Shine - Taemin

Capítulo 24

Capítulo 24

Até a meia noite, tudo estava perfeito.

A festa de 100 dias de Yuri foi até tarde, pelo menos para os adultos. Todos se divertiram, mas quando deu meia noite, a ficha caiu. Faltava poucas horas. E ele parecia nem se lembrar.

Taemin fez algumas viagens até o apartamento para levar todos os presentes, seus pais até em casa e deixar minha mãe em nosso apartamento com Yuri.

Fiquei por último.

— Por que não estamos indo para casa?

— Não quero ir para casa agora.

— Mas Yuri, ele...

— Sua mãe está com ele, não fique preocupada. Só quero ter um momento a sós com você.

Entendi o que ele quis dizer. Fazia muito tempo que não tínhamos um momento só nosso. Concordei e deixei que me levasse para onde quisesse.

Ele alugou um chalé apenas para nós.

Velas iluminavam o local e dava um ar totalmente romântico.

Taemin não me deixou falar.

Ele trancou a porta e antes que eu falasse qualquer coisa. Ele me agarrou por trás e depositou beijos demorados em meu pescoço, depois subindo pela orelha. Sua mão deslizou pelo meu vestido o liberando do corpo.

Deixei os seus toques me levarem para longe.

Não havia palavras doces ou provocativas, apenas nossos corpos ressoando pelas quatro paredes do quarto.

Ao tocar os seus cabelos curtos, lágrimas fugiram dos meus olhos, mas não deixei que ele visse o meu desespero de não deixá-lo ir.

Só percebi que ele também chorava quando vários soluços escapavam da sua garganta e ele desistiu de segurar.

Ambos adormecemos entre beijos e lágrimas.

Ele se foi na tarde seguinte.

Não poderia usar o celular, mas ele disse que levaria por segurança. O endereço para envio de cartas foi deixado na porta da geladeira. A maioria das suas roupas ficaram para trás já que a farda seria usada o tempo todo.

Uma caixinha cor de rosa também foi deixada em cima da nossa cama. Ele não me autorizou a abri-la. E mesmo não estando ali, a sua letra clara dizia: "Espere sentir saudade."

Eu já estava com saudade.

Descobri que era uma caixa cheia de cartas. E puxei a primeira.

"Você não esperou, certo? Você é teimosa demais. Provavelmente sai de casa há minutos. Não podia esperar mais um pouco?"

Não!

"Mas está tudo bem, no momento que pisar o pé para fora de casa, vou sentir falta de cada detalhe seu. Não fique brava, mas você vai perceber que o seu moletom favorito sumiu. Está comigo. Precisava de algo mais concreto seu, uma foto apenas não irá me manter longe de você."

Lágrimas borram minha visão e tudo que conseguia fazer era rir.

"Se cuida, está bem? Em breve estarei de volta para você e nosso filho.

Ps: Não o deixe esquecer de mim.

Eu te amo para sempre. Tanto longe quanto perto."

Li todas as cartas na primeira semana. Reli uma por uma até que novas cartas chegassem toda semana. Diferente das que deixou, as novas contavam sobre os seus dias servindo no exército coreano. Sempre que me contava como se sentia lá dentro, o desejo era de buscá-lo e protegê-lo, mas era o seu dever e apesar de tudo, ele queria ser o orgulho de todos.