C a p í t u l o • 44

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New York City U.S.A.

24 / October • Monday

Três semanas depois.

As semanas se passaram como um borrão na minha cabeça, aquele dia com o Callaham me deixou em transe e não há nada que me faça esquecer aquele fatídico dia.

Nossa acomodação no novo apartamento está sendo bem estressante, os vizinhos com seu preconceito. Teve duas vizinhas que foram ao meu apartamento nos dar boas vindas e estavam levando uma comida.

Na escola ficou tudo mais tranquilo, a Mariana não deu mais nenhum problema, as aulas de inglês que estou dando para o Vincenzo estão sendo produtivas, ele está aprendendo muito rápido. O que me deixa orgulhosa dele.

O David ainda está na reabilitação, e está dando trabalho tentando fugir da clínica. Deixando a tia Olivia de cabelo branco, já tem dois seguranças lá para evitar que ele faça alguma coisa contra os outros e contra ele mesmo.

— No que está pensando? — Eduarda senta do meu lado com um balde de coxa de galinha picante.

— Na construção que está me dando uma dor de cabeça enorme. — Pego o bloco de papel onde está o balancete financeiro mensal, tenho que ler tudo isso ainda.

— Hum, você viu o sapato que a Riley estava usando hoje? — Elizabeth pergunta pra geral na mesa.

— Sim, era ridículo. Ela é bolsista? — Joanna pergunta.

— Eu não falei nesse sentido. Quis dizer que parece o que mãe usava quando tinha minha idade. — O clima fica muito estranho na mesa e cada um olha para o notebook.

Ficamos em silêncio por um tempo, até que a Aspen aparece do nada e "tropeçar" na cadeira derrubando o milkshake em cima de mim, sujando minha camisa e os papéis na minha mãe.

— Ah meu Deus, me desculpe. Eu tropecei sem querer. — Ela vem tentar me limpar, acaba espalhando mais ainda o líquido.

— Com licença. — Não quero ser grossa com ela, mesmo querendo socar a cara dela até a morte. Estou pouco me fodendo com a camisa, estou mais preocupada com o balancete.

— Vem vamos trocar essa roupa. — Eduarda me puxa pelo braço para fora da lanchonete.

Vacca maledetta.* — Grito em italiano puta da vida.

*Vaca desgraçada.

— Calma, perder a paciência não vai adiantar nada. — Ela tenta me tranquilizar, mas eu estou tão brava.

Hai visto quel dannato sorriso?* — Abro a porta do dormitório esperando pela boca.

*Viu o sorrisinho daquela maldita?

— Antonella, eu ainda não sei falar italiano. — Ela me parar segurando meu ombro. — Não vai ser bom para seu histórico se você brigar de novo. — Ela tenta chamar minha atenção.

— Eu pago as pessoas certas e nada disso vai estar no histórico. Estou assim para cometer um assassinato. — Dessa vez não é nem de brincadeira, eu realmente vou matar aquela maldita.

— Mas isso não é certo. Vamos só fazer as coisas pelo caminho certo, ela é vadia dissimulada é verdade, mas vamos ser mais espertas que ela. Nella você é a menina das estratégias. — Ela segura meus ombros me balançando um pouco, reprimo a vontade de fazer uma careta quando sinto a pontada de dor.

— Okay, já estou calma. Vamos, quero trocar de roupa. — Caminhos pelo corredor e pegamos o elevador.

Entramos no meu quarto, jogo o balancete em cima da escrivaninha. Tiro a camisa e minha calça.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora