Por mais que a tristeza estivesse me consumindo naquele dia, quando Taemin posou na Coréia fez questão de fazer com que eu não me sentisse sozinha mandando mensagem sempre que tinha tempo. O que era pouco, mas o suficiente para suprir a saudade que já sentia dele.
Quando ele demorava muito, o medo de desaparecer novamente me fazia roer as unhas. Como eu podia estar tão viciada nele tão rápido?
O alívio de todas as noites era sentir o seu perfume ainda presente no lençóis e travesseiros. Era como um relaxante que fazia dormir rapidamente. Só faltava o seu calor para me sentir completamente satisfeita.
Sempre que acordava, a primeira coisa era ver cada um dos vídeos que ele fazia questão de gravar mostrando o que tinha feito durante o dia. Era incrível o tanto de pessoas que lotavam os seus fanmeeting e ele parecia tão feliz mesmo quando estava cansado que era óbvio que ele realmente amava o que fazia.
Tentei me aproveitar mais do seu mundo e entrei nos fã-clubes. Primeiro nós brasileiros e quando tive mais coragem, nos internacionais. Acabou que meu celular vibrava tanto que tive que silenciar tudo, mas fiquei feliz em ver que eu não era a única que estava caída pelo o seu jeito apaixonante.
— Por que eu tenho que pagar para entrar no seu fa-clube? — Franzi os lábios, chateada. Ainda não conformada, precisava ser premium para entrar no grupo coreano.
Taemin começou a rir.
— Você quer fazer isso?
— Mais ou menos. — Dei de ombros. — É interessante ver o que dizem.
— Em quantos você entrou?
— Uns três, ainda não sei muito espanhol, então só da Espanha.
Taemin riu mais ainda.
— Quero prints. — pediu entre a risada. — Quero saber o que falam sobre mim.
— Você já deve saber. — Revirei os olhos.
— Talvez, mas quero ter certeza e você pode traduzir pra mim. — Franzindo mais os lábios, bufei. — O que? Não está com ciúmes, né?
— Nenhum um pouco. — Disfarcei o máximo que consegui e tentei mudar de assunto. — Ouvi que você terá que servir no exército., é verdade?
Desanimado, ele se jogou na cama e segurou o celular mais próximo.
— Sim, meu tempo está acabando e preciso me alistar o mais breve possível.
— Mas...
Eu tinha lido e conversado com várias garotas tentando me passar (ou não) por uma fã novata no meio e fiz várias perguntas, e quando soube que ele teria que ficar dois anos afastado e como tudo que funcionava, fiquei nervosa. Logo mais, eu ficaria sem vê-lo por dois anos inteiros.
— Não se preocupe com isso, se tudo der certo, não vou ficar na infantaria.
— E mesmo assim, não é perigoso?
— Vamos torcer para que não aconteça nada até eu sair. — Ele forçou um sorriso, mas não senti confiança. — Vai passar rápido, você vai ver.
— E quando você vai?
— Nas minhas contas, vai dar tempo de ver o Yuri nascendo e ficar um pouco com você.
— Ah! — Tentei não mostrar meu alívio breve, então me mantive neutra. Afinal, ele ainda teria que ir. — Não tem como não ir?
— Infelizmente não.
O silêncio foi longo e pesado entre nós. Várias coisas passavam em minha cabeça e como não queria que ele fosse. Não queria mesmo.
— Estava pensando... — Taemin começou e depois parecia pensar antes de continuar. — Não vou ter tempo livre até o natal...
— Mas isso é só daqui dois meses.
— Eu sei, mas o grupo vai preparar um comeback dessa vez e bem, vou estar bem ocupado, mas pensei em perguntar, o que fará no natal?
— Bom, normalmente, Carlos e eu ficávamos em casa mesmo, ano novo era quando voltamos para nossa cidade natal e para nossa família, mas bom, esse será o primeiro natal sozinha, então provavelmente ficarei aqui mesmo. — Sorri. — Eu até mesmo joguei a decoração fora.
— Podemos passar juntos, se quiser. — Ele falou de repente, desviando o olhar.
— E a sua família?
— Ano novo. — Ele sorriu.
— Então, eu adoraria.
⏳
Conforme os dias foram passando, caixas e mais caixas foram chegando uma atrás da outra. Era tanta coisa que acabou que o quarto vazio de antes se tornou abarrotado dessas caixas e acabou que metade da sala ficou como meu estúdio.
— Depois ele que vem falar que eu sou ciumenta. — Encarei as pilhas de produtos que consegui tirar de 10% das caixas pensando por onde deveria começar. — Tudo isso só para que eu não vá mais trabalhar com o Caique.
— Não pense assim, ele só está pensando no seu conforto. — Ana sorriu enquanto afastava Jonghyun dos produtos mais deliciados. — Inclusive, enquanto eu estava grávida, nenhum deles me deixou trabalhar.
— E você se sentiu bem com isso?
— Não é como se não fosse trabalhar para sempre, depois entendi que era para me fazer sentir bem e confortável até que o Jonghyun não precisasse mais tanto de mim, então quando ele começou a andar, voltei a trabalhar. Foi bom, porque consegui aproveitar bem.
— Não sei se me sinto confortável com isso, mas já que estávamos aqui.
Ana me ajudou o tempo todo, Jonghyun ficou sentado quietinho enquanto brincava com o seu tablet. Achei que seria difícil e cansativo, mas quando começou a escurecer já tínhamos terminado de fotografar tudo que estavam desocupados.
— Não quer ficar aqui? Está tarde para voltarem para casa.
Ana e Jonghyun resolveram que deveriam partir depois de devorarem o jantar.
— Não está tudo bem, o nosso carro já chegou.
Jonghyun correu e me abraçou.
— Tchau, tia. Tchau, Yuri. — Ele tocou minha barriga e saiu correndo atrás da mãe. Juntas acabamos rindo.
Ele estava se soltando cada vez mais comigo e isso me deixava feliz, porque agora ele sempre vinha me abraçar sempre que podia e contava o que tinha aprendido na escola e como ele não ligava mais de não ter amigo lá porque sabia que logo, ele teria um primo só dele.
Claro que eu fiquei feliz com a sua aceitação, mas me preocupava com ele.
— Espero que vocês sejam bons amigos. — disse mais para mim mesma enquanto os observavam indo embora.
Terminei de guardar as últimas coisas e passar as fotos para o notebook. Deixaria para tratar as fotos no dia seguinte já que estava esgotada.
Quando sentei no sofá, o celular tocou, um toque diferente de todos os outros e corri para atender e me sentir recarregada com apenas uma voz.
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Shine - Taemin
FanfictionOnde uma mãe solo e de primeira viagem conhece alguém que vai mostrar que as vezes, pode valer a pena confiar novamente. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀♡♡♡ ‹ OBRA ORIGINAL. PLÁGIO É CRIME! › 2021