Capítulo 33

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Victória Marie

Acabo de sair do hospital e ja está anoitecendo, os dias estão ficando um pouco mais frios em Florença.

Gaspar já a postos abre a porta do carro assim que saí da porta do San Vicente, os últimos dias foram bem estressantes, muitas coisas vem acontecendo no Hospital desde meu anúncio sobre a administração, sobre ele, depois da morte de meu avô.

-Pra casa Gaspar.. -falo ao motorista assim que ele liga o carro.

Agora vendo as pessoas e árvores passando pela visão da janela do carro, senti falta de dirigi novamente, porém jamais dispensaria o Gaspar, sei que ele é de confiança e eu logo me cansaria da tensão das estradas.

...

Assim que cheguei em casa tomei um banho demorado de banheira pois ainda tinha tempo, hoje irei me encontrar com o Henrique, desde o dia do jantar na casa da Alê não nos vimos. E nesse meio tempo aconteceu muitas coisas, como o início do tratamento da Beatrice, o Hospital me ocupando ao máximo e sem contar o Henrique tendo de resolver problemas de pai, como a escola da Ivy.. Mas o melhor desses dias que não nos vimos é que a minha menstruação acabou e aproveitei isso ontem e fui no SPA fazer tudo que tinha direto, cabelo, unhas, massagem e uma excelente depilação.

Saí da banheira e fui ao meu closet escolher uma roupa. Pus uma lingerie branca e um vestido vermelho vinho justinho, meus cabelos ja estavam muito bem então os deixei soltos.

Já se passava das 20h20 da noite quando estava finalmente arrumada e a campanhia tocou.

-Oi linda.. -Henrique disse assim que abri a porta. Ele estava como sempre impecável, com uma camisa branca de botões abertos na frente, calça de alfaiataria e seu belo relógio no braço, seus cabelos negros sempre penteados pra trás traziam um brilho indicando que acabou tomar banho também.

-Oi moreno lindo. -falei brincando e ele riu.

-E então pronta? -perguntou pondo as mãos no bolso, como ele fica gostoso nessa postura.

-Sempre.. Vamos. -respondi lhe dando uma piscadela e peguei minha bolsa no sofá.

No caminho até o carro ele manteve suas mãos na base da minha coluna e aquilo me fez querer suas mãos em outro lugar, ja que o tecido impedia um toque pele a pele.

....

-Vou querer um Pozole e vinho branco, e como sobremesa... Palanqueta. -falei deliciada só de olhar o cardápio.

-Pra mim um Chili de Carne, e de sobremesa o mesmo que ela, mas traga a garrafa do vinho branco. -Henrique disse por fim e o garçom anotou tudo, recolhendo os cardápios e saindo.

-Meu Deus Henrique você me trouxe pro paraíso na Itália. -falei encantada com o lugar que representava perfeitamente os restaurantes do México.

-Você me disse que tinha descendência mexicana, então quis te trazer a um lugar a caráter, somente isso linda. -falou olhando no fundo de meus olhos, eu amo quando ele faz isso, me passa uma confiança boa.

-Sim, meu pai é mexicano.. Mas faz tempo que não fui lá e vir aqui nesse ambiente me lembrou muito a comida de minha nona. -falei me emocionando de lembrar dela.

-Entendo, não costuma os visitar? -ele perguntou e eu realmente engoli a seco, esse assunto me pega.

-Bom pra resumir história, assim que meu pai descobriu que minha mãe estava grávida começou a se afastar dela, dizia que minha mãe engravidou pra lhe prender. Mas a dor maior dele foi saber que ela esperava uma menina. -falei respirando fundo e sentindo uma pontada de mágoa me atingir.

-Se não quiser falar sobre, não precisa. -Henrique disse, mas eu continuei. Esse assunto não pode se tornar algo que me faça perder a voz sempre.

-Não, esta tudo bem. -falei tomando um pouco d'água. -Minha mãe voltou com meus avós maternos pra Itália, pois meu avô havia se mudado pra lá durante sua segunda especialização em cardiologia, ele vivia dizendo a minha mãe que ela foi burra e que nunca gostou do meu pai mesmo. Mas mamãe costuma dizer que sentia que no fundo ele só falava aquilo porque via a dor nos olhos dela pelo abandono, porém quando eu nasci não houve mais espaço na vida do tão durão Vicente Bessa, eu era a princesa dele. -sorri ao lembrar dele brincando comigo na sala de estar todas as tardes.

