Capítulo 45

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Victória Marie

Não que seja algo normal ele ser mafioso, mas acho que até isso eu poderia passar por cima de meus princípios e perdoar. Mas eu o amo, eu os amo e as pessoas em quem confiei simplesmente não falaram a verdade pra mim.

Sai correndo de lá e mesmo sabendo que aquele lugar tinha acontecido mortes, quando desci não vi mais nenhum cadáver.

Cheguei em casa e quando estava subindo a escada pude ver a porta do quarto de hóspedes aberta, olhei pra dentro e vi que meu pai acabara de pôr a mala em cima da cama, provavelmente ia desfazê-la.

-Pai.. -falei baixinho e o encarando de costas, ele rapidamente se virou pra mim e pareceu surpreso ao me ver.

-Achei que não viesse agora.. -ele disse e eu abaixei o olhar fungando o nariz. -Ei filha o que acon.. -eu não deixei que ele finalizasse corri até seus braços e o abracei com força e ele a mim, não pude mais conter nenhuma lágrima e comecei a chorar em seus ombros..

Suas mãos alisam minhas costas enquanto chorava ali, ele parecia não entender nada exceto que eu precisava daquele abraço naquele momento.

-Me tira daqui.. -pedi com a voz abafada em seu pescoço.

-Mas você...-ele continuou e eu apertei ainda mais forte e ele compreendeu que eu não queria falar. -Está tudo bem.. Ligarei para minha assistente e mandarei que avise ao piloto, ele esta na cidade podemos ir pra onde quiser..

-Eu não quero decidir, só me tira daqui.

-Esta bem, esta bem..

[...]

Ainda sentindo uma forte dor no peito e uma vontade incontrolável de chorar eu fui arrumar minha mala, pondo só o básico.

-Esta tudo bem? -meu pai perguntou entrando devagar em meu quarto.. -Descobri que aqui tem um heliporto e contratei um serviço de helicóptero para nos levar até o aeroporto, mas me diz Victória você realmente quer ir?

-Sim papai, ao menos nesse momento sim. -falei com a voz rouca de tanto chorar e ele concordou.

-Estou te esperando na sala, o helicóptero já esta aqui.. -ele disse e concordei fechando a mala.

[...]

Olhei para a pista e senti o avião começar a levantar pouso, e as luzes do aeroporto todas quase me deixavam perdida ali.

Minha mente se voltou pra aquela cena, aqueles carros atrás de mim, aquela câmara no closet do Henrique e principalmente o fato deles terem me enganado de terem omitido algo tão sério de mim como se eu fosse burra, me manipulando. A Alessandra, minha melhor amiga, minha irmã me deixou sem saber de nada sendo que sempre confidenciamos tudo uma a outra.

...

Quando o avião ja estava no ar, senti um forte enjoo e logo passou pela minha mente a droga da minha adolescência com aqueles casos de vomitar toda vez tudo que comia, por me sentir mal com o desprezo do meu pai...

Soltei o cinto e corri até uma cabine no fim do corredor do elevador e assim que abri a tampa da privada vomitei tudo que deu..

Quando voltei pra onde estava meu pai me olhava preocupado.

-Você esta bem? Enjoa quando viaja?

-Sim estou, na verdade não, mas suponho que sei o que ocorreu.

-Chamei a aeromoça e ela deixou esse comprimido ai, vai te fazer dormir nesses 14 horas de viagem e você precisa.. -ele disse e concordei forçando um sorriso de canto a ele.

Dominada pelo Ceo Mafioso- Livro II Da Série: Os Ceos Da MaffiaOnde histórias criam vida. Descubra agora