Capítulo 42

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Victória Marie

Estou na minha sala agora vendo alguns papéis do Hospital, desde que minha avó faleceu e bom eu e Henrique começamos a namorar, eu não demorava mais o dia todo aqui.

Foram dias muito bons, a Ivy começou a fazer balé pela tarde e eu a acompanhava algumas vezes, minha relação com o Henrique ia muito bem, apesar que dias atrás nós ficamos um pouco mais afastados, ou eu que estou paranoica. Recentemente tive de tirar o chip-anticonceptivo e ainda não sei se quero adotar ao método da pílula, o que fez com que eu e Henrique tivéssemos que nos cuidar a esse respeito, porém acho que ele não gostou muito da ideia, ja faz quase 3 dias que não nos vemos e ele parece sempre estar tão ocupado e preocupado com algo.

Na verdade tudo anda meio diferente com todo mundo esses dias, Alessandra e Andrew resolveram viajar pra o Brasil, disseram que seria uma viagem curta como não tiveram lua de mel, levaram o Noah e o Matteo acabou ficando com a Helena, mas pareciam estar mais preocupados que entusiasmados...

Comecei a mexer na pulseira que Henrique me dera e sorri lembrando dele, afastando todo pensamento negativo que me pairava.



[....]

Quando ja era meio-dia eu estava me sentindo extremamente cansada, fui então pra casa e preparei um risoto de carne e salada de manga. Mandei mensagem pra Henrique perguntando se queria vir almoçar comigo e trazer a Ivy antes dela ir pro balé, ele não respondeu até o então momento.

..

Estava somente de roupão em frente ao espelho procurando uma roupa quando ouvi a campanhia tocar, corri pra atender na espectativa de ser Henrique.

Assim que abri a porta o sorriso que trazia em meu rosto se desfez, e uma cara de surpresa me atingiu ao ver o meu pai na frente da porta.

-Pai? -falei me certificando de que fosse o mesmo, que hoje mesmo com seu habitual terno, trazia consigo uma certa leveza no olhar e bom uma mala nas mãos.

-Oi Victória. -falou com uma voz calma e parecia entusiasmado. Fiquei o olhando desacreditada por uns longos segundos e ele perguntou: -É bom posso entrar? -sai do desvaneio e dei-lhe passagem para entrar.

Fechei a porta e ele pondo a mala ao lado se virou pra mim.

-É você aqui? -perguntei sem acreditar..

-Sim, vim vê-la, quer dizer você semanas atrás disse que podia vir, mas se isso te incomodar.. -ele começou e eu sacudi as mãos em sua frente com sinal de que não continuasse com aquilo.

-Não de forma alguma, quer dizer senta.. -falei e fomos até o sofá e nos acomodamos.. -Quer dizer não imaginei que fosse de fato vir.. -falei com um certo tom de mágoa, pois em 23 anos de vida ele nunca veio me visitar.

-Eu prometi a sua avó que faria o impossível pra mudar as coisas Victória e irei fazer, farei por você. -ele disse e eu mal pude acreditar, aquele homem que me desprezou por anos agora falando isso.

-Não que eu vá impedir, mas fácil não é Rogelio, você deixou claro àquela garota de 15 anos que não queria ter tido ela e que foi ainda pior descobrir que era uma menina, não é tão fácil assim. -falei me lembrando do dia que ouvi quando descia as escadas minha nona pedir a ele que ficasse mais em casa nos momentos em que eu estivesse lá e ele com todas as letras dizer que "nunca quis ter filhos, e foi ainda pior quando Paola disse que se tratava de uma menina, como diabos vamos das seguimento ao legado da família". E aquilo doeu muito e eu jamais esqueci.

-E você pode ter certeza que me arrependo daquilo amargamente, é como a droga de uma doença, por noites eu não consegui dormir vendo seu rosto subindo a escada lavado em lágrimas após me ouvir dizer aquilo. -ele falou parecendo sincero.

Dominada pelo Ceo Mafioso- Livro II Da Série: Os Ceos Da MaffiaOnde histórias criam vida. Descubra agora