Capítulo 21

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Henrique Cerrachio

-Henrique nós precisamos conversar, mas pra início de tudo essa garotinha, deitada no sofá é sua filha, nossa filha. -ela disse e eu me joguei no outro sofá tentando processar a informação.

-Como assim filha? Como assim eu sou pai Beatrice?

-Eu fui embora e lá descobri que estava grávida e você pode até está com muita raiva de mim, mas naquela época você foi o único homem com quem me deitei.

-Ta mais e porque você não me procurou antes, fugiu, entrou em contato? Eu tinha o direito de saber que tinha uma filha Beatrice, e porquê somente agora você me procurou?

-Espera deixa eu te explicar tudo desde o início. -ela disse se sentando ao meu lado.

-Durante toda a gravidez da Ivy eu mal me cuidei, não tinha vontade de viver e também não queria ter ela. Mas o Frederick sempre cuidou de mim e ele não podia ter filhos e deixou claro que não deixaria eu abrir mão dela. Eu comecei a fumar e vivia bebendo durante a gravidez dela. -ela fala procurando forças e inspira fundo puxando fôlego. -Isso deixou minha saúde em risco e de certo modo da bebê, quando ela nasceu eu não me cuidava e a rotina que mantinha dobrei em questão de tudo. Nisso acabei comprometendo quase que 80% do meu pulmão, foi quando me achou desmaiada no quarto que Frederick descobriu tudo e me fez largar de fumar e proibiu qualquer tipo de bebida alcoólica comigo.

Nesse exato momento eu agradeci internamente ao tal Frederick, se não fosse por ele a Beatrice iria tirar a própria vida e da minha..é minha filha.

-O Frederick foi um homem incrível em minha vida, apesar de ter sido forçada a casar com ele, e ele ser bem mais velho eu aprendi a conviver com ele, e ele amou a Ivy e a mim incondicionalmente, além de me ensinar a ver que ela, aquela pequena é o meu mundo. -ela disse de maneira nostálgica e ja entregue a algumas lágrimas que rolavam por seu rosto. -A um tempo atrás desenvolvi um quadro sério de pneumonia, e fiquei meses internada Frederick tomou conta de Ivy e sempre deixou claro que ela tinha dois pais você e ele.

-Como assim forçada a casar com ele? Eu estava la Beatrice eu vi quando você pegou na mão daquele homem olhou pra mim e subiu naquele avião, a sua mãe a sua mãe que dizia nos apoiar me deixou claro que você só brincou comigo. -falei ja me exaltando e a pequena começou a se mexer então me calei.

-A minha mãe vivia dos caprichos do meu pai Henrique é óbvio que eu te amava, eu fui embora e daquele jeito pois sabia que somente assim você não insistiria. Ela falou tudo isso a mando dele nossa família estava passando por uma enorme crise e eu basicamente servi como a porra de uma moeda de troca. -ela falou chorando e tossindo algumas vezes, mas logo se acalmou.

-E em compensação você me deixou como um ser frio e incapaz de amar depois de sua ida. -falei e ela abaixou olhar.

-Me desculpe.. -disse ela me olhando. -Mas deixa eu terminar de falar, depois que me recuperei e voltei pra casa tudo voltou ao normal e nós vivemos bem por um longo tempo, mas mês passado Frederick morreu de ataque cardíaco e nos deixou. Eu sofri muito, muito mesmo e a Ivy sentiu muito a falta dele também, porém à umas duas semanas atrás eu comecei a tossir e cuspir sangue, pensei que pudesse ser a pneumonia que havia voltado, mas fiz exames e descobri que estou com um câncer pulmonar maligno em estado avançado. -ela falou e eu senti um impacto inimaginável. -Eu sei que tenho pouco tempo de vida Henrique e a Ivy não pode ficar sozinha, meus pais nos renegaram desde que descobri que estava grávida, o Frederick foi o meu refúgio o meu tudo e eu agradeço a ele infinitamente, mas eu não pude o amar nunca, porque o amor da minha vida sempre foi e será você. -ela falou me olhando nos olhos e chorando..

Naquele momento a minha cabeça estava a mil eu não conseguia pensar em nada nem sabia o que dizer. Tudo que acreditei, tudo que construir, as coisas as quais me privei tudo por causa de um enorme mentira e farsa.

