Capítulo Doze.

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- E então? - pergunta Happy, nós olhando pelo retrovisor. - como foi a aula?

Eu e Ned trocamos um olhar, tentando nós comunicar telepaticamente. Faço um sinal discreto com a mão pra que ele se acalme, não parece funcionar quando vejo o suor escorrer pelo seu rosto, volto a olhar pra frente e vejo Happy fazer uma careta, nós olhando interrogativo. Morgan parece distraída, procurando alguma coisa em sua mochila, depois de minutos de um silêncio perturbador ela volta a olhar pra frente, trazendo em sua mão um desenho colorido.

- Foi legal, - responde simples, olhando para o segurança. - eu fiz um desenho hoje, é minha família. Quero mostrar pro papai e a mamãe quando chegar, é uma surpresa!

- Hm, que bom. - resmunga desconfiado, ainda trocando olhares entre mim e o Ned. - tenho certeza de que eles vão adorar.

- Você acha? - pergunta contente, abraçando o desenho contra o peito.

- Absoluta. - afirma gentil, voltando a prestar atenção na estrada.

- Já estamos chegando? - pergunta Ned, mudando de assunto.

- Depende, você vai ir pra casa ou vai ficar na torre? - pergunta desinteressado.

- Não vai dar, prometi que iria assistir novela com a vovó. - diz sincero.

- Qualé, Ned! - peço desesperado, o olhando suplicante. - vai comigo, por favor!?

- Realmente não vai dar, eu e a vovó nunca perdemos a novela. Prometi que veria com ela, sem falar que eu quero saber quem é o pai do bebê da Catarina. - explica apreensivo, me olhando triste.

- Mas você não precisa posar lá, só vai pra almoçar! - tento mais uma vez, o olhando nos olhos.

- Bom, nesse caso acho que não tem problema. - pensa ele, concordando. - só vou ter que ligar pra vovó e dizer que vou me atrasar um pouco.

- Ótimo, mais um adolescente... - bufa Happy, mal humorado.

- Legal, assim eu vou poder te mostrar minha nova coleção de minis robôs! - se anima Morgan, olhando pra Ned.

- Minis o que? - pergunto confuso, vendo ela me olhar estranha.

- O nosso ringue de luta de robôs, você e Harley montaram pra mim, não lembra? - pergunta óbvia, me olhando fixamente.

- Há, claro, o ringue de luta... - resmungo em concordância, abrindo um sorriso sem graça. - é óbvio que eu sei, só tava brincando.

- Sei... - sussurra desconfiada.

- Dá pra vocês ficarem quietos? Esse é literalmente o único momento do dia que eu posso me livrar do Tony sem ser demitido. - reclama o segurança, nos olhando sem paciência.

- Claro, Happy. - concordamos juntos, ficando em silêncio.

- Ótimo.

[...]

Quando chegaram na torre dos vingadores, Happy entrou com o carro na garagem privada e estacionou ao lado do elevador. Apenas as pessoas com acesso permitido poderiam subir e todas elas tinham suas senhas, isso era muito legal, cortesia de Tony a propósito.

A primeira coisa que eu noto quando chego é o quanto a torre parece igual, não que eu estivesse esperando uma grande mudança, mas achei que depois de ser pai de três crianças o Tony e a Pepper prefeririam se mudar pra uma casa menor e mais... Familiar? Não que a torre fosse ruim ou algo assim, mas normalmente quando você formava uma família, você pensava em um lugar mais simples e aconchegante, com um jardim para as crianças brincarem e uma churrasqueira pra sábados de churrasco, né?

Como (não) ser um heróiOnde histórias criam vida. Descubra agora