C a p í t u l o • 12

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New York City U.S.A.
05 / September • Monday

— Apenas conversando. — Ele responde com a voz cansada.

— Mas essa menina é... ela é uma esquisita. — Ela tem dificuldade para achar a palavra certa. Fico calada porque quero ver onde isso vai dar.

— Para de ficar perseguindo os outros. E ela não é esquisita, é uma boa amiga. — Matthew tenta afastar sua irmã de nós.

— Não acredito Mathew que você quer ser amigo disso. — Puxo meu celular do bolso, estamos perdendo tempo aqui.

— Vou na frente. — Falou já saindo de lá.

— Não espera... — Matthew tenta me alcançar.

Caminho para a sala já tem várias pessoas olhando na nossa direção, ando pelos corredores e escuto vários comentários sobre minha aparência. Comentários de como eu pareço um bandido.

O resto das aulas é um porre, e claro eu sou o assunto principal do corredor, os assuntos são: que eu sou a única menina da minha turma a conseguir chegar até o final das sequências de treino da professora que mais parece um general.

E a outra é minhas tatuagens, Cami e as meninas eram as únicas que viram todas elas do jeito que ela é. Todos falaram que eu era de alguma gangue da Itália.

Quase isso.

Sinceramente não vejo qual é o problema já vi, por exemplo, que o Jacob é um caderno de desenho. Essas patricinhas pensam que tatuagem de menina é apenas uma borboleta em algum lugar do corpo.

E sim eu tirei o piercing hoje porque sabia que teria que tomar banho publicamente. E não queria que elas espalhassem por aí que tenho um piercing no seio direito.

Passei no quarto para tirar o uniforme, tomar um banho e troca de roupa, pego uma calça preta com rasgo no joelho e uma camisa qualquer no meu vans vermelho.

Arrumei um tempo para ficar sentada em um dos vários bancos que têm espalhados pelo campus, lendo um livro de romance, para ser sincera eu nunca tive tempo de ler e estou amando esse novo hábito que estou adquirindo.

É bom conhecer novos cenários que necessiva disso.

— Olha ela ler livro parece uma nerd. — Escuto Mariana falar e suas amigas rirem.

— Tem outra coisa para fazer além de encher meu saco. — Troco a página.

— Já tinha dito que não quero você perto do meu irmão. — Vejo de relance ela cruzando os braços.

— Até onde eu sei seu irmão já está é crescido e já pode escolher as amizades dele. — Minha voz sai irritada.

— Vai se arrepender se não seguir as regras impostas aqui. — Ela joga os cabelos para trás.

— Vai fazer o quê? — Tiro os olhos do livro e a encaro fixamente.

— Não me provoque. — Ela fecha a mão em punhos.

— Você não sabe quem eu sou menina, essas ameaças não surtem efeito em mim. — Falo com a voz normal.

— Já está avisada. — Ela fala e se afasta de mim. Credo menina chata.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora