Capitulo 15

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Victória Marie

-Obrigada Henrique. -falei me encostando no banco do carro e massageando a têmpora.

-Não precisa agradecer.. -ele disse engatando a marcha do carro e saindo lentamente.

Nas últimas semanas mesmo com meus plantões noturnos eu e Henrique vimos nos encontrando bastante e transando mais ainda. Admito que não imaginava que seria tão bom ser dominada por alguém.

No início nós não dormíamos juntos, na verdade era impossível, por conta do meu trabalho e o dele em horários alternados, mas as poucas vezes foram maravilhosas dormir sentindo seu calor e envolvida por seus braços musculosos.

-Se quiser pode inclinar o banco e dormir.. Você ta quase batendo de rosto no painel do carro. -ouvi a voz grossa mais gentil de Henrique falando comigo e me virei para encara-lo.

Henrique Cerrachio

Essa loira vem ocupando um espaço estranho em minha vida e realmente estou pensando em afastar ela um pouco, não quero nem imaginar em viver tudo que aconteceu cinco anos atrás.

A loira que ja estava entregue ao sono ao meu lado estava com uma fisionomia tão tranquila e doce no rosto  apoiado em sua mão. Havia dito a ela para inclinar o banco, mas suponho que ela mal me ouviu.

Quando chegamos ao seu apartamento Victoria ja parecia estar sonhando suponho pelos sorrisos que dava de leve. Desci do carro e a peguei nos braços para levar até seu apartamento.

Acenei com a cabeça pro porteiro que me olhou um pouco espantado, pela situação, normalmente ele não nos ver assim. Gentilmente o senhor de certa idade apertou o botão do elevador pra mim que não demorou a chegar.

-Obrigado. -o agradeci e ele sorriu respondendo.

Assim que o elevador abriu e sai de la com ela nos braços, o problema se tornou pegar sua chave na bolsa, o que desisti logo de cara, peguei então meu celular e pus num programa desenvolvido pela Enterprise Tecnologias recentemente, que é capaz de decodificar as trancas desse modelo que usam um cartão-chave.

Caminhei até seu quarto e a pus na cama, ouvindo resmungos seus.

-Henrique, você pode ficar? -ouvi dizer com a voz embargada e manhosa, mas sem abrir os olhos.

Tirei os sapatos e deitei ao seu lado, pensei que fosse se aninhar em meus braços, mas ao invés disso ela se encolheu toda, provavelmente pela temperatura do ar-condicionado, a enrolei e puxei pra mais perto.

"Christian, não irei a empresa hoje pela manhã, passe todos meus compromissos pra tarde"..

Enviei a mensagem ao meu secretário e larguei o celular na cômoda ao lado da cama. Fiquei ali olhando pra Victória que dormia com a respiração calma nos meus braços. Senti minhas pálpebras pesarem um pouco e logo me rendi ao sono.

[..]

Acordei sentindo mãos contra meu corpo o empurrando devagar, abri os olhos ligeiramente pra ver.

-Desculpa, te acordei.. -ela disse meio envergonhada. -É que seu braço tava em torno de mim e você é forte não consegui tirar. -ela disse sem jeito, parecia também surpresa de me ver ali, acho que não lembra de ter me pedido pra ficar.

-Não, sem problemas. Que horas são? -perguntei a soltando de meus braços.

-Não sei, meu celular estava na bolsa e eu nem sei onde ela esta.. -ela disse arrumando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

Peguei meu celular na cômoda e vi as horas.

-São 10h15.. -falei me levantando e ela ficou me olhando.

Dominada pelo Ceo Mafioso- Livro II Da Série: Os Ceos Da MaffiaOnde histórias criam vida. Descubra agora