Capítulo 11

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Taemin sumiu por quase uma semana inteira.

Eu não deveria me preocupar, mas quando as minhas mensagens eram lidas e ignoradas comecei a sentir desespero.

Tentei me distrair e não pensar nada trabalhando de freelancer em um estúdio, mas sempre que ficava ociosa olhava para a sua janela de conversa. Minhas unhas não existiam mais naquela altura.

— Eu realmente o magoei. — pensei alto enquanto encarava o celular e ficava parada no meio do fundo infinito segurando o fotômetro.

— Quem? — o fotógrafo para quem eu trabalhava perguntou curioso pelo meu devaneio.

— Ninguém importante. — Guardei o celular e tentei pensar em outra coisa, mas era impossível. — Aliás, você é solteiro, não é?

— A sua pergunta é muito estranha. E pode descansar, consegui o valor que queria.

— Você poderia se apaixonar por uma pessoa grávida?

— Hm, difícil responder essa pergunta, eu acho que não.

— É assim que todo homem pensa, não é?

— Pelo menos os que eu conheço, é complicado ficar com uma pessoa que tem filho, ainda mais grávida, sem ofensa.

— Não ofendeu, mas acha que seria possível?

— Talvez, mas teria que ter certeza que o pai da criança está fora de jogo, óbvio, sem concorrência.

— Mas aceitaria o filho dela?

— Você está passando por isso, não é? — concordei, não poderia mentir quando ele sabia que algo estava me incomodando e a pessoa grávida só podia ser eu.

Encarei minha roupa e percebi como estavam ficando apertadas.

— Meio que isso.

— Olha, se o cara realmente gostar de você, um filho não será um obstáculo, talvez seja até melhor, a criança só vai conhecer um pai.

— Mas ele não seria o pai de verdade.

— Pai é quem cria. — disse com desdém. — Minha tia conheceu o marido dela quando tava grávida da minha priminha, o marido dela anterior fugiu com todo o dinheiro da família e a largou grávida de 8 meses, a Sabrina cresceu conhecendo o cara que a assumiu e para ela, ele é o pai dela, não importa o que o sangue diz.

— E ela não sofre com isso?

— Não, ela o ama. Ele é o melhor pai que ela poderia ter. Então, se ambas as partes se gostam, não devia ficar pensando nisso.

— Você está certo.

— E quem é o cara? É alguém que eu conheço? — Ele se aproximou e tive que o empurrar.

— Não e nunca nem vai.

Será que eu gostava de Taemin? Do mesmo jeito que ele gostava de mim ou era só grata pelo o seu carinho e cuidado?

— Como posso saber se gosto de alguém? — perguntei de repente depois de um tempo em silêncio.

— Ué, você nunca se apaixonou? — Caique riu. — E o pai dessa criança? Foi só um rolo?

— Bom, Carlos foi namorado de infância.

— Uau, durou hein?

— Nem tanto, se não estaríamos juntos ainda, enfim...

— Pela a sua cara e pela forma que olha seu celular toda hora, posso dizer que você está apaixonada.

— Será?

Shine - TaeminOnde histórias criam vida. Descubra agora