Capítulo 42

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Sáb, 8 de Agosto, 2037

🌧🌦🌥⛅🌤☀

Morgan Stark

Eu estava devastada, caída no chão sem forças para levantar.

Meu Avô tentava de tudo para me erguer do meio do gazebo, porém nada adiantava. E, sinceramente, eu não queria que adiantasse. Eu só queria chorar até não poder mais. Chorar até meus olhos não possuírem mais nem uma gota de água dentro de si. Chorar até morrer. Eu queria isso neste exato momento. Morrer.

Talvez assim eu não sinta a dor e tristeza avassaladora que estou sentindo, pensei.

Odin: Não pense nisso, Morgana, é muito grave! - me alertou. - Sei que nada do que eu disser vai conseguir anular todo o sofrimento que você está sentindo, - respirou fundo por um momento. - mas se matar não é a solução. Há muitas pessoas esperando por você em Midgard!

Não soube como reagir. Era verdade, mas... mas, nem sei mais. A dor era sufocante o suficiente para me matar ali mesmo, com os joelhos no chão de mármore e a cabeça baixa, sem saber o que dizer. Nathaniel, Janet, Jacob, meus pais... Todos passaram pela minha mente por um breve momento. Como memórias. Meu avô estava me lembrando de todas essas memórias.

Odin: Se morrer, terá de deixar isso tudo para trás. Consegue fazer isso? - ele perguntou com a própria razão em sua voz. Eu não conseguiria.

É demais para mim, pensei. Preciso viver...

Por ela.

Morgan: Não consigo... não posso deixar isso tudo para trás, vovô. - ele se agachou até mim e me abraçou. Senti conforto e apoio em seu abraço e aquilo foi o suficiente para me ajudar a ficar de pé novamente. - Não posso levá-la comigo? - olhei em volta procurando pela minha filha. Minha filha. Isso soa tão bom e doloroso ao mesmo tempo.

Odin: Pode tentar, mas não sei se dará certo. Quando as pessoas são trazidas à Valhalla, é pelo motivo de suas almas precisam descansar depois de tanto terem lutado é resistido. - consegui avistar Naomi e ele fez o mesmo. - Ela lutou, Morgan, lutou até o último segundo para sobreviver em Midgard!

Minha filhinha. Tão pequena, tão guerreira.

....Um tempo depois....

Passei boa parte do tempo em Valhalla, brincando com Naomi pelos campos verdejantes de Folkvang. Ela corria com muita rapidez e destreza e eu, toda desengonçada e atrapalhada, tentava alcançá-la durante a brincadeira de pega-pega.

Naomi: Você não é nadinha rápida, mamãe! - ouvi-la falar aquela última frase esquentava meu coração por completo.

Morgan: Como eu não sou nada boa em pega-pega, - fiz cócegas em suas axilas e ela se contorceu rindo à beça. - quer brincar de outra coisa, Nana? - comecei a chamá-la assim à uma hora atrás e ela gostou, me apeguei ao apelido.

Naomi: Na verdade, não, mamãe. Pode contar alguma historinha para mim? - aquele pedido me encheu de alegria, tudo por um simples motivo.

Sempre gostei de contar historinhas, não ouvi-las. Amava inventar várias histórias mirabolantes e contar para meus únicos coleguinhas de infância: Nathaniel, Janet, Jacob e meu irmão, Peter. Eles amavam me escutar contar, isso sem contar meus pais, que admiravam minha imaginação além da conta. Desde que Nathaniel e eu começamos a nos gostar, comecei a contar novamente milhares e milhares de historinhas para ele antes do mesmo dormir. Ele amava. Vejo que Naomi puxou o gosto de ouvir histórias do pai.

Nathaniel. Como eu queria que ele pudesse estar aqui para aproveitar esse momento conosco.

Foi então que ouvi uma voz conhecida vinda do começo do jardim. Alguém procurando por algum sinal de vida, sem saber onde sequer estava neste exato momento.

Era ele.

Mas como ele poderia estar aqui?

Nathaniel: Morgan... É você?

Tudo estava muito confuso agora.

🌧🌦🌥⛅🌤☀

Continua....

Bjs humanos😗✌

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𝙈𝙊𝙍𝙂𝘼𝙉 𝙎𝙏𝘼𝙍𝙆 - 𝙐𝙉𝙄𝙑𝙀𝙍𝙎𝙊𝙎 𝙋𝘼𝙍𝘼𝙇𝙀𝙇𝙊𝙎 [3° Temporada]Onde histórias criam vida. Descubra agora