Capítulo 31

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Thiago estava no celular enquanto eu reclamava

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Thiago estava no celular enquanto eu reclamava.

— E tipo, mesmo se eu me montasse, que porra é essa de inventar dessa do nada assim, tipo... Do nada? Caralho!

— Parece uma ideia legal, porém. – suspirou sem tirar os olhos do celular enquanto saíamos do curso. — A da palestra.

— Aham, tá. – revirei os olhos. — Não é como se um homofóbico de merda fosse ver sobre essa palestra e decidir "ah, vou lá me desconstruir." Porra, Iori!

— Mas, uma mãe que tá reparando que o filho é mais afeminado ou que a filha olha demais para uma garota, ou até mesmo que tem uma criança trans, e não sabe como lidar pode ir e lidar com seus preconceitos internalizados e poupar traumas futuros aos filhos.

Fiz careta. — Não me venha com lógica!

Thiago suspirou, guardou o celular e me olhou seriamente, cerrando os olhos.

— É meu aniversário. – contou.

— Feliz aniversário! Quantos anos?

— Quarenta e um.

— Caralho! – olhei assustado. — Achei que cê não tinha nem trinta ainda!

— Obrigado. – sorriu. — Enfim, minha noiva veio me buscar. Vamos comer pizza lá em casa. Quer vir?

— Ah, claro.

Entrei no carro meio constrangido.

— Oi, amor!

— Oi, bem! – Thiago sorriu enquanto colocava o cinto de segurança.Deu um beijo na noiva. — Esse é o Rao, da aula. Não tem problema ele ir comer pizza lá em casa, né?

— Claro que não. – ela se virou para mim e sorriu. — Thi fala muito de você, prazer. Eu sou a Irene.

— Prazer. – cumprimentei, meio sem graça.

Irene tinha sobrancelhas retas e cabelos pretos longos e ondulados. Pele branca e olhos verdes brilhantes, queixo longo e quadrado, sorriso gentil com os dois dentes da frente meio separadinhos. O pescoço longo e costas largas, vestia um terninho que se ajustava bem. Maquiagem suave e brincos pequenos de pérolas.

— Como foi no trabalho, bem? – Thiago perguntou.

— Mesma chatice de sempre. – ela suspirou e tirou uma mão do volante para poder segurar a mão dele. — E como foi à aula de vocês? Legal?

— Bacana.

— Ah, foi top! Fiquei ouvindo o Rao reclamar do namorado por horas.

— Thiago! – gritei.

Irene deu risada e me olhou pelo espelho do retrovisor. — Qual o porquê das reclamações?

— Nada demais. – resmunguei.

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