C a p í t u l o • 41

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New York City U.S.A.
23 / September • Friday • 18h09min

— O que está fazendo? — Harry perguntou chegando perto de mim e encosta no carro do meu lado.

— Estou tentando falar com o Enrico. — Ligo mais uma vez para o número dele mas ainda não atendeu nenhuma das chamadas. — Depois vou lá ver se ele está bem.

— Ele deve estar ocupado já que você o mandou vigiar o Martin. — E isso está tirando minha paz. Acho que deveria colocar o Martin contra a parede e questionar.

— Acho que está na hora eu mesmo resolver isso. Não sei se vou precisar matar ele também, mas se chegar nesse ponto não vou deixar vestígios. — Me agacho e apago o cigarro na calçada.

— Vem, vamos entrar. — Ele passou o braço pelo meus ombros e entramos no restaurante juntos. As meninas estão rindo.

— Quando esse idiota chegou? — Fecho a cara vendo o Adam sentando junto com meus irmãos.

— Não faço ideia do motivo de vocês dois se odiar tanto. — Harry tirando sarro de mim.

— Porque ele é um babaca. — Sento na mesa do lado oposto do Adam.

— Já pediram? — Pergunto para a Valentina.

— Ainda não. — Ela está com sorriso solto no rosto. Faço um sinal para o garçom, na sua mão ele está trazendo os cardápios. Ele coloca em cima da mesa.

— Lianna e Vincenzo vão querer o quê? — Abro o cardápio olhando as opções.

— Quero um hambúrguer. — Levanto os olhos do cardápio. Seus rostinho tão iluminado e seus estão brilhando, sorrio para ele.

— Claro. Lianna? — Olho para a Lianna, ela está brincando com o guardanapo.

— Quero um burrito. — Franzo o cenho.

— Okay. — Coloco de volta o cardápio na mesa.

— Você acabou de sorrir? — Adam pergunta incrédulo.

— E daí? — Arqueio uma sobrancelha o desafiando.

— Já escolheram? — O garçom chega na mesa evitando uma guerra. Ele anotou nossos pedidos e sai de perto.

— Até quando vocês dois vão continuar com isso? — Harry pergunta, parece que ele está dando uma bronca em nós.

— Ele que começa. — Reviro os olhos.

Adam não responde, fica calado. As crianças começam a conversar entre si. O sininho da porta faz barulho, não dou muita importância para quem entrou, estou preocupada com o Enrico que não retornou minhas ligações.

— Nella. Nella. — Valentina me chutou minha perna.

— Caramba Valentina. — Faço uma careta massageando minha perna.

— O seu professor acabou de entrar aqui com uma loura. — Fico confusa, eu tenho vários professores.

— Qual deles? — Chego mais perto dela.

— O Caleb. — Ela fala bem baixinho. Meu corpo estremece um pouco, não é uma coisa boa. Ele está com aquela mulher.

— Ele tem uma vida pessoal Valentina. — Falo o óbvio. Pego o copo de água, preciso permanecer neutra.

— Nella, eu sei que você gosta dele. — Engasgo com a água. Começo a tossir tentando respirar urgentemente.

— Não fale besteiras Valentina. — Ela revira os olhos.

Antonella • Livro 1 | RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora