C a p í t u l o • 33

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New York City U.S.A.
16 / September • Friday

As folhas das árvores começaram a cair, e aos poucos está ficando frio. Enquanto estamos na sala conversando sobre coisas do dia a dia. Ariela me dá dicas de como conseguir um namorado.

Não tenho nenhum interesse em namorar agora.

Penso comigo mesma enquanto tomo meu refrigerante, Robert me pediu para não beber bebidas pesadas pois ainda sou menor de idade. Poderia muito bem mandar alguns dos meus homens comprar uma garrafa de vodka a qual tomaria tudo sozinha.

Bebi naquela festa, mas eu acho que nas festas não estão dentro do acordo. Robert principalmente não quer que eu me torne em uma alcoólatra e viciada em cigarros, mas preciso de pelo menos um cigarro por dias. Esses dias estão sendo tão estressantes. Mas não faz mal cuidar um pouco da minha saúde.

— Está saindo com alguém atualmente? — Ariela pergunta muito interessada.

— Não. Ninguém me interessou ainda. — O Caleb não conta.

— Na sua idade eu namorava bastante. — Ariela relembra seu tempo jurássico.

— Quantos milênios isso faz? — Tiro uma com sua cara.

— Nella a tia pediu para a gente volta para casa, ela está preocupada pois já está tarde. — Valentina fala apontando para o celular.

— Esta bem. — Falo levantando do sofá.

— Minha menina venha nos visitar mais vezes. — Simonetta me abraçar com cuidado, pois meu ombro está doendo.

— Claro, no próximo final de semana venho para um almoço. — Abraço ela de volta.

— No verão vamos pescar de novo. — Passei o verão com a família do Harry em um rancho onde tinha um rio. Tudo aquilo no início era muito estranho e peguei um amor enorme pela família da qual nos acolheu em um momento difícil.

Menos o Adam. Ele ainda me considera uma criminosa que não merece nenhum sinal de perdão. Mas nunca entendi seu posicionamento, pois eu sou a vítima da história. Foi eu que passei anos sofrendo abusos físicos e psicológicos.

Eu não sabia que tinha um infiltrado do FBI, que era amigo do Harry ele registrou todos os momentos desde dos meus 11 anos. Nessa época as coisas ficaram piores, sempre tinha alguém para torturar. Traidores, traficantes que tentavam passar a perna no Pietro. Eles se achavam muito espertos e que conseguiriam ficar vivos depois.

Adrian escreveu vários relatórios detalhados que enviava para o prédio principal do FBI onde o Robert os lia e mostrava para a Simonetta, juntos eles ficavam chocados. Simonetta sempre comentava que meu psicológico estaria muito comprometido.

Até que ele escreveu o relatório que deixou todos os envolvidos em estado de choque. Foi o dia que a menina russa morreu, ele escreveu que eu tinha tentando ajuda a menina a fugir, e punição, me obrigadar a assistir seu estupro, seu esquartejamento e por fim sua morte. Ele era um dos guardas que estava na porta impedindo minha saída do quarto.

Ele também relatou o dia que meu amigo se matou bem na minha frente, depois do Nicholas ele era meu amigo mais próximo. Nunca achei o buraco onde foi enterrado. Mas em sua homenagem fiz uma lápide no cemitério da família, mostrando que ele nunca será esquecido.

— Com certeza. — Abraço ele também.

Saímos da casa acompanhadas dos dois, nos despedimos com um aceno, atravessamos a rua segurando a mão de Anna. Verifico o carro rapidamente para ter certeza que ele não foi danificado, depois que está tudo certo entramos no carro.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora