C a p í t u l o • 46

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New York City U.S.A
27 / October • Thursday • 23h45min
Em algum lugar no leste do Brooklyn.

— Esse foi o último chefe. — O homem moreno de 1,90 de altura fala para o homem de bengala, um dos homens está revirando a casa à procura de filmagens comprometedoras. — O que vamos fazer agora? — O moreno pergunta novamente ao homem de bengala.

— Vão para o outro lado do Brooklyn e procurem a família que mora nesse endereço,mate todos que estiverem dentro da casa. — O choro de criança é ouvido no andar de cima da casa. Todos os homens olham para cima com a testa franzida. — E dê um fim nessa criança.

O homem mais velho de bengala começa a caminhar entre os corpos sem vida de uma mulher de 40 anos, seu bebê de 9 meses e do seu marido de 47 anos. Os três foram surpreendidos pela chegada do homem de bengala e nem tiveram chance de fugir. A criança no andar de cima era o filho mais velho do casal, tinha 8 anos e ouvi os gritos da mãe e quando o choro do irmão mais novo parou.

Um dos capangas do homem de bengala, entrega ao chefe um lenço limpo para o mais velho limpar seus sapatos antes de entrar no carro de luxo. Ele tira um cigarro da carteira onde guarda os cigarros, um homem se aproxima do mais velho com um isqueiro o acendendo.

Naquela semana o homem mais velho ordenou a morte de três famílias, cujo os homens trabalhavam para a vadia de mais velha dos Salvatores. O ódio do mais velho pela menina era tanto que até as crianças não eram poupadas da matança. As mortes não estavam sendo noticiadas na mídia, porque o próprio FBI optou por investigar aquilo em sigilo.

Mas o homem de bengala era mais esperto, pois tinha um informante no FBI que descartava provas dos crimes. As investigações não avançaram e todos os detetives estavam no escuro.

Tinha outro homem trabalhando para o homem de bengala, seu trabalho era distrair a mídia os detetives. Ele matava prostitutas na zona norte do Brooklyn e descartava seus corpos em um parque naquela região, mas depois ele decidiu descartar os corpos em barris com ácido sem antes tirar seus corações. Aquilo estava se tornando um circo de horrores na mídia. Estava sendo exatamente como o homem de bengala queria.

A mente doentia do homem mais velho dizia que a menina o pertencia, e que ela era a sua escrava e devia cumprir todas as suas ordens. Era ele que devia comandar aquela máfia, ela não tinha o direito de desfazer Cosa Nostra.

— Senhor nenhum movimento dos vizinhos até agora, fui informado que não houve nenhuma denúncia anônima sobre o ocorrido aqui. — Um homem loiro bem vestido comunica o homem de bengala. O choro da criança cessou a muito tempo.

— Limpem a bagunça rápido, se alguém curiosa chegar aqui falam que é uma área restrita e civis não podem se aproximar. — O homem de bengala descer a escada de poucos degraus com dificuldade. Sua perna estava latejando devido ficar em pé o dia inteiro.

O caminho bem cuidado feito de pedras polidas, dificultava sua caminhada até o carro. Seu segurança já estava esperando com a porta do carro aberta.

— Para onde senhor? — O motorista pergunta assim que o mais velho senta no banco de couro branco do carro de luxo.

— Para o centro de Manhattan. — O mais velho fala com sua voz grossa. O carro entra em movimento, o homem fica olhando pela janela durante todo o caminho.

Vou destruir todos que ficaram do seu lado. Nenhum deles ficou vivo no final e o prêmio maior é a cabeça dela. Ela me roubou tudo que eu tinha de mais precioso.

Esses eram os pensamentos daquele homem doentio, a aura ao redor daquele homem era maligna. Seus olhos fundos demonstravam que não existia vida, que não existia felicidade. Era apenas uma casca que podia se mover.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora