Victória Marie
Assim que cheguei ao meu apartamento parecia que tudo estava sem vida, o meu mundo estava sem vida. Pus o meu celular no carregador, e fui tirando a roupa e coloquei a banheira pra encher.
Já por volta das 20h:00 quando sai do banheiro e peguei o celular, vi que haviam muitas ligações e mensagens de minha mãe, Henrique, Alê até do próprio Andrew.. Resolvi ligar pra Henrique, queria muito vê-lo e somente amanhã iria falar com a Alê e ligar pra minha mãe.
O celular começou a chamar e a ligação caiu, logo depois liguei novamente e dessa vez ao quarto toque a ligação foi atendida.
Ligação on
-Alô Henrique? -falei com a voz baixa e o ouvi respirar fundo do outro lado da linha.
-Oi Victória.. -ele disse com a voz fraca e parecendo cansada.
-Poderiamos nos ver.. -falei de uma vez, não queria prolongar mais a conversa em chamada.
Houve um silêncio de sua parte e o ouvi respirar fundo.
-Sim, mas não poderei ir ai..
-Ok, você esta em casa? Eu vou ai. -falei e ele concordou murmurrando. -Então daqui a pouco chego ai.
Ligação off
Não é que eu quisesse transar ou algo do tipo, eu só queria sentir o calor dele, só queria desabafar com ele e me sentir menos só. Sei que devo ter assustado a todos com meu repentino sumiço, porém acredito que a essa altura todos ja saibam da morte de minha vó ela era a dona da maior empresa de lapidação e exportação de pedras preciosas do continente Americano, o que faz com que sua morte seja divulgada.
....
Bati a porta e logo ela foi aberta pelo homem que julgo ser o mais lindo do mundo, só em ver ele senti meu coração bater mais rápido. Ele não parecia muito bem, sua fisionomia parecia cansada e tinha cara de quem não dormia a dias, entendo bem isso.
-Henrique... -foi a única coisa que eu falei antes de correr até ele e o abraçar com todas as minhas forças, ele não retribuiu o abraço repentino de cara, mas logo senti suas mãos contornando meus ombros e ele se agarrou a mim e a fechou porta atrás de nós.
-Linda.. -ele disse baixinho e beijou o topo da minha cabeça.
Ergui meus olhos até encontrar com os seus e sussurrei:
-Desculpa..
Era como se quando olhássemos no fundo dos olhos um do outro, não houvesse espaço pra nada mais, estabeleciamos uma conexão indecifrável somente em nos olharmos. Ele me ergueu e eu enlacei minhas pernas em seus quadris com o rosto afundado no seu pescoço. Henrique caminhou comigo até o sofá e se sentou, eu dobrei minhas pernas e continuei o segurando firme antes de olhar outra vez nos seus olhos.
-Eu sei o que houve, sinto muito pela sua perda.. -ele falou após alguns minutos de silêncio, acredito que deve ter sentido as minhas incontroláveis lágrimas molhar sua roupa. -Quando você sumiu Victória tão de repente e ninguém sabia de sua localização eu enlouqueci, você não atendia ao celular e ninguém sabia onde poderia ter ido e o que acontecera. Usei um código da empresa e consegui quebrar a segurança do seu celular e vi que partia a outro continente. Passei a madrugada monitorando o mínimo de sinal que aparecesse e foi quando vi que ele voltou a se estabelecer no México. Não sabia o que poderia ter te levado até lá e comecei a procurar informações, até que achei de que sua avó havia dado entrada em estado grave ao hospital, estava em manchetes por ela ser conhecida. -ele fala com uma voz calma e reconfortante, mas algo mais parecia estar errado.
-Sim.. -falei me desgrudando de seu pescoço e olhando pra ele de frente. -Ela se foi Henrique, ela se foi e eu quase não pude me despedir dela. -falei e meu rosto voltou a ficar molhado de lágrimas.
-Mas você conseguiu linda, você conseguiu.
-Eu fiquei tão desesperada que eu acabei esquecendo de avisar e na verdade eu queria tanto que vocês estivessem lá. -falei ainda soluçando com as lágrimas que invadiam meu olhar.
-Vic, tem uma coisa que preciso te falar, eu ia até lá pra te ver eu ja estava quase partindo. Mas...., me celular tocou no momento em que eu fui levar a Ivy pra casa da Alê e me informaram que a Beatrice, ela.. -ele começou e logo parou, não por estar chorando, porque não estava, mas por parecer lhe faltar palavras.. -Ela teve uma insuficiência pulmonar, basicamente completa e teve uma parada cardíaca e ela, ela morreu. -quando Henrique acabou de deferir aquelas palavras meu peito se apertou ainda mais com sua dor..
-Eu.. Eu não sei o que dizer. -foi o que saiu de minha boca e o abracei novamente de maneira ainda mais forte e ele a mim e assim ficamos, tentando da nossa maneira conectar nossas dores e amenizá-las.
Sei que Henrique sente um carinho especial pela Beatrice, afinal ela é mãe da filha dele e eles tiveram um história, e a Ivy então deve estar tão arrasada.
-A Ivy não vem dormido bem e ficou bem mal, afinal ela é só uma criança e mesmo que a mãe viesse falando disso com ela, ainda assim ela é uma criança. -ele disse e eu o olhei passando a mão em seus cabelos, ele olhou no fundo dos meus olhos e ficamos perdidos um no outro. Era bom ouvir Henrique falar comigo, desabafar e era pra mim melhor ainda saber que ele se abria comigo e poder falar com ele também.
-Papai... -ouvimos a voz de Ivy baixa vindo pela escada.. Sai de cima do colo de Henrique e ele se levantou indo até a pequena.
-Oi filha.. O que foi? -ele disse a pegando no colo.
-Não consigo dormir.. -ela disse esfregando os olhos.
-Oi pequena. -falei chamando sua atenção e ela se virou pra mim.
-Vic, você voltou. -falou com um pouco de empolgação em sua voz..
-Sim minha florzinha, agora vem aqui. -falei e me levantei a pegando no colo, senti seu corpo quente quando ela me abraçou. -Henrique ela ta muito quentinha, com certeza tem febre. -falei e ele concordou com a cabeça.
-Sim ela teve febre e eu dei o remédio que o pediatra passou, logo depois a coloquei pra dormir.
-Papai eu não quero dormir sozinha.. -ela disse se virando pra o homem a minha frente que parecia perdido pela primeira vez.
-Ok pequena, você pode dormir no meu quarto.. Eu ja te levo..
-Você parece cansado Henrique, deixa que eu a levo e cuido dela enquanto você toma um banho. -falei e ele respirou fundo, mas não discordou.
..
Deitei a pequena na cama e logo depois Henrique veio atrás de nós e entrou no banheiro.
-Vic, você pode me contar uma história? -ela disse quando a pus na cama passando a mão em meus cabelos e rosto.
-Sim minha linda, mas é claro. Agora chega só um pouquinho pra lá, ai eu deito e te faço companhia enquanto conto a história. -dito isso ela chegou um pouco mais pro meio da cama e me deitei ao seu lado passando a mão em seu cabelo. -Era uma vez uma garota chamada, Bella.......
Eu destruí o meu coração e tô catando os pedacinhos aqui gente, amo vcs😍❤
Continuem a interagir e amanhã teremos salto no tempo e talvez dois capítulos.
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Dominada pelo Ceo Mafioso- Livro II Da Série: Os Ceos Da Maffia
RomanceCapa feita por @falaserionati Victória Marie Bessa, uma jovem médica que ama sua liberdade, vive intensamente cada momento e não pensa em se apaixonar. Melhor amiga de Alessandra Berruti, ela vive no meio de seus amigos, mas não sabe exatamente o qu...