conseguia entender. Fiquei na porta assistindo ela se trocar.
Eu poderia ficar ali por muito tempo, mas a voizinha no andar de baixo me chamou atenção.
— Mamãe?
— Eliza?
Tinha a voz de outra mulher e quem era Eliza?
— Tô descendo! — Bia passou por mim pedindo pra que eu ficasse ali um pouco
Entrei no quarto dela reparando pela primeira vez. Minha mãe sempre falou que a decoração da casa de alguém diz muito sobre ela, e o quarto da Beatriz fazia jus à esse pensamento.
Apesar das paredes brancas tinham pichações de frases de algumas músicas fortes como; Rita Lee, Pitty. Aquele quarto era exatamente como ela. A cor branca traziam mó paz pro quarto, mas as pichações intensidade. Uma certa revolta bonita.
— Lennon? — Ouvi ela me chamar. — Vamo? Minha mãe já foi. E desculpa ter te feito esperar, mas a Valquíria não costuma ser um amor.
Assenti dando uma última olhada nas frases.
— Sempre quis saber qual o seu estilo musical favorito. Agora vendo Rita Lee na sua parede eu descobri.
Beatriz pareceu surpresa por eu ter notado.
— Não é o meu estilo favorito. Eu gosto de um rock brasileiro, mas essas frases significam bem mais que músicas pra mim. E eu sou mais do samba também.
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precipício. | l7
Fanfictiono amor é como um precipício. as vezes a gente pensa que esta voando, mas na verdade esta caindo.