-Beatrice eu não sei o que te dizer, como raciocinar, preciso sair. Fique a vontade la em cima tem quartos de hospedes toalhas e caso precise de algo a mulher que cuida da casa chegará em breve eu preciso raciocinar e processar isso tudo. -falei pegando a chave do carro e a deixando ali sem reação, bati a porta do apartamento e não sabia onde ir, só desci a garagem e saí.

Andrew Cavallier

Estava descendo as escadas quando ouvi a campanhia tocar, eu iria agora ao quartel, desde o nascimento de Noah eu não fui mais lá e isso faz quase 2 meses.

Desci rápido e fui atender antes que Mada viesse. Quando abri a porta me surpreendi ao ver Henrique com roupa de academia e com um olhar desnorteado.

-Preciso conversar. Você tem um tempo? -ele perguntou ainda do outro lado da porta e eu acenei com a cabeça e lhe dei passagem. -Onde está a Alessandra? -ele perguntou

-Lá em cima tentando pôr o Noah pra dormir, e dormir ele esta bem enjoadinho nesse caminhar pro segundo mês. -falei e ele entrou
-Vamos pro escritório..

Assim que entramos no escritório Henrique começou a passar a mão entre os cabelos e parecia extremamente perdido.

-Ela esta aqui Andrew, ela voltou eu tenho uma filha. -ele dizia coisas soltas e vagas com muito desespero na voz eu só vi Henrique assim uma vez à 5 anos atrás.

-Cara se acalma, você ta se excedendo muito eu nunca te vi assim, exceto pela vez que a... -falei e ele acenou com a cabeça que sim. -A Beatrice te abandonou. -finalizei e ele enfiou as mãos nos cabelos quase arrancando.

Flashback on

Estava organizando alguns papéis da empresa e também vendo as tabelas de carregamento da máfia na última semana. As coisas já estavam complicadas e agora com a saída do Henrique tudo piorará, a Sophia fez a iniciação tem pouco tempo e ainda se envolve pouco, mas ela precisará me ajudar a continuar tudo isso e ainda mais que ela está fazendo direito agora facilitará sua compreensão sobre tudo.

-Ela me deixou Andrew, me abandonou por outro. -tomei a droga de um susto quando Henrique passou pela porta aos berros falando.

-Que porra Henrique, mas que droga você tem, quase me mata de susto. -falei e ele estava com os olhos vermelhos parecia ter chorado eu acho, coisa que nunca vi acontecer antes.

-A Beatrice me deixou, ela me abandonou pela porra de um desembargador sei lá o que.. -ele disse andando de um lado a outro. -Mas eu juro Andrew e não é por ego, nunca vou procurar por ela e nunca vou me apaixonar mais na vida. -ele disse revelando uma frieza que eu ja conhecia, porém com uma intensidade jamais vista antes. Ele esta se fechando pro mundo e o lado sombrio dos Cerrachios estava se aflorando veementemente nele.

Flashback off

Henrique se acalmou e voltou a ser o homem impenetrável e imparcial que conheço, porém ainda assim eu pude ver que uma muralha que ele havia erguido tinha sido derrubada.

Depois de calmo ele me falou tudo e explicou toda a situação.

-Mas espera como ela entrou na sua casa, aquele lugar parece uma fortaleza? -perguntei.

-A Victória ela estava lá deve ter deixado ela entrar. -ele disse

-Mas e onde ela esta? Ela ja sabe? Vocês pareciam tão conectados nas últimas vezes que os vimos aqui e eu tenho quase certeza que vocês transaram na porra do banheiro de hóspedes, caralho Henrique aquela porra não tem proteção contra barulho. -falei e ele deu um breve sorriso, o primeiro desse dia.

-Eu não sei Andrew, eu só vi a Beatrice quando cheguei, não faço ideia de onde esta a Victória. Nesse momento só se passa a Beatrice e a menina na minha cabeça. -ele disse e eu não pude negar que a forma renegadora com que falou da Victória me fez achar estranho tudo.

-Sua filha irmão, a menina é sua filha. Mas não esqueça de falar com a Victória depois, ela deve estar assustada se sabe ao menos da criança. -falei apertando seu ombro.

-Obrigada irmão, foi muito bom falar com você, ja me sinto melhor. -ele disse se levantando. -Mas agora que as ideias se ajustaram eu preciso voltar la e falar com a Beatrice saber se ja começou tratamento ou algo do tipo.. -ele disse.









Eu vou pular pro próximo capítulo😶😶

Dominada pelo Ceo Mafioso- Livro II Da Série: Os Ceos Da MaffiaOnde histórias criam vida. Descubra agora