C a p í t u l o • 22

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New York City U.S.A.
11 / September • Sunday

Andamos pelo corredor longo, porque o Adam e essa loura não vão ver se tem alguém precisando de ajuda?

— Você não gosta mesmo dele. — Robert cochicha rindo.

— Claro que não, toda vez que ele me olha posso ver a total aversão dele a mim. — Reviro os olhos.

— Vocês dois vão acabar ficando juntos. — Ele sorri.

— Nem ferrando. — Respondo revirando os olhos.

— O quê vocês dois estão cochichando aí? — Adam pergunta com o rosto sério.

— Nada que seja da sua conta. — Respondo séria também.

— Você não pode responder um oficial da justiça assim. — A loira se intromete. Começo a gargalha muito alto.

— Porra isso sim é uma ótima piada. — Enxugo algumas lágrimas.

— Você é só uma pirralha… — Amor se toca.

— Deixa Amber, melhor deixar quieto. — Adam responde com o rosto contorcido de raiva.

Chegamos em um dos quartos desocupados, Robert abre a porta e anda pelo quarto.

Robert me coloca na cama, estamos do outro lado do hospital bem longe de toda aquela bagunça.

— Senhora. — Um dos meus homens aparece na porta do quarto, ele se curva. — O sujeito era o filho mais novo de Frederik. Ele morreu com um tiro na testa, antes mesmo de atingir o solo. — Filho mais novo? Deve ser um filho fora do casamento. O segurança se aproxima e me entrega um tablet.

Harry olha na minha direção na hora que ele fala "tiro na testa".

— Dispensado. — Ele se curva novamente e se retira da entrada. — Ele ia atirar de novo, matei ele enquanto carregava a arma. — Falo para o Harry.

— Você está deixando um rio de sangue. Se a C.I.A ficar sabendo que você foi a responsável, eles não vão sair do seu pé. — Não tenho culpa do que está acontecendo.

Cazzo.

— Isso não tem nem sentido. — Respondo olhando o tablet com as informações do filho mais novo do Frederik. — Eles vão continuar procurando inúmeras brechas legais e ilegais para me jogar dentro de uma cela.

— E mesmo assim você está fazendo todo esse barulho. — Harry fala.

— Você sabe muito bem que não vou conseguir me livrar de tudo em poucos meses, isso vai levar anos e anos. Porque sempre vai ter alguém em busca de vingança, não podem matar Pietro nem Lorenzo, mas podem matar Antonella, Valentina e Lianna. Tiramos o homem mascarado da jogada e esses ataques vão perder força. — Na verdade falo isso mais pra mim do que pro Harry.

— Então quer dizer que isso vai continuar? — Adam pergunta me deixando um pouco surpresa.

— Você estava lá Adam, no dia que aquela mulher se matou, antes mesmo de contar qualquer coisa. Ela deixou bem claro que minha cabeça está em leilão. Isso vai parar quando ele morrer. — Falo, minha voz vai ficando mais fria a cada palavra. — Eles só não podem chegar perto das meninas. — Olho para Harry. Por que se isso acontecer ninguém vai ficar no meu caminho enquanto busco por vingança.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora