Shine - Taemin

Capítulo 12

O toque dos seus lábios eram como pequenos marshmallows cor de rosa, extremamente macios. Apenas um toque e senti como se estivesse voando para longe.

Quando me afastei tive que respirar fundo para não cair para trás. Os olhos de Taemin estavam arregalados e as bochechas levemente avermelhadas.

Ele não falou ou se moveu.

— Me desculpa, eu... — não conseguia encará-lo, o arrependimento começava a me consumir. Não sabia qual desculpa para o meu ataque. Com cuidado me afastei.

— Não! — A voz rouca fugiu da sua garganta como um rosnado e quando o encarei, os seus olhos eram negros e não parecia mais perdido.

Taemin se aproximou e segurou meu punho. Foi um choque, mas quando ele me puxou de volta e segurou meu rosto com as ambas mãos, mãos grandes e quentes.

Seu olhar penetrante me sucumbiu, minhas pernas perderam o sentido e quando a sua língua se encontrou com a minha, fazendo com que sentisse o seu gosto, minhas pernas falharam. Não era como se eu ainda tivesse muita força nelas. Só não escorreguei para o chão porque antes disso acontecer, Taemin me segurou pela cintura me puxando para cima, afundando mais o beijo.

Com cuidado, ele me ergueu em seu colo sem desgrudar o seus lábios do meu, claro que não reclamei nada já que não queria soltá-lo. Queria beijá-lo pelo resto da vida, até que não houvesse mais fôlego, que não houvesse mais mundo para voltar.

Ele me deitou no sofá e por cima de mim, encostou seu corpo no meu, mas nunca pensando demais e para isso, ele se encaixou entre minhas pernas e foi quando ergui meu quadril para buscá-lo, senti a sua excitação roçando a parte interna da minha coxa.

Eu respirei fundo, mas era impossível, já não tinha muito ar para buscar e ver que ele estava duro por mim, meu corpo queimou mais ainda.

— Espera! — Taemin se afastou bruscamente levando o ar consigo e me deixando afogar.

— O que foi?

Seus olhos brilharam quando tocou minha barriga.

— Ele está se mexendo. — Ele abaixou na altura da minha barriga e rindo, acariciou. Yuri se movimentou mais uma vez. Taemin gargalhou.

— Normalmente a essa hora ele se mexe bastante.

Relaxei meu corpo no sofá e suspirei. O calor ainda me consumia e queria gritar com Taemin por se afastar, mas fiz o possível para não fazer isso.

— Desculpe, garoto. Prometo não tocar mais na sua mãe com segundas intenções.

— Ei, não sou eu que deveria decidir isso?

Ele sorriu e se aproximou novamente, encostando seu nariz ao meu.

— Se ele não tivesse me impedido, eu poderia te devorar aqui e agora. — Seu rosto corou e eu sorri. — Que cheiro é esse de queimado?

— A água!

Tinha esquecido completamente da água fervendo. Aquela altura devia ter secado e começado a queimar a panela.

Empurrei Taemin e corri para a cozinha e como estava esperando, a janela queimava. O cheiro insuportável enchia a cozinha e tive que abrir todas as janelas para que a fumaça dissipasse.

— O que você estava fazendo? — Os olhos arregalados de Taemin estavam congelados assim como ele.

— Estava fervendo água para colocar os pés, mas acabei esquecendo e...

Taemin atravessou a cozinha e me abraçou.

— Não me mata de susto, eu te imploro. — Ele tremia.

— Desculpa, não foi de propósito, eu juro.

— Não deixe nada no fogo se não for ficar ao lado, está bem? — Ele se afastou com cuidado e lágrimas enchiam os seus olhos.

— Eu prometo, agora se acalme. Está tudo bem.

Ele ainda tremia, seria uma crise de ansiedade também? De pânico?

Eu o abracei novamente e não o larguei até que ele estivesse mais calmo.

— Obrigado. — Ele fez carinho em meus cabelos e beijou o alto da minha cabeça. Ele respirou bem fundo e ajeitou a coluna. — Acho que no final de tudo preciso de um banho gelado. — Ele forçou um sorriso.

Taemin trouxe sua mala para dentro e acabou usando a vaga da garagem para guardar seu carro alugado.

Não consegui esperá-lo, enquanto ele demorava no banho me joguei na cama e afundei, meu corpo era leve, estava tão cansada que não percebi quando dormi ainda sentindo os seus lábios e seu corpo no meu.

Acordei repetidamente com Taemin beijando minha testa.

— Você está realmente aqui. — murmurei ainda imersa no breve sono que tive. Sorri feliz.

— Sim, estou aqui. — Ele tocou minha bochecha.

— Preciso tomar banho. — reclamei enquanto me afastava e me arrastei para fora da cama.

Não escutei o que ele disse, ainda estava sonolenta e só acordei quando finalizei o banho quente que apesar de não ter tirado meu desejo de Taemin me deixou mais relaxada.

Tinha esperanças de que quando saísse do banho ainda poderia falar com ele, perguntar diversas coisas e ouvir um pouco mais da sua voz pessoalmente. Fazia tanto tempo que estava cansada de apenas tentar lembrar de como ela soava, mas Taemin já dormia pesadamente ocupando quase a cama inteira.

Acabei me enfiando debaixo do seu braço e dormi sentindo o seu cheiro viciante, com o seu calor e mesmo se mexendo o tempo todo e me despertando, fiquei feliz dele estar ali.

Bem cedo, levantei para correr para usar o banheiro e quando voltei percebi que Taemin dormia apenas de cueca, toda a sua roupa estava jogada no chão e todo o seu volume apontava para cima.

Acabei gritando com a imagem.

— O que foi? O que foi? — Taemin se levantou procurando o que estivesse de errado, mas ele nunca encontraria já que estava desnorteado demais. — O que aconteceu? — Ele bocejou quase caindo de volta para cama.

— Você está...— engoli seco e olhei para o outro lado. — sem roupa.

Apontei e ele começou a rir.

— Desculpa, eu acabo tirando a roupa quando durmo. — O som do tecido se tornou alto e foi quando senti confiança para olhá-lo novamente.

Ele poderia estar vestindo sua bermuda, mas ainda estava sem camisa e com os cabelos bagunçados.

— Tem vergonha de ver seu namorado sem roupa? — Sua mão estava na cintura e ele me encarava provocando.

— Só foi uma surpresa... e namorado?

Ele pegou minha mão e puxou para o seu colo depois que sentou.

— É. — Ele beijou minha bochecha e deitou novamente, dessa vez me deitando junto e me prendendo em seus braços. Meu rosto queimou quando o senti encostando por trás. Ele bocejou.

— Eu sou sua namorada? — sussurrei a pergunta e agradeci por ele não estar vendo meu rosto porque estava envergonhada demais.

— Não vai me dizer que estava apenas me usando ontem.

— Não...

— Então acho que agora somos um casal, não é? — Ele enfiou seu nariz entre meus cabelos e sentia sua respiração contra minha nuca, causando terríveis arrepios.

— Eu acho que sim.

Uma felicidade estranha encheu meu peito e só queria poder colocá-la para fora.