Parei de falar no exato momento em que o garçom chegou com nossos pedidos à mesa e tudo cheirava muito bem.

Enquanto comíamos nos limitamos a falar. Estava tudo muito quente, literalmente pois além da temperatura do pratos é marca registrada do México pratos apimentados.

-Então você não teve muito contato com seu pai? -Henrique perguntou voltando ao assunto onde parei.

-Na verdade minha mãe sempre tornou a imagem, falada obviamente dele, presente em minha vida. Mas a minha nona nunca deixou de me levar para passar as férias na casa dela e eu mal via ele durante esse período, pois vivia ocupado com os negócios aos quais tem realmente amor, tanto que... -palei ao tentar falar aquilo em voz alta pois ainda doía e Henrique solidariamente e de forma carinhosa, o que não era muito seu feitio, passou a mão sobre a minha alisando_a.

-Mas e sua vó você não vê ela a tanto tempo assim?

-Não, não. Na época que a Alê e o Andrew encontraram o Matteo e eu estava fora fui visitá_la ela estava um pouco doente, mas não demorei muito, tanto pelo Hospital como pela presença irritante de meu pai, naqueles dias. -falei me recordando das eternidade que foi aqueles dias.

Depois de conversámos sobre mim, terminamos nossos pratos a maravilhosa sobremesa chegou.

Assim que pus um pequeno pedaço da palanqueta na boca, soltei um gemido gratificante, pelo gosto maravilhoso ao qual fui privilegiada.

-Se você continuar gemendo assim, você é que vai ser a sobremesa. -ele disse olhando sério e naturalmente pra mim.

-Mas e você como foi sua vida, quer dizer sua mãe faleceu você era bem pequeno e quanto ao seu pai? -falei curiosa e ele me deu uma olhada de canto de olho, pois sabia que além da curiosidade eu queria mudar de assunto, pois sua fala me fez corar.

-Bom como você sabe minha mãe morreu eu ainda era muito pequeno, mas durante o tempo que pouco me lembro com ela, fui muito feliz. Depois de sua morte morei um tempo com uma tia-/avó, que era tia dela que antes de falecer me deixou com meu pai no Brasil.

-Mas e o relacionamento de vocês era bom? -indaguei curiosa.

-A princípio não muito, por motivos que não vêm ao caso. -disse parecendo querer evitar algo de mim. -Mas a mãe da Marylu a Mahar, ela era incrível e fez com que aos poucos o meu relacionamento com o tão distante Eduardo Cerrachio se modificasse, porém com a chegada da Marylu é que tudo realmente mudou ela tinha/tem nem sei. -ele disse passando a mão na testa. -O dom de fazer com que nossa vida juntos fosse harmoniosa e boa, ela sempre foi a luz da família.

-Ela é realmente um amor. -falei me lembrando da mais doce das pessoas que ja conheci na vida a Marylu. -Mas e onde eles estão agora? -continuei curiosa quando ele parou.

-Mortos. -disse de uma vez e eu me assustei, não esperava exatamente ouvir isso. -Num acidente, no qual a Marylu sobreviveu, pelo que todos dizem ser um milagre. -ele disse num suspiro profundo.

-Sinto muito. -falei apertando sua mão por cima da mesa.

-Obrigada linda. -falou esfregando o polegar no dorso de minha mão.

-Mas e ai como esta sendo essa fase de adaptação de ser pai? -perguntei debochando dele. Só consigo lembrar do dia que a Ivy pediu para que eu pentear seu cabelo.

-Bem difícil, não vou negar. Mas a Ivy é uma garota inteligente e compreende muito bem as poucas coisas que sabe, levei ela para visitar a mãe no hospital, ia até lhe ver, mas me disseram que estava com o Scott então resolvi não ir. -ele disse com desdém, sei que não suporta o ruivo. -Ela começou a estudar e bom aos poucos vamos nos adaptando, hoje ela esta na casa da Alê. -falou e eu concordei balançando a cabeça enquanto comia. -O que me lembra que temos uma noite pra começar. -falou mudando seu tom de voz, pra mais sexy e grave....




Pula pro próximo capítulo que hoje teeem🗣❤prometi maratona então daleeeee

Dominada pelo Ceo Mafioso- Livro II Da Série: Os Ceos Da MaffiaOnde histórias criam vida. Descubra agora