Capítulo Dez.

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- Será que dá pra andar mais devagar!? - pergunto assustado, me segurando no cinto de segurança.

- Foi mal maninho mas se quisermos chegar a tempo, temos que ser rápidos. - responde relaxado, acelerando mais.

Olho pra trás e vejo Morgan cochilando, seus cabelos castanhos que antes estavam num perfeito rabo de cavalo, agora estavam completamente bagunçados. Ned parecia mais preocupado com seu celular, que estava repleto de mensagens de Liz, perguntando porque faltamos no Decatlo acadêmico. Será que era só eu que pensava no excesso de velocidade?

- Peter, a Liz não para de me mandar mensagem! - exclama Ned, nervoso.

- Não responde, depois agente inventa uma desculpa. - respondo rápido.

- Mas agora ela já viu que eu visualizei a mensagem! - entra em pânico.

- Quem é Liz? Ela é bonita? - pergunta Harley, interessado.

- Presta atenção no trânsito, Harley! - xingo irritado, voltando a olhar pra trás. - fala que ficou sem sinal.

- No centro da cidade? - pergunta confuso.

- O gorducho tem razão. - concorda o loiro, voltando a prestar atenção no trânsito. - ela nunca vai acreditar.

- Dá pra ficar quieto? - reviro os olhos, suspirando. - fala que ficou sem bateria.

- Espera aí, ele tinha bateria pra ver a mensagem mas não tinha bateria pra responder? - interroga curioso, me olhando torto.

- Harley tem razão, não faz sentido. - acrescenta Ned.

- Eu falei que você tinha permissão pra me chamar pelo nome? - o olha de cima a baixo, com cara de tacho. - é Stark pra você. 

- Então tá... - concorda nervoso, olhando pra mim.

- Não precisa chamar ele de Stark, Ned. Ele só tá brincando.

- Não tô não... - murmuro mal humorado.

- Mas o que agente diz pra Liz? - pergunta de novo.

- Passa o celular pra cá. - pede Harley, estendendo a mão pra trás, pegando o aparelho e começando a digitar.

- O que você tá fazendo? - pergunto chocado, olhando pra ele com cara pálida. - você sabe que agente acabou de cometer umas trinta infrações diferentes, né?!

- E daí? - pergunto tranquilo, sem tirar os olhos da tela. - eu sou rico.

Será que todos os filhos do Tony eram assim?

- Ser rico não impede agente de morrer! - respondo sem paciência.

- Dá pra relaxar? Estamos quase chegando. - tranquiliza divertido, entregando o celular pro Ned. - prontinho, de nada.

- Tá de sacanagem? Se souberem que quatro crianças fugiram da escola sem autorização e infringiram umas mil leis de trânsito, estamos mortos!

- Primeiramente que eu já sou de maior, - explica sem paciência, olhando pra mim sério. - e seguidamente, quem teve a brilhante ideia de cabular aula pra comer sorvete foi você e seu amigo gorducho.

- Gente! - chama atenção Ned, nós olhando assustado.

- Como é que é? - pergunto irritado, ignorante Ned. - você fala como se fosse muito responsável, até parece que você realmente estava na faculdade estudando.

- Pelo menos eu não ignoro nossa irmãzinha o dia todo e deixo o irmão mais velho pra cuidar!

- O que? - pergunto chocado, olhando pra ele confuso.

Como (não) ser um heróiOnde histórias criam vida. Descubra agora