- E então? - pergunta Happy, nós olhando pelo retrovisor. - como foi a aula?
Eu e Ned trocamos um olhar, tentando nós comunicar telepaticamente. Faço um sinal discreto com a mão pra que ele se acalme, não parece funcionar quando vejo o suor escorrer pelo seu rosto, volto a olhar pra frente e vejo Happy fazer uma careta, nós olhando interrogativo. Morgan parece distraída, procurando alguma coisa em sua mochila, depois de minutos de um silêncio perturbador ela volta a olhar pra frente, trazendo em sua mão um desenho colorido.
- Foi legal, - responde simples, olhando para o segurança. - eu fiz um desenho hoje, é minha família. Quero mostrar pro papai e a mamãe quando chegar, é uma surpresa!
- Hm, que bom. - resmunga desconfiado, ainda trocando olhares entre mim e o Ned. - tenho certeza de que eles vão adorar.
- Você acha? - pergunta contente, abraçando o desenho contra o peito.
- Absoluta. - afirma gentil, voltando a prestar atenção na estrada.
- Já estamos chegando? - pergunta Ned, mudando de assunto.
- Depende, você vai ir pra casa ou vai ficar na torre? - pergunta desinteressado.
- Não vai dar, prometi que iria assistir novela com a vovó. - diz sincero.
- Qualé, Ned! - peço desesperado, o olhando suplicante. - vai comigo, por favor!?
- Realmente não vai dar, eu e a vovó nunca perdemos a novela. Prometi que veria com ela, sem falar que eu quero saber quem é o pai do bebê da Catarina. - explica apreensivo, me olhando triste.
- Mas você não precisa posar lá, só vai pra almoçar! - tento mais uma vez, o olhando nos olhos.
- Bom, nesse caso acho que não tem problema. - pensa ele, concordando. - só vou ter que ligar pra vovó e dizer que vou me atrasar um pouco.
- Ótimo, mais um adolescente... - bufa Happy, mal humorado.
- Legal, assim eu vou poder te mostrar minha nova coleção de minis robôs! - se anima Morgan, olhando pra Ned.
- Minis o que? - pergunto confuso, vendo ela me olhar estranha.
- O nosso ringue de luta de robôs, você e Harley montaram pra mim, não lembra? - pergunta óbvia, me olhando fixamente.
- Há, claro, o ringue de luta... - resmungo em concordância, abrindo um sorriso sem graça. - é óbvio que eu sei, só tava brincando.
- Sei... - sussurra desconfiada.
- Dá pra vocês ficarem quietos? Esse é literalmente o único momento do dia que eu posso me livrar do Tony sem ser demitido. - reclama o segurança, nos olhando sem paciência.
- Claro, Happy. - concordamos juntos, ficando em silêncio.
- Ótimo.
[...]
Quando chegaram na torre dos vingadores, Happy entrou com o carro na garagem privada e estacionou ao lado do elevador. Apenas as pessoas com acesso permitido poderiam subir e todas elas tinham suas senhas, isso era muito legal, cortesia de Tony a propósito.
A primeira coisa que eu noto quando chego é o quanto a torre parece igual, não que eu estivesse esperando uma grande mudança, mas achei que depois de ser pai de três crianças o Tony e a Pepper prefeririam se mudar pra uma casa menor e mais... Familiar? Não que a torre fosse ruim ou algo assim, mas normalmente quando você formava uma família, você pensava em um lugar mais simples e aconchegante, com um jardim para as crianças brincarem e uma churrasqueira pra sábados de churrasco, né?
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Como (não) ser um herói
Teen FictionPeter Parker se vê em uma enrascada quando dorme e acorda em um universo repleto de reviravoltas. O nome dele agora é Peter Benjamin Parker Stark? Ele tem irmãos? Tem mais de um homem aranha? Como ele vai voltar pra casa? Com inúmeras perguntas sem...